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domingo, setembro 11, 2011

9/11

Lembro-me claramente onde estava no 11 de Setembro de 2001. Ainda ensonado, chegava a minha ex-faculdade para beber um café rápido com um dos meus melhores amigos. O café fugidio tornou-se num dia de emoções fortes em que fomos todos espectadores do rosto da besta da destruição e terror global colectivo.

Café após café, cigarro após cigarro; rapidamente nos apercebemos do drama e amplitude dum dos maiores happenings (real e mediático) do segundo milénio. Recordo-me de pensar nas mães que perderam os filhos, das mulheres que perderam os seus maridos; em suma: Do quebrar trágico de laços afectivos e efectivos.

Com uma década passada, nada ficou igual neste "mundo novo". Nada será igual quer para os que perderam subitamente elementos do seu jogo pessoal d'afectos, bem como para todos nós. Afinal somos no colectivo uma massa global (e globalizante) que sentiu na pele a impotência do terror potenciado no seu braço sanguinário mais maquiavélico.

Que os muertos "vayan con dios"; que os vivos nunca esqueçam e recordem o dia que mudou o mundo...o nosso mundo...

sexta-feira, junho 18, 2010

Merdas Fodidas

A vida nem sempre (nunca) constitui uma linha recta, onde as opções e estradas para galgar, se constituem de puzzles e perguntas constantemente reformuladas. Por vezes "levamos" não tão somente com o que nos afecta a nós no nosso "eu individual" mas também os estilhaços que ferem todos aqueles que em nós habitam. 

Nos últimos dias tenho tido aquela sensação fodida de impotência por sentir algumas dessas pessoas a sofrerem por perdas reais e potenciais que afectam a sua vida e seu universo. Nada me resta do que tão somente desejar  que tudo corra pelo melhor e fazer sentir de forma singela que a força que em nós habita muda consoante os nossos momentos de fortaleza e de impotência mas - instintivamente - reorganiza-se e segue em frente.

segunda-feira, abril 12, 2010

Sou Polaco

A tragédia que se abateu sobre a Polónia faz 2 dias, apanhou-me naturalmente de supresa e comoveu-me de forma intensa. 

Poderá parecer um sentimento fora do contexto (para o bem e para o mal tenho a dupla nacionalidade algarvia e tuga...); mas a ironia trágica de toda a comitiva Polaca com 90 dirigentes políticos, religiosos e militares, ter perecido a caminho da outrora inimiga Rússia para prestar homenagem aos 20 mil bravos Polacos assassinados durante a II Guerra Mundial, só não toca a um insensível de cimento constituído. 

Tempo de chorar os mortos, mas essencialmente de caminhar em frente e reconstruir - novamente - a génese da nação Polaca.

sábado, fevereiro 20, 2010

Catástrofe in Madeira

Existe aquela velha máxima do jornalismo, em que há acontecimentos que se transformam em tragédias factuais, que ninguém gosta de noticiar. Aconteceu precisamente "isso" no happening trágico de hoje na Madeira. Já com 32 vitimas mortais a reportar; o balanço promete continuar a subir fruto dos desaparecidos no meio da água e lama viva que se abateu sobre o Funchal e zonas adjacentes.

sábado, janeiro 23, 2010

Rosto(s) da Miséria

No Haiti os escombros do recente, dão lugar à solidez de uma realidade bem cruel. Entre mortos sem rosto encontrado, orfãos bem visíveis e perante a alta moralidade da comunidade internacional; penso de forma sistemática na puta da hipocrisia de países como a França que fazem o papel de bons samaritanos ao perdoar dividas e a doar dinheiro de vil metal. No caso da porra dos "Francius" não me entra nos neurónios o seu elitismo universalista de cariz cultural e histórico, esquecendo-se a cagada grossa que deixaram lá por aquelas bandas. Afinal não foi somente Portugal a fazer borrada no que toca ao tema sensível da colonização...

domingo, janeiro 17, 2010

Haiti

Altura em que a mediatização do mundo se transporta para o pobre e malfadado Haiti. Um dos países mais pobres do mundo sofre agora uma hecatombe humanitária em que famílias  inteiras foram engolidas de forma voraz, sem dó nem piedade, pela força bruta da (por vezes...) puta mãe natureza. Como qualquer ser humano "normal"; os meus pensamentos vão para todos aqueles que sofrem e perderam seus entes queridos. Algumas notas de rodapé - curtas - para, no meio da tragédia, destacar as centenas de funcionários de instituições humanitárias que pereceram  ao serviço da causa em que acreditavam. 


Num mundo repleto de máscaras, destaco aqueles que morreram como viveram: Sem máscaras nem ardis.

quarta-feira, janeiro 13, 2010

Correcção

É daquelas correcções que odeio ter que efectivar, mas em post anterior mencionei os 3 mil mortos no sismo ocorrido no pobre Haiti. No entanto as últimas noticias falam num universo potencial de 100 mil mortos. Sigam os desenvolvimentos nos links 

sábado, janeiro 09, 2010

A Lei do Terror

A África perfumada do futebol rei nas ruas pobres de comida em qualquer ponto do continente; sempre me seduziu enormemente. As diabruras de putos de cara suja e pés descalços com bolas improvisadas em campos sem condições, são o filão para muitos clubes da Europa do futebol rico e estilizado. Custa-me perceber o terrorismo, mesmo aquele encaputado em qualquer teoria de libertação de povos oprimidos. Mais me custou a engolir o metralhar impiedoso do autocarro que transportava a selecção do Togo em Angola para a CAN 2010 (3 mortos confirmados). 


O acto cobarde foi assumido na sua autoria pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda. O farto e gordo governo (corrupto...corruptível...) Angolano reagiu tardiamente e com palavras de circunstância. Blatter, presidente da também gorda e fausta Fifa deu os lamentos de conveniência. 


Ficam "apenas" no ar duas questões soltas:


1)  Como se "dá" a organização de uma competição deste calibre sem garantir condições mínimas de segurança para os seus intervenientes?!


2) Quando é que a Fifa deixa de pensar somente no aspecto financeiro dos happenings desportivos e "acorda" do sonho lirísta de agradar a "Gregos e Troinanos"?!




quarta-feira, junho 03, 2009

Chorei

A queda de um avião que reportava do Brasil até Paris, se transformou para mim num pequeno caso pessoal mesmo à distãncia. Acompanhei a ode de desgraça desgraçada de todo o caso. A morte de 3 italianos que horas antes tinha doado 22 mil euros em prol das vitimas das cheias de Santa Catarina. A ansiedade em Paris de todos aqueles que esperavam os passageiros de 32 nacionalidades; ou as mensagens de "amo-te" ou "tenho medo" enviadas pelos passageiros nas ultimas fracções da sua vida roubada no relógio do tempo. Confesso...emocionei-me...chorei mesmo...lembrei-me do 11 Setembro e da mesma lógica operativa do "Eu" individual. Os mesmo medos e transtornos e o mesmo sentimento de perda constante e irreversível. Lembro me no presente de uma mãe de uma passageira desaparecida (morta) ter mencionado que as últimas palavras que disse à filha foi "Você é a melhor filha do mundo".
Me comovi...chorei...sem limpar as lágrimas...