terça-feira, março 09, 2010

Filhos do Pó

O mundo continua na sua escala gravitante entre o justo e o injusto. Tendencialmente o globo é uma vasta selva de extremos em que o intermédio e o ponto calibrado de equilíbrio não existe nas proporções devidas e expectáveis. Faço uma leitura rápida no google news, derivo para a wikipédia.org e pesquiso sobre o tema "Fome". 

Não vou entrar no caminho de metáforas filosóficas acerca da fome moral que grassa um pouco por todo o mundo. Falo da Fome, na sua frieza lapidar de quem quer pão para comer e não o tem. Falo das crianças na Palestina de estomâgo vazio e esburacado por anos de conflitos trucidantes. Falo da fome na Etiópia, no Sudão e na Eritreia. Penso - falo, escrevo - também da fome que já existe em Portugal e nos restantes países ditos desenvolvidos e industrializados. 

Mudo de esfera de pesquisa e vou para as páginas dos tablóides de referência; lentamente derivo para as web pages dos jornais desportivos e sites de banalidades. Envergonhado, reconheço a impotência para mudar o estado das coisas. Que serve escrever sobre a Fome quando nada posso fazer para mudar o estado das coisas. Merda de defeito o meu: O de querer sempre conseguir mudar as coisas para melhor...desligo o computador fodido...acendo um cigarro e olho o horizonte.

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