quarta-feira, abril 27, 2011
terça-feira, abril 26, 2011
A Merda (do costume)
A legitimidade que a idade dita permite-nos pequenos devaneios libertadores, nos quais a língua se solta sem mordaça e com o fel ácido da critica directa sem máscaras nem artifícios.
Abençoado Abril (25 para os esquecidos...) que nos permite destilar português de taberna maldizendo políticos e seus derivados com adjectivos regados no calão popular.
Este país está a merda do costume...remamos sem saber para onde. Que caralho...pelo menos podemos vociferar em tons azedos. Ninguém leva a mal se no café da esquina exclamarmos "os filhos da puta dos corruptos"; ou o politíco "x" é um "ganda boi". Enfim...exemplos não católicos...
Exagero democrático dirão os púdicos da doce lingua mater tuga. Eu por mim exclamo apenas, que se não fosse o doce escorrer do calão puro e duro made in Portugal, há muito que todos nós tínhamos enlouquecido no lodo fétido que este pantanal - amostra de país - se tornou (e entornou...)...
terça-feira, abril 19, 2011
(Pré) Páscoa
Dizem que a Páscoa é a altura maior no que concerne ao conceito católico da contemplação e meditação profunda do "eu" individual.
Sendo um católico não convencional, tento me concentrar apenas em todos aqueles que estão no meu "jogo de vida"; com pensamentos de energia positiva (positivista). Recordo-me de todos aqueles que desapareceram de forma pacifica ou trágica, repentina ou esperada. Simplesmente me recordo...
Na véspera de curtas mini férias rumo ao meu Algarve de nascimento, alinho alguns trabalhos de última hora, sem no entanto me conseguir concentrar a 100%.
Talvez "cheiros de Páscoa"...Nostalgia pura e dura de todos aqueles que já partiram para a "outra margem"...Uma saudade imensa das minhas avós Irene e Polidória...
Nota(s) : A minha avó (de criação) Polidória foi uma grande senhora que me ensinou o valor absoluto do amor universal. Amou-me a mim como a um neto de sangue. A Irene (avó de sangue) no seu resumo de mulher imperfeita deu-me de forma vigorosa e absoluta seu amor e a fé inabalável com a qual tenho na minha vida movido algumas montanhas.
A elas (meus anjos da guarda...gosto de as imaginar assim) todo o meu OBRIGADO por me terem dado a base para sobreviver neste mundo cão de luta sem quartel.
terça-feira, abril 12, 2011
Crónicas da Minha Terra
Noticias de sentimentos diferentes vindas de Faro. Por um lado a morte de um amigo de sempre de meu pai após luta galopante de 1 mês contra a bête noire do cancro. Por outro, o mel sempre confortante do calor das amizades e laços familiares que nos permitem agarrar a violência do dia a dia desgastante com mais força e convicção.
Morreu o "Zé do Café", amigo de infância de meu pai. Como morreu o Zé Correia (Lisboeta radicado no Porto) do "Pata Negra" há alguns (poucos) meses. A vida é feita destas fragilidades que nos trazem de volta para a (i)realidade da vida, da linha ténue que nos separa da monótona imortalidade.
Mais valor dou aos momentos simples entre amigos, aos (re)encontros com a família; bem como à contagem decrescente para cruzar novamente o meu olhar com os olhos verde jade da Mulher açucarada e sedutora (com "M" grande de Malu e de Mulher...) por quem meu coração bate.
Saboreio um cigarro, descalço meus pés vestidos e saboreio o simples orgasmo existencial de estar vivo.
domingo, abril 10, 2011
Diário (de um assessor)
O domingo antecede nas últimas horas, o prelúdio do inicio de mais uma semana de "guerra" laboral com as inerências próprias de uma profissão (assessor) desgastante como tantas outras.
O cliché de que ser assessor (de comunicação) representa uma vida emocionante em que jantares e personalidades denominadas de Vips são prato comum do dia, está errado de forma firme e absoluta. As rotinas de processos comunicacionais base também se fazem sentir, bem como o esforço de trabalho primário (nuclear) inerente a qualquer profissão.
Se por um lado a excitação de delinear estratégias e operacionalizar as mesmas, revelam o gosto e "tusa" profissional do acto simples (mas complexo) de criar e ver o fruto do nosso trabalho no campo prático; também os padrões simples e mais "cinzentos" (repetitivos) fazem-se sentir e são necessários.
