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sábado, maio 21, 2016

Para Além do Marão

A recente inauguração do ansiado túnel do Marão, projecto com sete anos no papel, foi lançado com pompa e circunstância (in)devida pelo primeiro ministro António Costa.

Obra que permite agilizar viagens, fluir pessoas e encurtar espaços temporais (e não só...) entre o Portugal profundo interior e o polo aglutinador do Norte português (Porto dixit). No entanto ("tudo" tem um "entanto" ou um "mas") o convite (aceite) de Costa a Sócrates para a presença no jogo mediático da inauguração de qualquer obra política, remete-me para a mais elevada falta de bom senso.

Sendo um critico subjectivista atento, causa-me o mais profundo asco, em primeira instância, a presença de José Sócrates (como todos os soundbytes inerentes aos processos judiciais que decorrem) na cerimónia de lançamento da obra que encurtará distâncias físicas e psicológicas entre os confrades (boa gentes) do interior; muitos trabalhando no Norte litoral por contra doutrem ou por sua "cuenta" e risco (preciso cujones hoje em dia para arriscar...e ganhar)

A falta de bom senso, foi reforçada de forma feroz e ruidosa pelo silêncio a que Sócrates se remeteu e para a lógica sebastiânica (versão moderna) do desaparecido-aparecido-escondido. Costa como bom seguidor da cartilha da biblia dos políticos tugas - bons pagadores de favores - entrou nessa lógica hipócrita e despudorada.

Fica a minha critica, protesto e reparo...da esquerda à direita; passando pelo "centrão" profundo e estático, está mais que a vista alcança, nos acordos de ocasião e negociatas. Afinal temos apenas que olhar para além do Marão...

segunda-feira, maio 03, 2010

Porquinhos Tugas...

...Ou a forma de dizer graficamente que estamos numa sociedade de poucas tetas de "tachos" para os múltiplos boys carreiristas existentes...

quarta-feira, março 10, 2010

Janela Indiscreta (I)

O mundo, cada vez mais, se resume a um fluxo de teias interactivas que ligam de forma rápida e exponencial toda a humanidade de uma forma quase impensável há 10 anos atrás. O boom da internet; aliado aos ajustes tecnológicos que permitem que comuniquemos em tempo real em som e imagem, veio trazer também - paradoxalmente - o perigo do isolamento social. Na vida rápida e violenta que levamos no prête a porter do dia a dia, utilizamos a janela do nosso portátil para assumirmos por vezes outra(s) personagem(s) que não a nossa, corporizamos em fotos e perfis em redes sociais e afins o que não temos tempo para procurar - encontrar - no dia a dia. 

Na minha opinião, por vezes essa necessidade de ligação a "algo" torna-se numa doença, numa fobia em que perfis sucedem-se a perfis; em que identidades se cruzam com clones e nuances escamadas caso a caso. Vejo "isso" nas teias sociais activas a que pertenço e utilizo com regularidade. A necessidade exponencial de libertarmos a adrenalina e frustrações do dia a dia numa tela onde estão alguns amigos e muitos desconhecidos: O gajo casado mas insatisfeito que se esconde no anonimato, o predador sexual que tem os seus mecanismos de felino aguçados à espera da presa; o fulano ou a fulana que tem os processos rotinados para "dar umas fodas". Existe de tudo um pouco. Até aqueles que não sabem o que procuram.

Os espaços de interactividade em tempo real que nos permitem transmitir a uma teia maioritária de desconhecidos o nosso espírito, as nossas frustrações e anseios: Alguns reais, outros nem por isso. Procuro utilizar o Facebook, Hi5, Twitter e Blogger como estruturas de trabalho que me permitem chegar a um número alargado de pessoas; destilando sem máscaras e artifícios também um pouco do que sou como pessoa, minha identidade pessoal e colectiva; afinal marca e cunho que todos nós damos ao mundo.

