I
Após uma reunião logo pela manhã na baixa portuense, arrepio caminho rumo aos primeiros titulos dos jornais do dia longo. No Porto chove a bocejos e faz vento suave, indicador do não-tempo; sinal que o verão ainda não veio para ficar. Nas manchetes "internas" começam a surgir os primeiros esboços do que vai ser a nova vida do treinador Jorge Jesus ao leme do Titanic Benfiquista. Piadas sem gosto sobre frases em mau português do técnico, criticas de inimigos de estimação como Augusto Inácio e Manuel Machado.
II
Neste pais julga-se competência pelos disparates bem ditos à imprensa e pela marca do fato da moda ou a textura bafienta do nó da gravata de seda. Jorge Jesus é arrogante (ou seguro?), masca chiclete (melhor que fumar, tomara eu...) e fala num português comum de rua (melhor do que articular frases bocejantes...a verdade está no coração do povo...alguém disse um dia...). País estranho este em que uma puta de rua é uma puta ranhosa e nojenta; enquanto que as "madames" que dão a "fruta" em apartamentos bem mobilados são acompanhantes especializadas de luxo.
Percebem o que eu quero dizer?!