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domingo, setembro 11, 2016

O meu 11 de Setembro

"Recordo-me como se fosse ontem"...seria o início adequado e politicamente correcto, mas não...não me recordo  já de forma tão nítida desse dia negro que ficou marcado pelo cheiro da morte a ecoar em directo nas  mainstreams views das tvs mundiais.

Julgo que me levantei a correr após mais uma noite longa. Na altura relações públicas de variadas estruturas, aproveitava a chegada tardia a meu apartamento para, no silêncio da noite, escrever textos para uma publicação digital ( no tempo pre histórico da internet) que possuía também versão mensal em papel.

Tinha combinado ir de manhã a minha Universidade de Formação ( U.Fernando Pessoa) beber um café com os amigos de sempre. Cheguei atrasado como usual na época, no momento exacto em que o segundo avião rasgava o céu azul e penetrava de forma bruta e seca o betao da segunda torre do World Trade Center.

Como milhões, assisti em choque ao acto hediondo que marcou também a minha geração do desenrascanço mor. Nada foi igual depois dessa manhã, nada ficou igual após esses dezasseis minutos que mudaram a face do nosso mundo e nos deram a conhecer o terrorismo em directo e com rostos definidos.

Rapidamente o burburinho habitual do bar da minha universidade foi substituído pelo silêncio pensativo somente interrompido pelo barulho do ferro de mais uma cadeira arrastada para alguém se sentar em silêncio e observar in loco a barbárie da carne queimada, da terra ensanguentada e dos mergulhos dos suicidas conscientes que preferiram a morte livre em voo picado contra o solo do que se submeterem à ditadura das chamas do fogo terrorista.

Não me recordo como se fosse ontem, no pormenor no rigor factual, mas até hoje nunca me esqueci da sensação de terror, vazio, revolta e impotência que senti...para mim onze de setembro escreve- se com a alma pesada e o coração em tons de fogo forte e ferro e betao retorcido (derretido). Também na esperança tola e talvez exçessivamente lirista de que o voo de todos os jumpers, que preferiram morrer pela queda livre e não envolvidos nas chamas criminosas, representasse o início do fim do medo colectivo e o primeiro passo na vitória contra o terrorismo travestido de religião.

terça-feira, maio 03, 2011

"Bin is Dead"

A noticia surgiu naturalmente após o primeiro café do dia de ontem: O Laden (Bin) tinha ido desta para melhor, deixando a tropa terrorista sem pai colectivo de maldade planeada.

Confesso-vos a satisfação discreta ao saber que o cérebro do 9/11 tinha partido para o inferno sem credo nem religião que castiga os crentes, ateus e cépticos. 

No entanto não entro na onda de euforia orgásmica dos que pensam que o horror global irá desaparecer, qual magia de Houdini, do "dia para a noite" somente pela morte do terrorista número 1 mundial.

Esperam-se represálias, e  certamente  a rede terrorista global irá marcar pontos na escalada de terror, procurando honrar em sangue o seu mandala existencial desaparecido. Esperemos que o mundo saiba responder de forma cabal ao terror estúpido que a semente do ódio sempre destila.

terça-feira, novembro 04, 2008

Grave

Ao ler as principais noticias do dia via Google Noticias, deparo-me com uma gaffe (cheira-me a esturro...) na foto ilustrativa do texto em que se menciona o pedido de asilo politico a Espanha de um filho de Osama Bin laden. A foto é...pasme-se...de Barack Obama. Grave, muito grave...

segunda-feira, novembro 03, 2008

Bin Press (copy&paste)

Até o sanguinário Bin Laden têm um assessor de imprensa.
Transcrevo na íntegra :
Ali Hamza al Bahlul, antigo secretário de imprensa de Osama bin Laden, foi considerado culpado pelo tribunal de crimes guerra da base norte-americana de Guantanamo pelos crimes de conspiração com a Al-Qaeda, incitação à morte, terrorismo e apoio material ao terrorismo, foi hoje anunciado pelo Pentágono.Al Bahlul, iemenita de 39 anos, é o segundo homem a ser condenado em Guantanamo, em Cuba, onde chegou no início de 2002. Até agora, apenas um processo tinha sido concluído na base norte-americana, o de Salim Hamdan, antigo motorista de Bin Laden. Hamdan foi condenado em Agosto a cinco anos e meio de prisão pelo crime de apoio material ao terrorismo.O veredicto no caso de Al Bahlul foi decidido na sexta-feira após um júri formado por nove militares norte-americanos ter deliberado durante quatro horas sobre o processo. A sentença não foi divulgada pelo Pentágono, mas o iemenita arrisca-se a ser condenado a prisão perpétua com base nos crimes pelos quais foi considerado culpado.Durante o julgamento, agentes do FBI testemunharam que Al Bahlul foi o autor da mensagem em vídeo sobre as últimas vontades de Mohammed Atta, um dos autores dos atentados do 11 de Setembro nos Estados Unidos. O iemenita foi ainda acusado de ter elaborado vários vídeos de propaganda destinados a recrutar novos elementos para a Al-Qaeda, entre estes um intitulado “A destruição do navio de guerra norte-americano USS Cole”, que provocou a morte de 17 pessoas em Outubro de 2000, no Iémen.Durante todo o julgamento, Al Bahlul não foi autorizado a garantir a sua própria defesa, mesmo depois de ter recusado ser representando por um advogado norte-americano que lhe foi atribuído, por o considerar um “inimigo”.
Cit in Publico