Ser assessor de comunicação é também ter a capacidade (humildade) de vivermos na terra e sonharmos com o céu do que a nossa capacidade de trabalho pode dar (frutos) no esforço colectivo.
Muitas vezes rio-me com o espanto de amigos, quando, desligando o telefone, digo que estive a falar com personalidade "x" ou "y". É que para mim os verdadeiros Vips são aqueles que me acompanham na caminhada de vida emocional no mel dos sentimentos.
Ser assessor afinal é tão somente operacionalizarmos na nossa profissão a coerência e humildade que empregamos na nossa vida mundana...
FMI
As crises em Portugal (tal como no mundo) são um pouco como o teatro: O mito da eterna crise retornada.
Posto esta "posta" inicial, relembro na minha memória a crise do inicio da década de 80, em que eu, um puto de meia dúzia de anos, tomei a consciência (inconsciente) da sigla maldita do FMI. Recordo a calma habitual de minha mãe e o stress decidido em efervescência pura, bem típica de meu pai.
Passados esses anos de crise, mais "vulcões" surgiram. As crises habituais do pais, as globais que nos afectaram (afectam) sempre; bem como as mutações do meu clã duro familiar, ele próprio (eu próprio) afectado pelas alterações económicas inerentes de mudanças de empregos e afins.
Esta crise (alerto para que este texto tem a maior percentagem de uso do termo "crise" por linha produzida...) não me mete o medo glaciar que paralisa muitos. Esta crise não me deixa passar noites sem sono ou me faz repensar "tudo e todos".
Esta crise preocupa-me e faz-me ter mecanismos de defesa iguais a milhões de portugueses conscientes; mas nunca me retirará a capacidade de sonhar com um futuro melhor e lutar por ele. Afinal para mim a palavra maldita "crise" é termo corriqueiro do dia a dia de quem percorre a vida, com todos os tropeções inerentes que o percurso dita.
sábado, abril 09, 2011
André "O Escocês"
Mourinho é um fenómeno universalista; quiçá o melhor "produto" tuga vendável no mundo global nos últimos 40/50 anos. O "escocês" do FC Porto, André Villas Boas, segue-lhe, numa perspectiva ainda local, as pisadas.
Recordo-me do Rui Reininho, em conversa que tivemos informalmente, se ter referido ao treinador dos azuis e brancos, como "o escocês". Não somente pela barba ruiva e fleuma british; mas pelo fighting spirit demonstrado no seu ainda curto percurso no mundo do futebol.
Vilas Boas mudou no último ano. Mudou para melhor, my opinion, com um discurso mais leve e pincelado por finas ironias e humor bem recortado. Mescla (quase) perfeita entre um adepto azul e branco desde a infância e um treinador cientifico; surge uma postura evolutiva que certamente o catapultará para mais altos voos.
Um clone de Mourinho? Um remake melhorado? Não creio...um treinador com identidade própria e futuro risonho? Acredito que sim...
Quanto às análises que o colocam (a médio prazo) ao nível do special one Mourinho? No...
sexta-feira, abril 08, 2011
Europa (a 3...)
Numa altura em que o país anda de tanga esburacada, eis que, no futebol, o doce mel da vitória nos faz carpir um pouco as mágoas acumuladas e os bolsos vazios do maldito euro voraz e da crise (puta) maldita.
Braga, Porto e Benfica deram passos significativos para que no comboio da liga europa possamos seguir em frente rumo às meias finais ansiadas.
FMI (ou "algo" do género mas com sigla diferente) a morder-nos a porta de nosso descontentamento, mas pelo menos no futebol, reis da europa e seguros senhores do nosso destino...
segunda-feira, abril 04, 2011
Porto Azul
Onda azul a varrer o Estádio da Luz, com "apagão" a três níveis:
1) Antes do jogo per si, cenas lamentáveis de pugilato entre as forças policiais e adeptos (maioritariamente) do SL Benfica.
2) Durante o jogo, brilho forte dos dragões comandados por Vilas Boas e escuridão imensa para os lados do 11 da luz pintada de vermelho.
3) Depois do jogo, acto indigno de um clube da dimensão dos red devils, o apagão deliberado e rega fora d'horas com que brindaram a nova equipa campeã nacional e seus fieis seguidores.
