terça-feira, junho 06, 2023

Moment(s)

 



Weeding in the sand... 😉 



Heroe(s) We Need...

 



Tina Turner a "Mrs Hot Legs" foi a heroína de muitos (eu incluído) no escalar para a fama através duma história sofrida, subindo pulso a pulso, pé ante pé de forma decidida qual furacão com uma lógica de trabalho brilhante e superlativa e com a mística somente ao alcance de alguns.


A qualidade marcou a diferença desta diva mítica ( e mística) do rock & soul que constitui um quadro de referência no panorama musical global.


See you around because dear Tina we always need a another Heroe ( like you)




terça-feira, maio 09, 2023

General Lee (Rita)





Vaya con Dios Rita Lee Rainha do rock rebelde e das letras com sentimento e qualidade superlativa.

Sentirei a falta...

🇵🇹🇧🇷🎸



segunda-feira, maio 08, 2023

"Esplanando" (do verbo...)

 





Fragmentos de um Domingo de Sol
(Do verbo "esplanar")

Uma boa semana para todo(a)s

Mothers Day

 



Se existe foto que reclama ao universo o Amor e laço inquestionável que me une á minha Mãe, bem pode ser representada por esta frame onde o sentimento tranquilo transborda na calma e quietude em que a emoção forte é visível nos silêncios que falam.

E com a Dona Virgínia muito passa por esses silêncios díspares que aprendia a lhe ler nos anos que nos unem e se sucedem.

Sabes bem que "só nós dois é que sabemos" das dores e alegrias que nos unem ainda
mais .

Gratidão profunda querida Mãe por tudo o que fizeste e fazes por mim!!!

Sem ti muitas vezes ao leme este velejador de águas profundas e revoltas não chegaria amiúde a bom Porto.
Amo te
❤️❤️❤️

Beijinhos imensos do sempre teu
Paulinho

terça-feira, abril 25, 2023

Nós os Filhos da Liberdade




Guardo as memórias visuais e olfactivas dos caracóis a cozer no lume forte e tragados  com a convicção do dia da liberdade. Seguidamente descia com os meus Pais para o verde vivo da alameda em Faro onde o vermelho dos cravos se cravava no sorriso convicto estampado no rosto da liberdade de cada um.


Sou um dos filhos da liberdade, daqueles nascido no bom ano de 74 onde a ditadura colapsou e o romantismo determinado de alguns deu a liberdade aos muitos presos às grilhetas do obscurantismo e da corrente única do rebanho amordaçado e obrigado a seguir as doutrinas de pastores velhos, decrépitos e absolutistas.


Falo e escrevo de Abril pelo que me foi transmitido, pelas memórias de meus pais, familiares e amigos mais velhos da geração que nos deu luz de esperança rumo a um futuro diferente.


Nasci livre e cresci nos anos conturbados da construção democrática de uma pátria que tentava sair da cauda do pelotão e alicerçar valores, práticas e caminhos dotados de democraticidade.


Cresci com as dores de Abril mas com a convicção de que eu filho da eterna classe média remediada, tinha tanto direito à educação, cultura e expectativa de futuro como qualquer um.


Sim eu sou da geração livre, filha da geracao amordaçada, neta da geração que no silêncio da noite escura já conspirava para que o ano fosse todo Abril florido em cravos vivos de liberdade.


Sim... eu devo homenagear aqueles que me pariram a liberdade e me entregaram de mão beijada para eu saber que sou como qualquer um...


Sim... eu devo escrever, falar e sentir Abril como se estivesse a sair de Santarém na coluna de Salgueiro Maia rumo à capital do império onde tudo ruiria com meia dúzia de tiros e sem um banho de sangue medonho.


Sim... eu devo respeitar a herança de quem com cravos nas espingardas me deu a maturidade de ter amigos de esquerda e de direita, brancos ou multiculores, com visões e formas de encarar a vida com sonhos  diferentes dos meus. 


