Continuo a seguir com particular interesse a revolução popular ocorrida (em decurso...) na flagelada Libia, eterno mosaico de tribos e correntes islâmicas diversas no conteúdo ora radical, ora moderado com "cheiro" ocidentalizado.
O "fogo árabe" que no último ano varreu o planeta, apanhou (quase) todos desprevenidos, resvalando para a arrogância colonialista que as grandes potências mundiais emanam no alto da sua pretensa superioridade moral e intelectual.
Como os movimentos dos sem terra brasileiros e mexicanos; como os movimentos independentistas africanos da década de 60; o mundo árabe do cidadão comum e revoltado contra o "estado das coisas" pegou fogo e ateou nas massas colectivas o desejo da liberdade e o quebrar das grilhetas da servidão.
Kadafi, Saddam Hussein, Mobarak (e mais tarde ou mais cedo Saddat) representam o velho mundo que ninguém quer: A repressão, ditadura sob a capa de fanatismo religioso. Mas Zapatero, Merkl, Obama ou Sarkozy, representam novos ventos e rumos? Ou apenas uma fina máscara disfarçada de democracia para ser diariamente servida nos media globais?!