Numa perspectiva mais vasta, podemos aferir que enquanto Pinto da Costa e Luís Filipe Vieira por cá andarem "este" clima de terror e lei selvagem vai prevalecer. Neste desiderato especifico culpa inteira para os vestidos de vermelho, mas noutras ocasiões outras más atitudes também por parte dos dragões.
A culpa não morre solteira, e neste âmbito focado, encaixa-se na perfeição para os 2 maiores clubes portugueses na sua génese global. Convém realçar que a própria linguagem decadente utilizada pela comunicação institucional via web sites oficiais dos clubes, resvala na mentalidade de ódio puro emanado pelos seus dirigentes...
Putos & Putices
Conforme o mosaico político se vai escalonando para as próximas eleições legislativas cá do burgo, mais confuso fico com as putices dos putos da real politik da lusitânia pátria adormecida num mar de tormentos globais e também devidamente focalizados na (má) lógica corporativa das bestas (sem aspas...) políticas de Portugal.
BE e PCP marcam reunião no parlamento para discutir potencial entendimento. Ao mesmo tempo, BE "pisca o olho" ao PS; sendo que afinal o PCP atira "barro à parede" e diz-se aberto a um convergência global de esquerda.
À direita PSD finge querer governar sozinho e com a maioria absoluta que potencialmente não irá ter. CDS-PP seduz PSD mas sem se importar de "dormir" também com o PS.
Percebem os meus ávidos leitores agora o titulo do post "Putos e Putices"?!
sábado, abril 02, 2011
Nós Por Cá
Começo a escrever destilando na minha mente os últimos acontecimentos aqui da lusitânia tuga pátria. O governo cai naturalmente com a erosão dos tempos difíceis à mistura de uma doutrina "socrática" com laivos de autismo desconectado da realidade.
Revejo nos canais cibernéticos o triste discurso de Cavaco Silva que, convocando naturais eleições antecipadas, apela a um consenso alargado dos portugueses, pedindo despudoradamente uma maioria do "centrão" ao eleitorado: forma de campanha partidária em nada condizente com o seu status de chefe máximo da republica.
A cada dia que passa mais tugas na miséria e penúria dolorosa de quem quer pagar e não tem dinheiro, de quem quer comer e não tem para comer, de quem quer emprego e não o consegue obter.
Passos Coelho pisca o olho à ajuda externa, não explicando cá aos tugas mexilhões da arraia miúda - todos nós - porque carga de água chumba o PEC e afinal recorre aos mesmos canais de peditório de (falsa) salvação que o governo socialista.
Nós por cá, continuamos fornicadamente fodidos com rei deposto, barriga vazia e olhos presos na expectativa de mais triste fado no horizonte do nosso descontentamento.
terça-feira, março 29, 2011
Sporting vs Sportings
Ainda a propósito da problemática eleição do novo (por quanto tempo?!) presidente do Sporting Clube de Portugal:
1) O número elevado de candidatos (5) que prova que afinal o leão moribundo ainda é alvo apetecível (ou de projecção e ascensão para alguns, ou de sportinguismo puro para outros poucos/tantos...).
2) A insanidade (intranquilidade) gerada em Alvalade que resvala em incidentes de massas como os ocorridos na madrugada pós eleitoral.
3) O amadorismo organizacional no processo eleitoral que permitiu que a cultura do boato e ruído negativo ganhasse e desse azo a espectáculo triste de um clube emblemático.
4) A coragem de Bruno Carvalho ao serenar ânimos e a ter tomates d'aço ao ir de encontro à turbe fanatizada.
5) A falta de pulso do vencedor Godinho Lopes que a curto prazo se traduzirá da sua queda (anunciada) do trono do leão.
6) A (triste) constatação que o Sporting escorrega do pódio relativo ao terceiro maior clube português, mas permanece no primeiro lugar do triste fado rumo ao abismo.
Chuva(s) d'Março
A chuva escorre ao som de um vento fraco mas penetrante. De pés nus, descalço a garrafa de whisky servindo um copo lento do liquido amarelado como a palidez das folhas numa tarde de Outono.
Penso nas lutas do dia a dia, da dificuldade do presente global no qual somos todos vitimas colectivas lutando por um lugar ao sol enquanto a força da alma nos permite alento e paz de raciocínio. Por vezes penso no egoísmo que me percorre: Milhares de mortos no Japão, na Líbia o deserto vermelho de sangue e a eterna fome sem cor na África negra, e eu aqui a reclamar de um dia mau ou aziago.