Sim... Abril deu me novos mundos e realidades multidimensionais que me permitem gritar educadamente ( mas convictamente) que o fascismo, o obscurantismo e o regresso a velhos dogmas não ocorrerá.


Porque também nós os filhos da liberdade não permitiremos, apesar dos tempos esburacados e injustos, que o medo e o ódio fomentados pelos demagogos transformem o Abril ( ainda em muito por cumprir) do nosso contentamento num qualquer mês de Inverno amordaçado onde as nuvens e a chuva nos restringam o direito de escolher e de sermos afinal como "qualquer um".


quinta-feira, abril 13, 2023

Eterno(s) Retorno(s)

 



Na "waiting room" do Aeroporto de Faro pronto para zarpar para o Porto ...de coração ❤️ cheio por rever amigos e familiares e sentir o toque incondicional do meu Pai e da Minha Mãe ( quem tem um Policarpo e uma Virgínia tem tudo ❤️❤️❤️).

quarta-feira, abril 12, 2023

Easter in (my) Faro





Confesso vos não sou um admirador absoluto do período pascal que resvala sempre numa perspectiva da nossa cultura para um período de contemplação que deriva para um negativismo tão típico do nosso fado europeu no global e tuga no específico.
No entanto sempre bom e revigorante retornar ao meu ponto de origem, estar com os meus pais, rever família e amigos de uma vida (além dos que conquistei na Invicta).
Na minha vida de "circulação" entre Faro e Porto, o mito do eterno retorno e "fuga" entre dois portos de abrigo que me preenchem surge cíclico há já trinta anos.
Para todos nós que este breve período de "pausa técnica", seja o dos afectos e retornos a quem nos diz muito (para retornarmos também aos que conquistamos e nos conquistaram), mesmo que o conceito espaço temporal nos afaste geograficamente, que a alegria do reencontro e do renascimento supere sempre os períodos menos bons, próprios desta roller coaster eterna na qual nos movimentamos.
Sejamos Felizes nestes tempos atípicos e exigentes, no desafio de preservarmos a nossa humanidade e a do nosso próximo.
Boa e Santa Páscoa

sexta-feira, março 24, 2023

Pais com Humanidade (on Father´s Day)

Existem os "outros" Pais e depois existe aquele turbilhão de emoções chamado José Policarpo dos Santos Correia.
Desde puto fui amado de forma incondicional pelo meu Pai e pela Minha Mãe.
(factor essencial e que recordo e sinto sempre)
Uma educação liberal, com desde cedo, a ser responsabilizado pelas chaves da casa, pelo executar pequenas tarefas e "recados", entre outras nuances.
A paciência da minha santa Mãe Virginia Correia e a rebeldia do meu Pai moldaram me para sempre no que sou e na forma (corajosa creio) com que vou muitas vezes ao limiar da dor para inverter situações negativas e prosseguir lutando.
O meu Pai, por mais que por vezes possa pensar o contrário, ( os nossos feitios "chocam se" pontualmente) é o meu melhor Amigo ( como ele também gosta de mencionar aos seus amigos) e com ele a navegação á vista nesta vida feita de tantos altos e baixos tem sido bem mais confortante e fácil (como se para nós existisse a palavra "fácil").
Homem de olhar olhos nos olhos, pessoa grande na entrega a quem ama, facilmente perdoa e acolhe, facilmente segue e prossegue com a frase desarmante "deixa lá filho seja tudo por amor de Deus".
Só o Policarpo e a Virgínia sabem que a sorte dá um trabalhão do caraças e que a vida é forjada numa luta muitas vezes desigual.
O meu Pai (impossível de dissociar da minha Mãe) ao seu jeito e maneira ensinou me sempre a não ser um desistente, e em cada vitória sofrida ou amolgadela dolorosa eu lembro me desse legado de Amor e força de ferro moldada na doçura de um Pai com humanidade que ama o seu filho.
Como te disse meu cota havemos de ver o Benfica campeão europeu, o Farense na primeira e o Putin a cair.
Afinal tu é que me ensinaste a não desistir...

