La Liga (II)

Após 90 minutos emocionantes, o Benfica ergue a taça e o Sporting lambe a ferida profunda de um erro crasso de arbitragem que decide o juego. Grande Penalidade não existente, acompanhada por expulsão injusta. Notas soltas para a bela moldura humana no “meu” estádio do Algarve, bem como a soma aritmética de se os benfiquistas são 6 milhões e os sportinguistas muito menos, amanhã a nação amanhecerá menos aziaga da crise profunda na qual está umbilicalmente ligada com toda a Aldeia Global. Ironias à parte…satisfeito naturalmente pela vitória de um dos meus 2 amores (o outro chama-se Sporting…Farense); mas reconhecendo que o erro grosseiro de Lucílio Baptista influenciou decisivamente o desfecho de um match mal jogado, mas com emoção a rodos.

Parôles…Parôlas…

1) As de Cavaco Silva perante trabalhadores à beira de um ataque de nervos…
2) As de Quique Flores após o mais que provável afastamento dos encarnados da luta pelo titulo…
3) As da sister de Carolina Salgado, contradizendo o seu depoimento inicial no “Apito Dourado”…

A Birra de Flores

Com o recente empate com o Belenenses, os vermelhos de Lisboa atrasam-se novamente na luta árdua do titulo. Quique Flores explode à boa (má) maneira espanhola e encontra bodes expiatórios com nome tangível : Sidnei e Reyes. Nada de mais ao apontar os "culpados", dirão alguns. Eu penso de maneira diferente...as vitórias ou derrotas são um hiato de construção colectivo. Como tal é necessário saber viver na vitória e na derrota. No segundo caso a opção inteligente é saber dar a vuelta por cima com uma pedagogia guerreira de forma a produzir resultados eficazes. Quique - excelente treinador - não o soube, nem o sabe ainda fazer...

O Dilema de Quique

Que o treinador espanhol do Benfica é hombre competente ninguém dúvida; mas terá cujones pretos suficientes para, por um lado, suster a fúria descontente da massa associativa do clube, e por outro prisma, controlar a tentação irresistível de Luis Filipe Vieira, de mandar as "postas de pescada" habituais ?

Quique Duro

Sinceramente, adorei a lógica discursiva de Quique Flores, após a derrota caseira do SL Benfica ante o Metalist; em jogo a contar para a Taça Uefa. Sem paninhos quentes, nem dó nem piedade dos mininos pagos a peso de ouro. Numa altura que Portugal e o mundo atravessam uma crise de transição grave e com gangrena ramificante, altura de chamar à terra os deuses privilegiados e os acordar para a amarga realidade. Quique deu um bom exemplo. Talvez a seguir altura de puxar as orelhas aos politicos cá do burgo...

É Natal e por vezes milagres acontecem...