Timidamente, envergonho-me de por vezes maldizer as runas da sorte. Essencialmente, tenho as armas e enquadramento cultural e pessoal (emocional) para evoluir, lutar e progredir. Na Líbia ou em África uma criança morre ao som de uma bala ou no sussurro da ordem de um ditador.
Sem esperanças no futuro esses "filhos da areia" são também corporizados na problemática América Latina ou em guetos de pobreza extrema em países Europeus.
Mundo injusto...Sorte incerta...Moral da história: Bebo mais um "cheirinho" de whisky, penso no cheiro das lutas que se avizinham e, como sempre, não renego as batalhas que me parecem justas travar...
domingo, março 27, 2011
As (des)aventuras do Leão...
vitória de...godinho lopes
"mais uma vitória como esta, e estou perdido”
(pirro, rei de épiro, 318-272 ac)
penso, sinceramente, que neste momento o recém eleito presidente do 'sporting' godinho lopes terá a bailar na sua cabeça a famosa frase, em epígrafe, de pirro, rei de épiro, que passou à história por uma famosa vitória militar sobre os romanos a qual acabou, na reallidade, por lhe dizimar o exército e as ambições.
os resultados eleitorais de ontem ditaram a sua vitória embora por uma margem (muito) mínima de votos. é um facto.
mas os resultados eleitorais de ontem também disseram outra coisa: que em número de sócios, não de votos!, bruno de carvalho deu uma forte 'rabada' ao candidato da continuidade.
e é debaixo desta realidade que o 'sporting' vai viver nos próximos tempos: uma minoria silenciosa, de maior idade, sentada na bancada 'vip' e nas suas cercanias; uma enorme maioria ruidosa, de milhares de jovens, que a cercará completamente, em número e em gritaria, nos topos e nos anéis laterais das bancadas que cercam a 'coutada' do bem instalado 'establishment' leonino.
se, como comecei por dizer, godinho lopes hoje recorda pirro, pirro, se fosse vivo, passados 24 séculos sobre a 'batalha de ásculo' travada nas romanas terras da 'apúlia', diria seguramente: hoje acabei de ter uma vitória à godinho lopes.
Com a devida vénia do blog/page de António Boronha
sábado, março 26, 2011
Mudança(s)
O governo socrático caiu (demitiu-se), sem mudanças de fundo à vista curta no país à beira mar desarmado.
Maio/Junho marcado por nova ronda eleitoral onde Passos Coelho, Sócrates, Portas e companhia tentarão ganhar as rédeas do poder. Cada um com jogo definido e objectivos e agendas próprias que destoam do (falso) interesse nacional apregoado.
Hoje dia de eleições para os lados de Avalade, onde os apaniguados do Sporting Clube de Portugal escolherão entre os 5 candidatos possíveis. Com a mesma lógica de agendas e objectivos próprios, avizinham-se para os lados da toca dos "lagartos" a mesma onda de dificuldades esburacadas que a lusitânia atravessa no contexto (conturbado) global.
Mudanças, escolhas e opções. Como tudo na vida, o caminho faz-se caminhando em frente. No entanto parece-me que a única mudança segura nos próximos tempos em Portugal vai ocorrer hoje de madrugada quando a hora mudar às 01h00...
quarta-feira, março 23, 2011
Cai...Não Cai...
Hoje é o dia no qual o "Governo Pode Cair" (made in Jornal Público). Se cair...qual a diferença?!...se não cair o que (não) muda?!...Dilema desta lusitânia pátria esburacada, onde o rei da razão há muito que vai nu e sem roupagens de racionalidade ( na classe politica) em que o interesse nacional colectivo não suplanta o egoísmo cego da sede de poder, que percorre as veias de Sócrates, Louçã, Portas e Passos Coelho.
Para mim o "cai...não cai" representa o sabor de um bocejo em que nada mudará para a comum vida fornicante de (quase) todos nós mexilhões envolvidos no lodo da crise profunda.
domingo, março 20, 2011
Disco-Inferno
Semana em que a Líbia continua a ferro e fogo com a intervenção ocidental a marcar pontos (será mesmo?!) no terreno;pelo menos no que concerne ao fraco consolo de colocar os lobos de Kadafi (escreve-se Gaddafi mas...) no covil e reduzir baixas civis.
