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quarta-feira, janeiro 21, 2009

Wind(s) of Change

O novo Presidente dos EUA já começou a mostrar trabalho. Barack Obama pediu a suspensão de todos procedimentos judiciais em Guantánamo.
Empossado há menos de 24 horas, Obama decidiu também congelar todos os decretos assinados por George W. Bush nos últimos dois meses, antes que entrassem em vigor. Num memorando assinado pelo chefe de gabinete Rahm Emanuel, a Casa Branca ordena a todos os ministérios que suspendam todas as novas normas ainda pendentes, até que possam ser revistas pela nova administração norte-americana.
A decisão tomada por Obama insere-se numa tradição que remonta já a Ronald Reagan. Trata-se de adiar ou até de cancelar as decisões de última hora, isto é, os diplomas que o Presidente cessante aprovou já depois das eleições de Novembro.
A segunda decisão governativa de Barack Obama tem a ver com a promessa eleitoral de pôr fim à cadeia de Guantánamo, uma nódoa na reputação dos Estados Unidos. Obama não assinou ainda a ordem de fecho da prisão na base naval em Cuba. Através do secretário da Defesa, Robert Gates, Obama ordenou aos procuradores que peçam a suspensão, por quatro meses, de todos os processos em curso contra presos de Guantánamo nos tribunais especiais militares.
De acordo com a Casa Branca, a pausa vai de encontro ao «interesse da Justiça». Se a suspensão for aceite pelos juízes militares, os 21 processos pendentes, incluindo cinco de acusados de participação no 11 de Setembro, que arriscam a pena de morte, ficam parados à espera duma decisão definitiva. A decisão pode passar pela entrega dos casos à justiça civil, como vem sendo reclamado por muitas organizações de Direitos Humanos. Na prisão criada por Bush há sete anos estão agora cerca de 250 detidos.
Já esta quarta-feira, Barack Obama deita mãos à obra na frente prioritária, ou seja, a crise da economia. O Presidente reúne-se com os conselheiros económicos. Em causa está o plano de estímulo de mais de 800 mil milhões de dólares, que Obama quer ver o Congresso aprovar até meados de Fevereiro.
As guerras norte-americanas também estão na agenda do primeiro dia de trabalho. Barack Obama preside a uma reunião com o secretário da Defesa, o chefe do Estado-Maior e o general David Petraeus, líder do comando central, responsável pelo Iraque e Afeganistão. Em cima da mesa está a hipótese de encurtar o prazo de 16 meses em que Obama prometeu retirar as tropas do Iraque.
Cit in TVI

terça-feira, janeiro 13, 2009

Novas de Guantanamo

Obama afirmou que afinal não conseguirá fechar a (tristemente) célebre prisão e tortura e horror nos 100 dias anunciados. Começamos bem, começamos...

sexta-feira, dezembro 12, 2008

Culpado

O ex-secretário de Defesa dos EUA Donald Rumsfeld e outros altos funcionários compartilham grande parte da culpa pelos abusos aos detidos na prisão iraquiana de Abu Ghraib e em Guantánamo, segundo um informe do Senado americano. O documento do Comitê de Serviços Armados, difundido pelo presidente do grupo, o democrata Carl Levin, assinala que Rumsfeld contribuiu ao autorizar técnicas de interrogatórios agressivas em 2 de dezembro de 2002. Apesar do ex-secretário ter retirado o aval seis semanas depois, a aprovação continuou se espalhando nos círculos militares americanos e respaldou o uso de técnicas duras em lugares distantes como o Iraque e o Afeganistão, aponta o informe. O documento conclui ainda que as ações de Rumsfeld foram "uma causa direta do abuso aos detidos" em Guantánamo e "influenciaram e contribuíram para o uso de técnicas abusivas" nas guerras do Iraque e do Afeganistão. "O abuso aos detidos em Abu Ghraib no final de 2003 não foram simplesmente resultado de que uns poucos soldados atuaram por conta". "As técnicas de interrogatório como despir os presos, colocá-los em posição de estresse e usar cachorros militares adestrados para intimidá-los apareceram no Iraque somente depois de que o uso da força foi autorizado no Afeganistão e em Guantánamo", assinala o documento. O escândalo do tratamento aos detidos de Abu Ghraib e a revelação posterior de interrogatórios agressivos pelos EUA, como a simulação de afogamento, provocaram a indignação internacional e a acusação de que Washington permitia a tortura dos prisioneiros, o que o governo nega. O presidente eleito dos EUA, Barack Obama, já afirmou que pretende fechar a prisão de Guantánamo.

quarta-feira, dezembro 10, 2008

4

Segundo relatório tornado público pela ONU; cerca de 4 biliões de pessoas não tem acesso minimo à aplicabilidade teórica e prática de Justiça. Falemos entao de Justiça...sendo (tentando ser...) analitícos e pragmáticos, poderemos juntar aos números mencionados, mais alguns milhões de injustiças cometidas pela dogmática Justiça e seu conceito no mundo global. Injustiças funcionais, ao que se aliam Injustiças formais aprovadas pelos homens de capa e batina democrática, por tribunais marciais, religiosos e afins. A justiça assume assim a simbologia de mensageiro muitas vezes cego num mundo em que o fosso entre ricos e pobres resvala a níveis gritantes de abismo sem retorno e assombrado tendencialmente. Sessenta anos depois da declaração dos direitos básicos do homem, muito se perdeu no papel e nas lutas/causas perdidas pela mesquinhez do ávido humano.

segunda-feira, novembro 24, 2008