Falar da Virginia Correia é escrever sobre Amor absoluto, incondicional e com o "despegamento" que a emoção pura e volatizada permite.
Mulher de muitos silêncios que dizem mais que as palavras, a Virgínia , Gina Dona Virgínia, foi, é e será sempre o meu ponto de partida e de chegada.
Ávida nas leituras da vida, desejosa de saber e conhecer esta guerreira de luz sincera sempre me estimulou a assumir caminhos, a tomar opções ( por mais dolorosas que possam ser por vezes) e a assumir trilhos sem atalhos duvidosos.
Neste dia primeiro do Maio que antecede o sol de verão, a minha Mãe trabalhadora, a lutadora, a esposa, a filha, a irmã e amiga de todos, brilha pela grande Mulher que me inspira diariamente a ir mais longe.
Na sua humildade tranquila não se apercebe muitas vezes que ela é a cola que faz pontes e estimula a união entre todos.
A Mulher que apanhava panfletos contra o regime derramados no chão sem saber que já estava a resistir á tirania, ou que em conjunto com as colegas incitava á greve momentânea por uma colega se sentir exausta na sua gravidez ao trabalhar na linha de montagem de uma fábrica de cortiça pré 25 de Abril, sempre foi uma pessoa de valores, ética e verdade.
Para ela hoje todo o meu sentimento de agradecimento pelo absoluto desapego de um Amor maior que me permitiu voar sem limites e tentar agarrar o meu lugar do mundo.
Ela por vezes "esquece se" mas o que há de melhor em mim foi (é) doado pela sua luz forte que nas horas mais sombrias me permite continuar pois afinal no somatório dos meus medos e defeitos a catarse do renascimento vem da minha Mãe para mim.
Amo te sempre e para sempre minha querida Mãe!!!
Do teu
Paulinho