No Japão a body count continua após sismo destruidor, e o risco do nuclear e seus perigos bem presente nas directrizes do bem organizado governo made in Japan.
Por cá Sócrates fala e não encanta. Passos Coelho desencanta ao tentar seduzir e Portas fala às massas como se já fosse governo e governante.
Uma semana de "disco-inferno" em versão negativista no enquadramento deste globo a "ferro e fogo" onde deus e o diabo parecem ir às matines dançar ritmos de céu e de inferno: Ora danças tu, Ora danço eu...
Comunicação
Numa altura de crise fornicante, todas as áreas de actividade atravessam o global das vacas magras ditadas pela falta do (outrora) messiânico Euro.
Trabalhando directamente há 12 anos na área da comunicação (e na suas consequentes divisões em sub áreas múltiplas) acho interessante o fenómeno que a crise-necessidade dita:
Por um lado a necessidade (ainda mais forte) de qualquer estrutura empresarial investir fortemente na divulgação do que faz e mostrar aos "seus" públicos esse desiderato. Por outro uma lógica de "saldos" em que as empresas procuram envolver os profissionais liberais quando sub contratam serviços (vitais) pontuais, para suprir, muitas vezes, a inexistência de um gabinete de comunicação nas estruturas.
Vivenciando 2 realidades distintas enquanto profissional (assessor em full time e free lancer em avenças e projectos vários); constato que a área (dos profissionais da comunicação) per si se encontra em boom decrescente não somente enquadrada no global da crise, mas na sua essência existencialista de conceitos e formatos.
Soluções milagrosas não existem,mas o caminho poderia começar a ser galgado na lógica de uma federação nacional forte e sólida que abarcasse os profissionais da comunicação. Somente um pensamento...
quinta-feira, março 17, 2011
Inferno (Líbio)
De repente (de rompante) a terra treme no Japão. O mar derrama-se na terra e milhares de pessoas morrem. O mundo solidário destila solidariedade forte e comovente. Lead inicial de texto que parece transportar para um mundo (quase) perfeito onde a emoção fala alto e o apelo global resulta no humanismo colectivista.
Apenas um (grande) senão: Ou muito me engano, ou a catástrofe made in Japan deu um jeito do caraças à comunidade internacional para se afastar da carnificina e barbárie que ocorre no deserto Líbio...
Ao fim ao cabo mais vale uma onda de solidariedade perfumada nos mares do Japão, do que "meter a mão" nos corpos juncados nos desertos (e cidades...) da Líbia. Há sangue de 1ª e sangue de 2ª...que me desculpem os Japoneses...
"Tríplete"
Faço minhas as palavras do expert (em "futebolês") e conterrâneo António Boronha:
triplamente notável
três equipas portuguesas, em oito, nos 'quartos-de-final' da liga 'europa' é um inédito!
se o 'fc do porto' e 's l e benfica' atingiram este desiderato sem grande surpresa do mesmo não estaríamos tão seguros no que respeitava às dificuldades que uma vantagem mínima conseguida no primeiro jogo antecipavam para o 'sc de braga' diante do poderoso 'liverpool'.
triplamente notável o feito conseguido.
aguardo o sorteio de amanhã com imensa curiosidade.
domingo, março 13, 2011
Sabor(es)
Ontem jantar "em familia" com amigos do jogo d'afectos profundo. Bifanas picantes, com cerveja, vinho e whisky, destilados (os líquidos) na solidez das conversas que gravitam ao sabor dos temas livres de quem não tem grilhetas no pensamento profundo.
Sabor de um cigarro lento, do mel do mar azul numa tarde cinzenta, interligado com a areia sensual desfiada em mil grãos de suavidade. Na vida a palavra "sabor" ocupa o centro do que é vital e importante: O Amor.
O amor do sabor de quem amamos (do Porto a Setúbal, de Goiás a Faro...). O sabor dos sentimentos que dançam na nossa cabeça. O prazer dos pés descalços no chão da vida e de seu caminho.
Um beijo, uma tesão existencial, um valente prato de lentilhas aromático com o sabor dos sabores saboreados...
Instintivo o Sabor...com a escrita: Livre e ao (na) corrente dos sentidos...
Geração do Desenrasca
Após a impressionante manifestação "facebookiana" que, segundo números recolhidos, juntou 300 mil pessoas por todo o pais, constato a surpresa hipócrita da classe politica relativamente ao grito de revolta de todos nós.
