O Presidente eleito dos Estados Unidos, Brack Obama, confirmou ontem à noite (madrugada em Lisboa) a sua vontade de fechar o centro de detenção da Baía de Guantanamo (onde os EUA têm uma base militar, na ilha de Cuba), numa entrevista difundida pela cadeia de televisão CBS, onde conformou também a sua vontade de organizar a retirada progressiva das tropas americanas do Iraque.“Já disse várias vezes que queria fechar Guantanamo e mantenho”, disse na sua primeira entrevista televisiva desde que foi eleito, no dia 4 deste mês.O próximo Presidente dos EUA, que toma posse a 20 de Janeiro, prometeu várias vezes durante a sua campanha eleitoral fechar aquele centro de detenção, símbolo dos excessos da “guerra contra o terrorismo” conduzida pelo actual Presidente, George W. Bush, e criticada pela comunidade internacional.Aberto no início de 2002 naquela base naval dos EUA no Sudeste de Cuba, o centro de detenção de Guantanamo conta hoje 255 detidos, dos 800 que por lá passaram.Contra os princípios da Justiça dos EUA, os detidos podem estar lá por tempo ilimitado sem qualquer acusação judicial. Basta serem simplesmente declarados “combatentes inimigos” por um tribunal militar. Só desde Junho é que dispõem da possibilidade de recorrerem a um tribunal federal.Afeganistão vai ser a prioridade Quanto ao Iraque, Obama reafirmou que quando assumir funções chamará os responsáveis da segurança nacional para lançarem conjuntamente um plano de retirada das tropas. E especificou: “Particularmente à luz do que se passa no Afeganistão”, onde considera que a situação se degradou.Obama quer pôr fim à presença americana no Iraque, um conflito iniciado em Março de 2003 e que fez mais de 4000 mortos entre as suas fileiras militares, para libertar soldados e orçamento para a guerra no Afeganistão, que Obama elegeu como prioridade da sua política externa.Quando a situação melhorou visivelmente no terreno desde há um ano, Obama, que se pronunciou contra a invasão deste país em 2003, quer retirar o essencial das tropas americanas em 16 messes, até 2010, para manter apenas no terreno forças encarregues da luta antiterrorista.
Wait and see...esperança nas palavras, que se espera, confirmáveis nos actos...