Greve em terras lusitanas; sinónimo dos tempos difíceis em que ralhamos por pão na boca seca de tanta crise e dificuldade no dia a dia do planeta global.
Furei a greve pelo aliar de vários factores. Tenho uma entidade patronal justa, preciso de trabalhar e intui que "valores mais altos se levantam" do que o simples facto de protestar sem que esse protesto legitimo se traduza em melhorias práticas na vida colectiva aqui dos indígenas (onde me incluo) da pátria esburacada.
Cada vez mais, possuindo o meu ADN os genes de esquerda liberal/moderada, odeio a classe politica que, da esquerda à direita, não se resume- reduz - a mais do que tão somente a um bando de bazófias dialécticos que nos afundam o mais que podem.
Estamos no pais do Duarte (Lima), do Isaltino (Morais...sem moral...). Na segunda pátria de Jardim (Alberto), Vara (Armando) e companhia. Estamos afinal no pais em que os políticos são pálidos, baços, corruptos e bocejantes.
Furei a Greve não por patriotismo ou por estar contra a génese (sentimento) do protesto. Furei a greve por na prática sentir que na encruzilhada em que estamos; a melhor solução é lutar na prática do dia a dia (quem ainda tem essa hipótese).
Furei a greve porque as centrais sindicais não são mais do que bandos organizados que vivem da boa fé e desespero dos trabalhadores, sendo assim iguais aos que criticam.
Furei a greve porque não gosto do Cavaco Silva, do Passos Coelho, Louçã, Portas ou José Seguro, e não me deixo transformar em ovelha no rebanho manso.
A minha solidariedade para todos aqueles que dolorosamente sofrem pelo desemprego e fome, pela injustiça deste mundo cão e feito de egoísmos em que a economia dorme com a politica fornicando-nos a todos.