Que este pais há muito já ultrapassou os limites da (in)decência ética e prática é um facto indiscutível. Que esta classe politica podre, corrupta e obtusa tem obrigatoriamente que ser substituída por uma nova fornada, é mais um facto indesmentível.
Gente de todos os credos, cores e idades manifestaram-se "à sua maneira" de forma ordeira, cívica e acima de juegos partidários, provando que afinal o "rei vai nu" e é vital reconstruir um conceito de modus operandi de pais e de vivências práticas.
Em suma: Necessário mudar "esta merda toda"...perdoem-me o Português de taberna...
terça-feira, fevereiro 22, 2011
Libia
Sendo um cidadão do mundo democrático, tive sempre um arrepio estranho despertado pelo regime comandado pelo tirano Muamar Kadafi. Os recentes acontecimentos que culminaram na derrocada na ditadura Egipcia, despoletaram um terramoto interessante no médio oriente onde o factor da imprevisibilidade dita leis secas e duras.
Ao ver o mosaico Libio a se degladiar, o povo a gritar liberdade nas ruas ou os diferentes lideres tribais a se dividirem em blocos antagónicos; só me apetece pensar alto e afirmar na força do pensamento profundo que no meio de uma crise fornicadamente global, o único grito que parece ser incontornável é o desejo (em variadas formas e nem todas "boas"...) da massa colectiva gemer orgasmicamente o gozo do mel da liberdade (ainda) não alcançada.
terça-feira, fevereiro 15, 2011
As Purgas (do tempo)
Ainda há poucos dias, ao falar telefonicamente com uma amiga, "discutíamos" as purgas que o tempo nos faz passar, o sangue que verte das feridas d'alma e a capacidade de auto regeneração que nos permite (aos inteligentes minimamente) seguir em frente de peito aberto às balas da vida.
Viver é uma arte tendencialmente refinada com a idade. A capacidade de nos afastarmos de jogos não recomendáveis, tricas e intrigas e a humildade para acreditarmos no brilho de nós mesmos, fazem milagres no que concerne ao escalar as montanhas rudes de objectivos suaves mas determinados.
Aos 36 anos, sou um jovem veterano inebriado com a arte dos prazeres simples: Um jantar simples com amigos complexos e especiais, taças de vinho a verter à velocidade da conversa e pensamento. A fluidez de tocar no corpo da mulher que eu amo. Enfim...a arte de purgar, voltar a acreditar e investir no futuro...
sábado, fevereiro 12, 2011
Falando "Futebolês"
Deixo-vos alguns excertos de uma excelente entrevista dada ao Mais Futebol, pelo excelente médio "volante" Xavi. Não somente pelo conteúdo per si, mas pela estética redonda (tal como o esférico) para o qual o texto remete. Afinal, tudo uma questão de falar "futebolês"...
«Sou um romântico. Gosto que o talento, a habilidade técnica, sejam valorizados sobre a condição física», admite. E recorda o duelo da época passada com o Inter de José Mourinho: «O resultado é um impostor. Podemos fazer as coisas muito bem - no ano passado fomos melhores que o Inter -, mas não ganhar. Há algo maior que o resultado, mais duradouro. Um legado. O Inter ganhou a Liga dos Campeões, mas ninguém fala deles.»
«Algumas academias de formação preocupam-se em ganhar, nós preocupamo-nos com a educação. Vemos um miúdo que levanta a cabeça, passa à primeira e pensamos: 'Sim, vai dar'. O nosso modelo foi imposto pelo Cruijff. É um modelo do Ajax. Anda tudo à volta de meiinhos. Rondo, rondo, rondo. Sempre, todos os dias. É o melhor exercício que há. Aprendemos a ser responsáveis e a não perder a bola. Se perdermos a bola vamos para o meio. Pum-pum-pum-pum, sempre um toque. Se vamos para o meio é humilhante, os outros riem-se de nós.»
«Sou um romântico. Gosto que o talento, a habilidade técnica, sejam valorizados sobre a condição física», admite. E recorda o duelo da época passada com o Inter de José Mourinho: «O resultado é um impostor. Podemos fazer as coisas muito bem - no ano passado fomos melhores que o Inter -, mas não ganhar. Há algo maior que o resultado, mais duradouro. Um legado. O Inter ganhou a Liga dos Campeões, mas ninguém fala deles.»