Amo te hoje e sempre ( para sempre).

Do teu puto
Paulinho

quinta-feira, março 23, 2023

World Music (made in Portugal)

 




Fomos ao Super Bock Arena ver a excelente Ana Moura .

Entre a essência do fado, intercalada com kizombas e sembas,em suma  a mescla da world music que nos une a todos.

Um espectáculo com a presença especial do magnífico Paulo Flores e com o toque de Midas também de músicos e bailarinos de eleição.

Um tributo de 8500 pessoas a uma voz única no panorama musical made in tugolândia.

segunda-feira, março 06, 2023

"Do Baú" (de memórias)





Nos arrumos das fotos e arquivos derivados deparei-me com uma frame sem tempo nem localização geográfica que me ocorra...mas gostei da minha descontração (sem contracção) certamente bem antes deste período atípico que todos tentamos ultrapassar. sem nos espalharmos ao comprido...
( A "coisa" não está fácil mas vamos sobreviver e crescer...uma vez mais).

sexta-feira, fevereiro 24, 2023

Os Filhos do Sangue

 



Lembro me como se fosse ontem que a 24 estava a jantar entre amigos na Ribeira do Porto, saboreando  uma vitela no tacho a derreter languidamente na boca e um vinho do Douro que adornou mais uma noite na Adega de São Nicolau.

Saímos por volta das 23h30 e tive ainda tempo para um cigarro contemplativo numa noite amena, em que a vista, como usual, era (é) um postal nocturno convidativo em que o Rio guarda e delimita as margens entre Porto e Gaia.

Recordo-me da madrugada em que o horror emergiu e ficar horas colado com o meu Pai ao telefone entre o desespero e impotência e a raiva incontida que nos permitiu matar Putin virtualmente (mas de forma convicta) vezes sem conta com requintes de malvadez pérfida e toques extremos de um filme de terror de quinta categoria.

O desespero agudizante dos primeiros dias deu lugar a uma esperança sem aparente lógica racional de que os bravos  Ucranianos iriam prevalecer estóicos contra a máquina de guerra do czar sem trono e saudosista da antiga Rússia imperial em que o direito seria divino de obliterar povos e esmagar a resistência de quem pensa livre e vive em democracia imperfeita mas alicerçada nos valores básicos dos direitos comuns que unem os indivíduos. 

Deixei de ter ilusões e lirismos:  Somos todos filhos do sangue destes tempos angustiantes. No entanto sempre a esperança de que, como em outros tempos do tempo histórico e tangível, a bravura (justiça) e determinação (razão) irá derrotar o cinismo atroz da desinformação e do ódio puro e duro. 

Sempre ouvi dizer que não se combate um bruto ou um rufia com a razão do equilíbrio (infelizmente). Por vezes só a espada pode deter a espada, só o martelo pode responder ao martelo. 


Assim aconteceu (acontece).


Desesperei, revoltei-me, destilei textos de fúria durida , (re)tweets programados em grupo ou na pulsão individual, inundei tudo o que destilasse Putin e sua máquina de terror atroz. Escrevi e (re)escrevi, debati, fui insultado por guardas pretorianas extremistas e mansas no espirito seguidista de matilhas antigas com pastores a soldo  que prestam vassalagem a um decrépito mundo que já não tem lugar nos tempos do presente (aprendi que nas redes sociais existem fanáticos pagos e não pagos...). 

Um ano após o inicio de tempos atípicos, a Ucrânia resiste e insiste no caminho da luta de um direito de nascença de qualquer nação: Ser livre de grilhetas e mordaça. 

Como devem intuir não sou apologista da guerra e da  morte. Nada apagará os mortos, os estropiados e os órfãos de ambos os lados da barricada.  

Nada apagará duas gerações de povos varridas do mapa. 

Nada apagará o ano mais angustiante das nossas vidas. 