Todos nós já passámos fases em que os refúgios e santuários públicos ou privados; com desabafos a amigos de coração ou a alegres desconhecidos, funcionaram como catalisadores de alma e de feridas em carne viva. Não podemos (não devemos) entrar é no jogo do Avatar; criarmos supra sumos de identidades e caminhos virtuais que nos levem a becos sem saída, que nos afastem do mundo real.

Continua...(já a seguir...)


terça-feira, março 09, 2010

Filhos do Pó

O mundo continua na sua escala gravitante entre o justo e o injusto. Tendencialmente o globo é uma vasta selva de extremos em que o intermédio e o ponto calibrado de equilíbrio não existe nas proporções devidas e expectáveis. Faço uma leitura rápida no google news, derivo para a wikipédia.org e pesquiso sobre o tema "Fome". 

Não vou entrar no caminho de metáforas filosóficas acerca da fome moral que grassa um pouco por todo o mundo. Falo da Fome, na sua frieza lapidar de quem quer pão para comer e não o tem. Falo das crianças na Palestina de estomâgo vazio e esburacado por anos de conflitos trucidantes. Falo da fome na Etiópia, no Sudão e na Eritreia. Penso - falo, escrevo - também da fome que já existe em Portugal e nos restantes países ditos desenvolvidos e industrializados. 

Mudo de esfera de pesquisa e vou para as páginas dos tablóides de referência; lentamente derivo para as web pages dos jornais desportivos e sites de banalidades. Envergonhado, reconheço a impotência para mudar o estado das coisas. Que serve escrever sobre a Fome quando nada posso fazer para mudar o estado das coisas. Merda de defeito o meu: O de querer sempre conseguir mudar as coisas para melhor...desligo o computador fodido...acendo um cigarro e olho o horizonte.

terça-feira, março 02, 2010

Crónicas do Brasil (III)


"A Pedido..."
Bem fui desafiada a escrever um artigo direcionado ao público português, confesso que meu único contato com Portugal é através das relações de amizade via net com pessoas de várias cidades deste país ( Lisboa,Porto,Aveiro, São José da Madeira, Ilha da Madeira) ,que tem em sua história a nossa descoberta.
Também creio ser necessário confessar que como brasileira, tive algumas restrições com vosso país, por várias passagens, onde portugueses e brasileiros não foram tão amigos. Deve ser resquícios lá de 22 de abril de 1500.
Afinal Pedro Álvares Cabral , não só descobriu o Brasil, mas deixou como herança vários descendentes, crias geradas por sua tripulação em nossas mulheres índias, em troca levaram as riquezas e deixaram seus espelhos,pentes e onde começou a miscigenação em terras brasileiras.
Mais de 500 anos depois, tivemos problemas diplomáticos com Portugal, onde profissionais brasileiros foram boicotados em terras lusas.
Mas cá estamos no século XXI, e aos poucos vamos nos conhecendo e estreitando nossos laços, afinal de alguma forma somos parentes (risos).
Conheci alguns portugueses, pessoas inteligentes e por vezes muito bem humoradas, com certeza por influência da globalização e o grande acesso a grande rede de computadores , a internet. Mas sei que Portugal é feito bem mais que de pessoas da net, é um país importante e influente em muitas esferas mundiais.
Sei também que portugueses e portuguesas apreciam nossos homens e mulheres, nos vêem como um povo alegre, acessível e disponível, o que muitas vezes gera uma certa generalização. Não posso também deixar de registrar que eu própria já me apaixonei por um cidadão português, mas que infelizmente não teve um final feliz.
Já que estou a confessar minha atracção por Portugal e por portugueses, não posso deixar de registrar que meu poeta preferido é Fernando Pessoa ,e sou fã de Pedro Abrunhosa e suas melodias sugestivas.
Não sei nada da política portuguesa, do futebol , apenas o que passa na mídia do Brasil, mas prometo me interar sobre a realidade de Portugal e quem sabe assim poder trocar bem mais que pentes e espelhos, poder trocar informações inteligentes que possam servir de elos de ligação entre dois universos que possuem o mesmo idioma,com a única diferença que eu os acho ótimos e vocês são optimos.