Pecado Digital
O advento constante das novas tecnologias, leva-nos, amiúde, por caminhos que julgávamos impossíveis de trilhar há bem pouco tempo. Quando em 93 o deputado José Magalhães falava numa rede de informação global que iria revolucionar o nosso modus operandi recorrente do dia a dia, foi apelidado por muitos de adjectivos hiperbólicos e paternalistas apelidando-o de "sonhador lunático".
Passados 18 anos a "net" constitui o "pão tecnológico" de todos os dias, na conceptualização lúdica, no encaixe profissional prático e, pasme-se, na ramificação constante de relacionamentos de vários tons gradativos.
Nos últimos dias tem sido interessante ver o "braço de ferro" do marketing da Apple e do Vaticano, relativamente ao aplicativo lançado pela marca corporativa (a Apple, não o Vaticano...), em que a confissão do pecador devoto pode ser efectuado por intermédio de um aplicativo on IPhone.
Interessante ver até que ponto a "nega" oficial do Vaticano a esta iniciativa se mantém, ou se altera para um acordo de princípios no qual o impacto tecnológico se associa de forma dinâmica à mãe igreja: Afinal forma potencial de combater a inércia e perda constante que o catolicismo convencional tem sentido nos últimos 20 anos.
Nós (por cá)
Já há algum tempo tinha escrito um post com este titulo simplista e facilmente reconhecível, até pela sublimação relativa a sub formato televisivo cá do burgo.
Hoje volto a utilizar o citado, para escorrer linhas derramadas sobre a pátria mal parada onde a solidão marca pontos e as trancas desconfiadas das portas de todos nós se cerram, não somente no sentido literal da terminologia do léxico, mas nas barreiras mentais que todos nós colocamos na desconfiança prática dos tempos de crise que vivenciamos.
Leio em choque envergonhado a descoberta (macabra) do corpo de uma idosa falecida há 9(!) anos e que em seu apartamento, encontrou a última morada sem que alguém se preocupasse com o seu desaparecimento. Irrealismo destes tempos modernos, desleixo desta autoridade recorrente que castra e pune mas não vela ou protege a vida (ou morte) de seus cidadãos.
Choca-me forte, mas (infelizmente) não me causa laivos de muito espanto...
sexta-feira, fevereiro 11, 2011
E...o Faraó Caiu...
"A mensagem durou pouco mais de 20 segundos e pôs fim a 30 anos de poder de Hosni Mubarak, o faraó do Egipto. Ao fim de 18 dias de protestos, o regime cedeu, depois de na véspera Mubarak ter dado o seu último estertor."
Mais Aqui
quarta-feira, fevereiro 09, 2011
O Mosaico (no Egipto)
Nunca compreendi bem a "cena" das revoluções heróicas sem tiros e sangue: Onde tudo parece, como por magia, se transformar na versão Guevarista de "Alice no País das Maravilhas".
Recordo-me das histórias que preencheram a minha infância; onde meu avô e meu pai falavam com entusiasmo do Abril do nosso contentamento. Afinal, data onde tudo mudou à base da pólvora seca e com meia dúzia de vidas ceifadas por atiradores cobardes da tenebrosa e visceral policia do estado: A PIDE-DGS.
Choca-me que no Egipto a revolução que começou mansa e pacifica se tenha transformado numa escalada de violência com (já) centenas de mortos registados no obituário colectivo dos mortos sem rosto. Enerva-me a inércia passiva de um ocidente europeizado, onde o comodismo vence de forma vergonhosa sobre a acção que deveria prevalecer.
Mas o que me fode mais; é mesmo ter do "meu" lado a fundamentação prática que as revoluções com heróis impolutos e sem rostos de morte anunciada, somente existem nas fábulas que meu avô e meu pai me generosamente me contavam.
Passione
Tudo na vida fermenta na base da paixão e "tusa existencial" para nos envolvermos e arriscarmos no trabalho, na diáspora do dia a dia; ou no jogo d'afectos que nos constitui na valoração pessoal de amizades e amores.
Após o 1º aniversário da Associação Sonho d'afectos, a sensação de um crescimento ritmado e consistente a partir do qual se moldam os alicerces do futuro fundamentado. No seio do "profissionalmente falando", surge a companhia daqueles que amamos e que nos apoiam incondicionalmente no melhor e no pior.
