sábado, março 06, 2010

Gota(s)

Chove a potes no Porto. 

Por entre vento frio e chuva matreira, é possível vislumbrar as obras apressadas a desmoronar, as estradas a abrirem cicatrizes rasgadas no cimento e as pinturas "amanhadas" à pressa aquando das últimas eleições municipais. Em Monsanto o verde da zona molha-se de forma farta com as gotas abundantes emanadas pelos céus cinzentos e trovejantes. 

As palmeiras, perdidas no enquadramento arbóreo, agitam-se em par solidário, escorrendo lentamente num bailado estranho mas sensual. Passa pela minha mente uma noite simétrica e siamesa que me marcou para sempre...

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