Elaine Noal (Psicóloga)

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

A Vergonha (segundo Macário)

Faro  - minha cidade natal para os mais desatentos - é um imenso e colorido mapa de variação democrata a nível municipal. Desde os primeiros cheiros do Abril democrático que a cidade alterna qual postíbulo ambulante ao som de rosas e laranjas. Agora, na tômbola da má sina calhou-nos o homem que achava que as mulheres que smokavam a cinzeiros (há cinzeiros então que sabem muito bem...). Considerações fúteis e mal adornadas efectivadas por este Farense a viver na Invicta; sigamos para o caminho de colocar a carne no assador e tecermos algumas considerações acerca da nova verdade farense segundo o evangelho de São Macário, afinal o homem que veio colocar Faro no mapa mundi...

Este ano, dizem-me os meus amigos de sempre, iremos ter o mejor carnaval de siempre...de tarde e à noite Faro cheirará a fossa a céu aberto, confeties estilizados e quem sabe algumas brasucas a abanarem o real bujão no rol de desfile de disparates Farenses.

Este ano instituições como o Refúgio Aboim Ascenção, Instituto Francisco Gomes ou Moto Clube de Faro saberão o amargo de pagar a sua conta da luz sem apoio camarário (carnaval meus amigos o importante é o carnaval...).

Este ano um clube com 100 anos de história como o SC Farense, saberá o que é o sabor de não ter terrenos, apoios e pontes de diálogo camarário 
(C A R N A V A L capice?!).


Dizem as certamente más línguas Farenses que Macário veio para Faro de passagem, esperando ser recompensado pelo ganho da capital Algarvia 
(tristemente só no papel digo eu...), com uma pasta ministerial num governo laranja que afinal não surgiu. Dai - dizem as sábias más linguas - eis que qual ambientalista fanatizado e fornicado com as hordas certamente imberbes de Faro, que o "home" toca a distribuir autoritarismo musculado; cortar daqui e dali para o bem final do Carnaval em terras de Faro.


Carnaval...é o  circo em que a minha cidade de nascimento se tornou...agora a verdade escorre no signo da vergonha...versão segundo Macário, claro está...


segunda-feira, maio 18, 2009

Cristo (antes e depois de Salazar)

Este final de semana foi marcado pelo 50 aniversário da construção do Cristo Rei na outrora capital absolutista do imperio de Salazar (Oliveira). Ao visionar as imagens da fé tipicamente tuga, lembro-me dos alicerçes do regime de terror que fundamentaram a construção; reforçando a triologia futebol-fátima-fado. Pelo caminho ficaram dezenas de familias que foram obrigadas a abandonar suas casas em nome da fé construcionista que visava reforçar não a fé dos homens, mas o punho de ferro de um regime ditatorial e despótico. O papel da igreja no tempo da ditadura de Salazar ficou por explicar, bem como o silêncio comprometedor do papa Pio XII na segunda guerra mundial. O homem comum do povo é sábio intemporalmente e continua a saber separar a sua fé individual e sua expressão consequente, do acto estático de uma igreja que continua a viver à sombra de pactos de regime com poderes de ocasião. Valha-nos a todos
- povo colectivo - a coerência que conseguimos ter ao separar o "trigo do joio".

quarta-feira, abril 15, 2009

A Bronca ( a puta da)