Preservamos a (in)sanidade nos dias competitivos e violentos que correm que nem rios selvagens; ao conseguirmos ter a humildade que tanto somos aprendizes como doutos professores. Apenas a minha opinião...
segunda-feira, janeiro 31, 2011
Tentar (e ser feliz)
As pessoas perdem metade da vida a tentar perceber o que é o el dorado da felicidade suprema; seus caminhos filosóficos e teoréticos. Na luta do dia a dia, apercebemo-nos que uma batalha profissional ganha, um sorriso de afectos de um amigo ou o calor da mulher que amamos, pode fazer milagres.
Acho que já percebi a "cena" do ser feliz: Lutar até à exaustão, fazer instintivamente o que nos parece correcto sem magoar o próximo, sermos honestos com o nosso "eu" interior e, essencialmente, sabermos crescer e evoluir.
2010 acabou em alta para mim, pessoal e profissionalmente, transmitindo-me importantes lições para o futuro que está já ao virar da esquina da vida colectiva e universal (universo de partilhas redundante).
Escrevo estas linhas soltas à deriva na minha objectividade: Dedico-as ao universo que me dá as forças e me faz beber a água da seiva-mel do acreditar no mundo e no direito de ser(mos) feliz(es).
Para ti Malu...por acreditares...por acreditarmos...por lutarmos...
sábado, janeiro 22, 2011
Sexo (dos anjos)
Amanhã dia de eleições presidenciais cá na portugália resvalada no mar triste da crise ondulada. Hoje o típico dia em que a (aparente) reflexão obrigatória por lei decretada, nos impede de falar publicamente nas nossas tendências de voto.
Não posso soltar o grito e dizer que votarei em Alegre (Manuel) porque não consigo passar Cavaco a Silva pela sua arrogância, qual estadista que não é; imbuído no discurso oco e circular que marca os banais da politica (pobre) cá do burgo.
Escolho Alegre não pela sua qualidade e integridade; mas por ser o "menos mau" e representar um voto anti-Cavaco. Escolho de entre o saco de remendos possíveis.
Sim ...qualquer um menos Cavaco. Podia ser o falecido louco da minha terra "Julinho" (tragicamente atropelado por um camião do lixo ...). Podia ser o descansado do Passarinho (mais um doido do meu Faro de nascimento); ou mesmo qualquer Cicciolina tuga de um filme hard porn de Sá Leão.
"Tudo" menos Cavaco Silva. É dia de reflexão...então reflicto na pura (i)reflexão pública não autorizada por lei. Que lei?! Não a minha lei certamente...
quarta-feira, janeiro 19, 2011
Nós (por cá)
Qual formiga colectiva, seguimos diariamente rumo às nossas rotinas rotineiras, rotinadas na calibragem obrigatória do dia a dia.
Assumimos papeis formais nas estruturas organizacionais que nos pagam a lógica da corrente financeira necessária aos custos inerentes das nossas necessidades (não) proporcionais - amiúde - aos tempos de ginástica económica obrigatória.
Por vezes esquecemo-nos que uma das reais motivações para o suplantar de barreiras - pessoais e profissionais - na banalidade corriqueira da rotina é a força de acreditarmos com paixão no que fazemos.
Ao fim ao cabo (re)descobrir a "idade dos porquês" constantemente e nunca esquecermos "quem somos" e "porque caminhamos"...
domingo, janeiro 16, 2011
Leão (sem juba)
A crise agudizante para os lados dos viscondes de Alvalade, desaguou ontem à noite (após derrota contra o Paços Ferreira) na demissão (já esperada e suspirada...) do presidente leonino Bettencourt.
Após mais uma época mal planificada, com contratações mal ajustadas (basta o exemplo de Pongolle...), uma sucessão de directores desportivos (Pedro Barbosa, Sá Pinto, Costinha, Couceiro...); eis que o leão corre com garras de veludo, nem chama e sem a juba gloriosa de outros tempos.
Nas antípodas, o Paços de Ferreira provou em campo o que já (com)prova extra-relvados, com uma politica de contenção bem estruturada, comprando bem e barato. Vendendo activos em momento planificados e por valor justo, dando condições de justo e realista pagamento a quem trabalha na estrutura dos "castores".
Exemplos contraditórios, crus e demonstradores dos caminhos que se devem e não (devem) seguir...
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