Mostrar mensagens com a etiqueta PALAVRAS. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta PALAVRAS. Mostrar todas as mensagens

segunda-feira, maio 08, 2023

Mothers Day

 



Se existe foto que reclama ao universo o Amor e laço inquestionável que me une á minha Mãe, bem pode ser representada por esta frame onde o sentimento tranquilo transborda na calma e quietude em que a emoção forte é visível nos silêncios que falam.

E com a Dona Virgínia muito passa por esses silêncios díspares que aprendia a lhe ler nos anos que nos unem e se sucedem.

Sabes bem que "só nós dois é que sabemos" das dores e alegrias que nos unem ainda
mais .

Gratidão profunda querida Mãe por tudo o que fizeste e fazes por mim!!!

Sem ti muitas vezes ao leme este velejador de águas profundas e revoltas não chegaria amiúde a bom Porto.
Amo te
❤️❤️❤️

Beijinhos imensos do sempre teu
Paulinho

sexta-feira, março 24, 2023

Pais com Humanidade (on Father´s Day)

Existem os "outros" Pais e depois existe aquele turbilhão de emoções chamado José Policarpo dos Santos Correia.
Desde puto fui amado de forma incondicional pelo meu Pai e pela Minha Mãe.
(factor essencial e que recordo e sinto sempre)
Uma educação liberal, com desde cedo, a ser responsabilizado pelas chaves da casa, pelo executar pequenas tarefas e "recados", entre outras nuances.
A paciência da minha santa Mãe Virginia Correia e a rebeldia do meu Pai moldaram me para sempre no que sou e na forma (corajosa creio) com que vou muitas vezes ao limiar da dor para inverter situações negativas e prosseguir lutando.
O meu Pai, por mais que por vezes possa pensar o contrário, ( os nossos feitios "chocam se" pontualmente) é o meu melhor Amigo ( como ele também gosta de mencionar aos seus amigos) e com ele a navegação á vista nesta vida feita de tantos altos e baixos tem sido bem mais confortante e fácil (como se para nós existisse a palavra "fácil").
Homem de olhar olhos nos olhos, pessoa grande na entrega a quem ama, facilmente perdoa e acolhe, facilmente segue e prossegue com a frase desarmante "deixa lá filho seja tudo por amor de Deus".
Só o Policarpo e a Virgínia sabem que a sorte dá um trabalhão do caraças e que a vida é forjada numa luta muitas vezes desigual.
O meu Pai (impossível de dissociar da minha Mãe) ao seu jeito e maneira ensinou me sempre a não ser um desistente, e em cada vitória sofrida ou amolgadela dolorosa eu lembro me desse legado de Amor e força de ferro moldada na doçura de um Pai com humanidade que ama o seu filho.
Como te disse meu cota havemos de ver o Benfica campeão europeu, o Farense na primeira e o Putin a cair.
Afinal tu é que me ensinaste a não desistir...

Amo te hoje e sempre ( para sempre).

Do teu puto
Paulinho

terça-feira, fevereiro 09, 2021

A Dualidade que nos Mantém



 Lembro me há alguns anos atrás de uma queima das fitas memorável em que fiquei alguns dias sem falar com os meus pais (eu no Porto, eles no Algarve). O Vareta recebeu uma chamada da minha Mãe, preocupada pelo telemóvel sem bateria permanente, e transmitiu-me a mensagem passados três dias (!!!) do final de mais uma semana de todo o contentamento da puberdade quase adulta onde o deus baco e a alegria da imortalidade efémera imperava.

O tempo do tempo indiscutivelmente muda-nos. Não há dia que não fale com os meus pais meia dúzia de vezes, entre telefonemas e chamadas de video, entre conversas profundas e tiradas de humor, entre emoções sempre fortes e intensas.

A vida muda não os sentimentos (quando são daqueles bons e que nos aquecem o coração) mas transfigura a forma como corporizamos a presença e o amor por aqueles que por vezes não estão tão próximos como desejaríamos a nível geográfico.

Somos todos independentes, viajamos até paragens longínquas, corremos mil (des)aventuras, mas existe sempre aquela dualidade que nos mantém: "Olá bom dia meu filho"...tão bom...sempre...para sempre...mesmo que saibamos que o "para sempre" um dia habitará somente o nosso horizonte de memórias mas que nos empurrará  para a frente.

segunda-feira, março 19, 2018

O meu (melhor) Amigo Pai

Policarpo era moço garboso, sangue na guerla no alto de olhos claros e cabelos loiros. Paulo nasceu com o mesmo espirito rebelde  de não submissão; não loiro e muito menos com olhos claros, a mesma essência de comunicar e parlar sem parar (que se revelou útil anos mais tarde...).

Policarpo  moldou-se nos tempos difíceis da austeridade da fome e da necessidade, da guerra colonial em que combateu por causas que não eram as suas; dos tempos do PREC, dos recibos verdes e da instabilidade política e emocional de um Portugal a (re)nascer com as dores de parto mal paridas.

Pai herói, melhor amigo de Paulo, prescindiu para dar, apoiar e acarinhar. Nunca se queixou dos sacrifícios, dos anos a fio com o mesmo calhambeque da idade da pedra, das vezes em que ter um filho a estudar fora do burgo pesava mais na bolsa do que qualquer rochedo de toneladas.

A vida seguiu e fluiu, ambos cresceram e amadureceram; lado a lado mesmo por vezes longe no contexto geográfico que dita a distância física mas nunca do sangue quente que varre o coração de quem ama e de quem quer bem, mais e melhor.

Ambos apressados, de olhos abertos sem esconder estados de consciência e de humores (bons e maus), ambos com fome de vida e de progredir, ambos com impaciência paciente de seguir, conhecer, amar e crescer.

Portugal mudou, morreram muitos dos mitos urbanos que nos agigantavam e nos davam a segurança que tudo iria correr bem. Perdemos Cunhal, Mário Soares, Eusébio, Sá Carneiro, Manoel de Oliveira, Zé Pedro e outros (muitos...demais...) tantos Pais da Nação.

Conheci países vários, vi  catedrais, percorri ruas históricas, embarquei em aventuras mil, perdi e ganhei empregos, amei, (des)amei, iludi-me e desiludi-me, tudo no ciclo da vida, tudo mudando com o vento das marés que percorre a subjectividade humana.

Nunca mudou o amor e cumplicidade com o meu (melhor) Amigo Pai...até hoje...até sempre...sempre e para sempre...