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quarta-feira, março 28, 2018

(Um testemunho) Da Pré-História Informática á Revolução Copernicana da Web

Ainda me recordo da (quase) pré meninice e dos primeiros contactos com o mítico ZX Spectrum e as filas intermináveis para adquirir as novidades dos jogos gravados em cassetes com um trade logo artesanal da US. Gold.

Anos mais tarde na faculdade o bocejante  MS DOS e a aula de introdução à  informática a acumular com cartão vermelho para o último ano do curso de Ciências da Comunicação; confusos (difusos) para mim, os conceitos informáticos e um pesadelo na minha cabeça ameaçando a conclusão da licenciatura almejada, juntamente com a cadeira de análise estatística (creio) cozinhada também com mais uma dose de um novo "monstro" denominado "sistemas informáticos".

Os primeiros contactos com jogos de computador na idade adulta e o primeiro boom da internet revolucionária, mas ainda pré histórica na velocidade e diversidade, levaram-me a uma inflexão nas barreiras mentais pré formatadas: A era da simplificação estava a chegar e eu instintivamente embarquei nela como um menino enamorado por uma loja de doces diversa e apelativa.

Fui aprendendo por mim, ora pesquisando ora perguntando aos primeiros crânios da área que conheci: Malta da FEUP, um misto de hackers iniciais e programadores de futuro assegurado.

Passando a minha fase de caloiro (não) virtual, o avanço progressivo das primeiras redes sociais em escala (quem não se lembra por exemplo do popular Hi5, ou o snapchat primitivo MIRC?), a curiosidade aguçou-se e limou arestas na prática que permitiu o desenvolvimento do meu embarque sem retorno no mundo das redes sociais, blogues e escrita criativa aliada também  à componente profissional.

Passados vinte e cinco anos desta revolução industrial Copernicana, a nível da(s) forma(s) de vermos, comunicarmos e interagirmos com o mundo (pessoal e profissional), muito mudou e os desafios comunicacionais mantém-se em mutação acelerada.

Trabalhando na área da escrita criativa e produção de conteúdos, gestão de plataformas sociais e assessoria de comunicação; sinto todos os dias que o meu embarcar "no escuro" há 25 anos atrás trouxe-me alegres dores de cabeça, que moldaram para sempre o meu trajecto profissional, a minha vivência pessoal e a minha forma de encarar o mundo.




quinta-feira, dezembro 11, 2008

Redes Sociais

Hoje em dia o factor isolamento constitui causa de depressão constante do humano individula e isolado. A crescente explosão exponencial das redes sociais cybernéticas como o Hi5, My Space e afins, prova a teoria errática de que a tecnologia combate de forma impiedosa e fria o isolamento crescente de todos nós. Lembro-me de ser um puto estúpido e chegar a casa com os joelhos esfolados de um jogo de bola na rua, ou de ter andado a "gamar" fruta nas hortas. Agora é a altura da PS2 (ou 3, nem sei...), dos encontros marcados pela net, do fluido virtual e do mundo do "faz de conta". Todos nós utilizamos, derramamos, e dependemos do advento tecnológico. No entanto sinto saudades dos joelhos esfolados, das cenas de porrada entre pré adolescentes e do sentimento que envolvia tudo e todos. Agora a geração teen é assim a modos que mais sem sal e um pouquinho mais sem human touch. Talvez esteja a ser injusto, talvez...