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domingo, setembro 04, 2011

Feira de Custóias

Sábado à tarde tirado para, entre amigos, vagabundear pela popular feira de Custóias e sentir o cheiro a fritos, ouvir os pregões de venda e "sentir" o vasto diverso da multidão que dá colorido e conteúdo a uma das feiras mais populares da zona norte.

Adoro ouvir a "ladainha" dos ciganos a venderem o seu "peixe", e gosto de regatear e travar conhecimento com pessoas que nunca vi na vida: Entrar no seu mundo, vivenciar suas histórias e tentar sobreviver na arte - tentativa -  de (re)baixamento de preços de artigos vários.

Rapidamente fujo para a banca dos relógios de contrafacção (ou roubados), detendo-me num Armani (quase) perfeito na sua simplicidade de formato e linhas modernas e herméticas. Travo conhecimento com a cigana de serviço: 50 e tal anos, rosto bronzeado pelo sol forte e cicatriz profunda na face esquerda.

Começámos a licitação nos 35 euros, acabando o acordo, em 25 longos minutos, por 10 euros. Sorrateiramente, aceitando a verba acordada, chama-me "belo mas esquisito"; sorrio e arrepio caminho para a densidade da feira. Esperam-me mais vozes, cheiros e cores para percorrer. Tal como na vida: Caminhos por galgar.

quarta-feira, agosto 31, 2011

"Chuta-Chuta"

Recordo a alcunha que o jogador Bruno César do Benfica possui ("Chuta-Chuta") e não posso deixar de sorrir. O talentoso médio brasileiro (autor dum super golo contra o nacional da madeira) granjeou o apelido designado pela "fome" de tentar inúmeras vezes o golo; sendo amiúde acusado de egoísmo e excesso de...tentativas.

Faço a analogia com a vida real: Chutamos muito e erramos ainda mais: Bolas à trave e ao lado são "pão nosso de cada dia"; no entanto o que seria do sal da vida senão a pimenta voraz da arte de acreditar que o destino se constrói pela teimosia de tentarmos sempre e sempre...mesmo que muitas vezes a bola saia ao lado ou beije suavemente a trave...

domingo, outubro 31, 2010

El Muerto(s)

Véspera do dia das bruxas comercial; há muito institucionalizado como fonte maior de receitas da(s) noite(s) um pouco por todo o mundo. Véspera da véspera do dia religioso da hipocrisia de relembrar os mortos por nós acomodados na nossa gaveta mental de vergonhas.

Para mim, dias de descontracção pura ao lembrar-me dos "meus" muertos: Da familia de afectos, dos amigos que desapareceram de doença súbita, de overdose esperada, de suicídio arquitectado; de acidentes e tombos que a puta-vida nos prega.

El Muertos: Viva a Vida...lembrar os "meus" mortos, para celebrar as razões que me fazem desejar a vida cada vez mais...cada vez mais...

terça-feira, setembro 28, 2010

Nas Asas (de um sonho)

Acordas. Sais da cama mais uma vez a lutar contra o relógio. Frases curtas na tua mente. Vestes a primeira roupa - escolhida na véspera-  que te aparece em frente do espelho mental. Bebes, já na imensidão das ruelas do dia a dia, um café acastanhado com os condimentos do positivo que escorre de ti.

Nada te desarma, nada te detém. Sentes no cheiro do amanhecer que estás naquela recta de vida em que nada (absolutamente) te pode correr (relativamente) mal. Mesmo nos tropeções notas a porta da janela da solução de uma saida (entrada) ainda com maior convicção moral e prática. Sentes-te (erradamente) invensível; no entanto em ti escorre aquela adrenalina pura que te faz correr motivado e sorrir por motivos aparentemente banais.

Existem alturas assim...em que nada mas nada pode correr mal...basta cheirar o que vem dentro de ti e romper no desafio de cada dia que te ameaça desafiador...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Nada...Tudo...

Diz a lenda que quando Balian entregou Jerusalém aos muçulmanos comandados por Saladino, perguntou a este o que a mitica cidade representava para ele. Fechando os punhos negros do deserto, Saladino respondeu convictamente: "Nada...Tudo".

A história é validada por lendas filosóficas, heróis improváveis e mitos ora de medo, ora de energia regeneradora. Tudo "isto" para ilustrar o cenário da vida de todos nós: Temos a puta da mania de não ter nunca "nada", quando muitos vezes o "tudo" está distância de um pensamento positivo, de uma força interior ou mesmo de um acto banal de carinho avassalador na simplicidade constitutiva dos momentos que marcam e (de)marcam.

Afinal somos todos tão somente humanos inacabados na multiplicidade das teias dos jogos de afectos que estabelecemos, nos sonhos adiados, nas batalhas conquistadas ou nas prisões de medos tão antigos como nós mesmos.

Respirar fundo, mergulhar na imensidão consciente de que somos um só inserido num todo, prova-nos factualmente que "a vida merece ser vivida, a morte merece ser esquecida". Frase final, plágio dos grandes lutadores de rua do rock tuga Xutos e Pontapés...

sexta-feira, junho 18, 2010

Merdas Fodidas

A vida nem sempre (nunca) constitui uma linha recta, onde as opções e estradas para galgar, se constituem de puzzles e perguntas constantemente reformuladas. Por vezes "levamos" não tão somente com o que nos afecta a nós no nosso "eu individual" mas também os estilhaços que ferem todos aqueles que em nós habitam. 

Nos últimos dias tenho tido aquela sensação fodida de impotência por sentir algumas dessas pessoas a sofrerem por perdas reais e potenciais que afectam a sua vida e seu universo. Nada me resta do que tão somente desejar  que tudo corra pelo melhor e fazer sentir de forma singela que a força que em nós habita muda consoante os nossos momentos de fortaleza e de impotência mas - instintivamente - reorganiza-se e segue em frente.

terça-feira, janeiro 13, 2009

Morte & Vida


O bebé de uma antiga patinadora artística britânica, nasceu ontem, dois dias depois de ela ter sido dada como morta, após uma hemorragia cerebral.No hospital John Radcliffe em Oxford, foi declarada morte cerebral a Jayne Soliman, de 41 anos, no entanto, os médicos conseguiram manter o seu coração a bater o tempo suficiente para Aya Jayne^nascer, através de cesariana.Na última quarta-feira, a antiga campeã britânica estava grávida há apenas 25 semanas quando sentiu fortes dores de cabeça e desmaiou. Foi então levada de helicóptero para o hospital onde foi dada como morta às oito da noite. Os médicos declararam que Jayne faleceu vítima de uma hemorragia cerebral, provocada por um tumor que atingiu um grande vaso sanguíneo.Foram-lhe dadas grandes quantidades de esteróides para ajudar os pulmões do bebé a desenvolverem-se em menos de 48 horas, e Aya acabaria por nascer ontem, com apenas 950 gramas. O pai acompanhou todo o processo“Ser mãe era o verdadeiro desejo de Jayne. Ela teria sido uma excelente mãe. No espaço de 48 horas experimentei a alegria do nascimento da minha filha e aguentei o tormento da perda da minha maravilhosa esposa”, disse o pai de Aya, Mahmoud Soliman, segundo a edição online da BBC.Apesar de este acontecimento ser extremamente raro, Aya não é a primeira bebé que nasce nestas circunstâncias. Em 1999, num hospital em Gijon, no norte de Espanha, nasceu um menino no último dia do ano, depois de a mãe ter sido dada como clinicamente morta desde meados de Novembro.
Cit in Publico