«Algumas academias de formação preocupam-se em ganhar, nós preocupamo-nos com a educação. Vemos um miúdo que levanta a cabeça, passa à primeira e pensamos: 'Sim, vai dar'. O nosso modelo foi imposto pelo Cruijff. É um modelo do Ajax. Anda tudo à volta de meiinhos. Rondo, rondo, rondo. Sempre, todos os dias. É o melhor exercício que há. Aprendemos a ser responsáveis e a não perder a bola. Se perdermos a bola vamos para o meio. Pum-pum-pum-pum, sempre um toque. Se vamos para o meio é humilhante, os outros riem-se de nós.»
«Sou um romântico. Gosto que o talento, a habilidade técnica, sejam valorizados sobre a condição física», admite. E recorda o duelo da época passada com o Inter de José Mourinho: «O resultado é um impostor. Podemos fazer as coisas muito bem - no ano passado fomos melhores que o Inter -, mas não ganhar. Há algo maior que o resultado, mais duradouro. Um legado. O Inter ganhou a Liga dos Campeões, mas ninguém fala deles.»