Nada apagará o dilúvio obsceno de morte que Putin e seus sequazes lançaram ao mundo (eles e só eles esqueçam lá o resto...) 

No entanto...

Um ano depois a Ucrânia resiste (e insiste). 

Afinal o Czar ia nu... 

Afinal Kiev não caiu em setenta e duas horas... 

Afinal o "presidente-palhaço" não fugiu... 

Contudo... 

Nada está ganho 

Nada está perdido

Tudo está em aberto... 

Ressistiremos à fúria dos brutos, se possível com negociações, se possível com compromisso. 

Mas lutaremos... ao lado dos Ucranianos com a pena e a caneta, com os punhos e com as armas, com a resiliência de quem não se dobra perante o mal. 

(Cada um luta como sabe como pode) 

Ganharemos (muitos)... Perderão (alguns tantos)... 


Nós os filhos do sangue destes tempos malditos. 

Nós os proscritos dum tempo sem lei

Nós os que não calamos (e lutamos) 






quinta-feira, janeiro 26, 2023

Porra Pai... 75?!



Querido Pai 

Porra 75 anos já Pai?!

Não não acredito...o brilho no olhar, a rebeldia a fúria perante as injustiças continua a queimar como se estivesses em início da tua carreira de adulto.

Porra Pai 75 anos a sério?!

Desculpa mas não bate certo...continuas a proteger me, a pegar me pela mão como sempre pegaste, como sempre me protegeste.

Não ... estás a aldrabar me com as tuas histórias de embalar ...75?!

Lembro me bem de correr nas tuas cavalitas para irmos ver o comício da Maria de Lurdes Pintassilgo ...ou como choramos os dois na multidão que recebia o Mário Soares em Faro.

Lembras te Pai?! ( 75... simplesmente não acredito).

Pai...continua a ir a uma igreja vazia rezar pelas Crianças na Ucrânia (vamos ganhar um dia o mal vai perder ... só pode Pai...).

Pai...continua a ser genuíno e com aquele riso de gozo quando me metes a mim e á Mãe com os nervos em franja.

Não...não podes ter 75...

Pai nunca penses que não fizeste o suficiente, que não deste ou apoiaste de forma superlativa...sim Pai eu sou também  um eco do tempo que ainda vive em ti... és "culpado" de eu ser socialista ( não "este" socialismo), benfiquista, farense, és culpado absoluto de nunca me teres cortado as pernas, de naquele final de dia na praia de Faro termos jurado que nada nos desviaria dos nossos objectivos, já na  antecâmara da minha partida para o Porto.

Acho que não te apercebes da importância de simplesmente nos dias de tempestade ter em ti ( e na nossa Virginia Correia ) um abrigo á prova da maldade que inunda o mundo no seu dia a dia vertiginoso.

Alguns conselhos antes de chegares aos 100 anos ( se existe alguém capaz de chegar lá és tu miúdo😁):

Se o Benfica não for campeão o mundo não acaba (é um local pior mas não acaba).

Mesmo que a Mãe não tenha razão ( por norma tem 😁) relativiza e dá a mão a palmatória.

Nunca mas nunca percas a tua fúria e rebeldia ( também minha) pois ensinaste me a nunca me sujeitar ou submeter (luta sempre Pai!!!).

Continua a fazer peixe alimado como só tu sabes e a ser responsável pelo grelhador lá em casa ( de resto deixa os cozinhados para quem sabe).

Não te deixes irritar por quem não merece, ou amargar pelos paradoxos da vida ( como tu e a Mãe me ensinaram " desde que haja saúde tudo se faz").

Ah...já me esquecia... obrigado por me teres ajudado a ter uma voz e identidade própria e acreditares sempre que eu poderia "chegar lá" (continuo a tentar Pai sempre!!!).

José Policarpo dos Santos Correia...Policarpo... Zé...Pai... és um Homem do c...Amo te!!!

Do teu

Paulinho

❤️❤️❤️