Lembro-me claramente onde estava no 11 de Setembro de 2001. Ainda ensonado, chegava a minha ex-faculdade para beber um café rápido com um dos meus melhores amigos. O café fugidio tornou-se num dia de emoções fortes em que fomos todos espectadores do rosto da besta da destruição e terror global colectivo.
Café após café, cigarro após cigarro; rapidamente nos apercebemos do drama e amplitude dum dos maiores happenings (real e mediático) do segundo milénio. Recordo-me de pensar nas mães que perderam os filhos, das mulheres que perderam os seus maridos; em suma: Do quebrar trágico de laços afectivos e efectivos.
Com uma década passada, nada ficou igual neste "mundo novo". Nada será igual quer para os que perderam subitamente elementos do seu jogo pessoal d'afectos, bem como para todos nós. Afinal somos no colectivo uma massa global (e globalizante) que sentiu na pele a impotência do terror potenciado no seu braço sanguinário mais maquiavélico.
Que os muertos "vayan con dios"; que os vivos nunca esqueçam e recordem o dia que mudou o mundo...o nosso mundo...