A Câmara do Porto garante que não há motivos para uma impugnação judicial, por causa da transferência de trabalhadores dos serviços de limpeza para empresas privadas.
É a resposta da autarquia ao Sindicato dos Trabalhadores da Administração Local. Em declarações à agência Lusa João Avelino, do STAL/Porto, garante que os visados não acordaram estas transferências, ao contrário do que é exigido por lei.Já o vice-presidente da autarquia apresenta outro entendimento. Contactado pela Renascença, Álvaro Castelo-Branco cita também a lei, mas garante que não há qualquer irregularidade: “a legislação que está em vigor permite que os trabalhadores sejam requisitados independentemente do acordo prévio”.Recorde-se que, contra esta transferência de trabalhadores a STAL está a promover uma greve ao lixo. A paralisação começou ontem, às 12h40, e termina às 6h00.Para já a Câmara não tem dados sobre a adesão, mas o vice-presidente lembra que se trata de uma greve parcial.Ainda assim, Álvaro Castelo-Branco admite que a paralisação afecta sempre a recolha do lixo, tendo em conta a altura do ano.Em causa está a transferência de 270 trabalhadores da Câmara do Porto, para concessionárias privadas. O Sindicato diz que vai impugnar judicialmente a medida, a autarquia garante que está tudo a ser feito conforme a lei.