Estive esta noche acompanhado pelo Jorge e pela Ana a beber um excelente café no Centro Comercial Atrium na Baixa de Faro. Sem muitos pormenores…10 milhões de investimento jogados à rua. Os deuses continuam a dar nozes de ouro a quem tem dentes podres e cérebros de ervilha oca…

terça-feira, março 03, 2009

A Insustentável Estupidez do Ser

Adulterando o titulo do excelente filme; ocorre-me a metáfora linguistíca relativamente a alguns factos irritantes que tem marcado a actualidade cá do burgo. O congresso do PS não passou mais de uma fachada de passeio dominical em que os media se viram castrados e limitados na sua acção e capacidade normal de informação, própria de uma democracia desenvolvida (pelos vistos não é o nosso caso). Alegre (Manuel), continua a sua saga de "minino" guerreiro, versão left, na qual não assume caminhos, vias ou opções. Um pouco ao estilo "vou-me embora, não vou, vou-me embora, não vou". No caso Freeport reina a desinformação deliberada, comprovando-se que as missivas ditas confidenciais - ao abrigo do segredo de justiça - nada valem. Um funcionário que queira encher os bolsos com um pocket money de qualquer orgão de comunicação, ou politico cabalista; sabe já os caminhos a percorrer. Na banca reina a incrivel paz pôdre, esquecendo escândalos recentes, e encobrindo com rastos de fumo e estatisticas irrealistas, (re)provando, afinal, a nossa banca é de douta confiança. Pauso aqui a lista, até ao dia de amanhã...prometo continuar...of course...

quarta-feira, janeiro 07, 2009

O Dilema de Quique

Que o treinador espanhol do Benfica é hombre competente ninguém dúvida; mas terá cujones pretos suficientes para, por um lado, suster a fúria descontente da massa associativa do clube, e por outro prisma, controlar a tentação irresistível de Luis Filipe Vieira, de mandar as "postas de pescada" habituais ?

quinta-feira, dezembro 11, 2008

Redes Sociais

Hoje em dia o factor isolamento constitui causa de depressão constante do humano individula e isolado. A crescente explosão exponencial das redes sociais cybernéticas como o Hi5, My Space e afins, prova a teoria errática de que a tecnologia combate de forma impiedosa e fria o isolamento crescente de todos nós. Lembro-me de ser um puto estúpido e chegar a casa com os joelhos esfolados de um jogo de bola na rua, ou de ter andado a "gamar" fruta nas hortas. Agora é a altura da PS2 (ou 3, nem sei...), dos encontros marcados pela net, do fluido virtual e do mundo do "faz de conta". Todos nós utilizamos, derramamos, e dependemos do advento tecnológico. No entanto sinto saudades dos joelhos esfolados, das cenas de porrada entre pré adolescentes e do sentimento que envolvia tudo e todos. Agora a geração teen é assim a modos que mais sem sal e um pouquinho mais sem human touch. Talvez esteja a ser injusto, talvez...

domingo, novembro 30, 2008

Esquerda(s)

Continuo com a minha firme opinião que ,tendencialmente, o futuro da democracia a nível global, apontará pela falência técnica dos fenómenos ideológicos (leia-se partidos) convencionais; sendo que os movimentos participativos de cidadania em redor de figuras concensuais/aglutinadoras (de esquerda ou direita ou...) conhecerão um avanço imparável. Lirismos próprios de jornalista opinativo, dirão muitos...mas no entanto a recente polémica lançada na abertura do XVIII congresso do PCP, reafirma um pouco a textura das minhas palavras e convicções pessoais. A teima enfadonha do PCP em não se abrir ao mundo real, é agora condimentada pela verdade dogmática de que só existe vida na esquerda em redor do PC. Nada mais falso de afirmar. A esquerda tuga é um mosaico no qual os comunistas Portugueses não tem direito de patente nem de exclusividade, sendo que os ataques ferozes lançados a Alegristas e Bloquistas, soam a táctica da terra queimada. Não me identifico com a esquerda dogmática do PC, nem com a Pop Art Politik do Bloco; nem com o esquerdismo centrista e musculado do PS. No entanto reduzir a latitude e longitude de uma área de influência politica (boa ou má) a uma esfera única, parece-me um hino anti-democracia bem pior que as afirmações medíocres de Ferreira Leite.
Afinal os antípodas politicos sempre se tocam...

Stalin Lover´s

Imagem a propósito do XVIII congresso do PCP Tuga...