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terça-feira, agosto 30, 2011

Sangue & Liberdade

Continuo a seguir com particular interesse a revolução popular ocorrida (em decurso...) na flagelada Libia, eterno mosaico de tribos e correntes islâmicas diversas no conteúdo ora radical, ora moderado com "cheiro" ocidentalizado.

O "fogo árabe" que no último ano varreu o planeta, apanhou (quase) todos desprevenidos, resvalando para a arrogância colonialista que as grandes potências mundiais emanam no alto da sua pretensa superioridade moral e intelectual. 

Como os movimentos dos sem terra brasileiros e mexicanos; como os movimentos independentistas africanos da década de 60; o mundo árabe do cidadão comum e revoltado contra o "estado das coisas" pegou fogo e ateou nas massas colectivas o desejo da liberdade e o quebrar das grilhetas da servidão.

Kadafi, Saddam Hussein, Mobarak (e mais tarde ou mais cedo Saddat) representam o velho mundo que ninguém quer: A repressão, ditadura sob a capa de fanatismo religioso. Mas Zapatero, Merkl, Obama ou Sarkozy, representam novos ventos e rumos? Ou apenas uma fina máscara disfarçada de democracia para ser diariamente  servida nos media globais?!


quinta-feira, março 17, 2011

Inferno (Líbio)

De repente (de rompante) a terra treme no Japão. O mar derrama-se na terra e milhares de pessoas morrem. O mundo solidário destila solidariedade forte e comovente. Lead inicial de texto que parece transportar para um mundo (quase) perfeito onde a emoção fala alto e o apelo global resulta no humanismo colectivista.

Apenas um (grande) senão: Ou muito me engano, ou a catástrofe made in Japan deu um jeito do caraças à comunidade internacional para se afastar da carnificina e barbárie que ocorre no deserto Líbio...

Ao fim ao cabo mais vale uma onda de solidariedade perfumada nos mares do Japão, do que "meter a mão" nos corpos juncados nos desertos (e cidades...) da Líbia. Há sangue de 1ª e sangue de 2ª...que me desculpem os Japoneses...

terça-feira, fevereiro 22, 2011

Libia

Sendo um cidadão do  mundo democrático, tive sempre um arrepio estranho despertado pelo regime comandado pelo tirano Muamar Kadafi. Os recentes acontecimentos que culminaram na derrocada na ditadura Egipcia, despoletaram um terramoto interessante no médio oriente onde o factor da imprevisibilidade dita leis secas e duras.

Ao ver o mosaico Libio a se degladiar, o povo a gritar liberdade nas ruas ou os diferentes lideres tribais a se dividirem em blocos antagónicos; só me apetece pensar alto e afirmar na força do pensamento profundo que no meio de uma crise fornicadamente global, o único grito que parece ser incontornável é o desejo (em variadas formas e nem todas "boas"...) da massa colectiva gemer orgasmicamente o gozo do mel da liberdade (ainda) não alcançada.