domingo, abril 10, 2011

Diário (de um assessor)

O domingo antecede nas últimas horas, o prelúdio do inicio de mais uma semana de "guerra" laboral com as inerências próprias de uma profissão (assessor) desgastante como tantas outras.

O cliché de que ser assessor (de comunicação) representa uma vida emocionante em que jantares e personalidades denominadas de Vips são prato comum do dia, está errado de forma firme e absoluta. As rotinas de processos comunicacionais base também se fazem sentir, bem como o esforço de trabalho primário (nuclear) inerente a qualquer profissão.

Se por um lado a excitação de delinear estratégias e operacionalizar as mesmas, revelam o gosto e "tusa" profissional do acto simples (mas complexo) de criar e ver o fruto do nosso trabalho no campo prático; também os padrões simples e mais "cinzentos" (repetitivos) fazem-se sentir e são necessários.

Ser assessor de comunicação é também ter a capacidade (humildade) de vivermos na terra e sonharmos com o céu do que a nossa capacidade de trabalho pode dar (frutos) no esforço colectivo.

Muitas vezes rio-me com o espanto de amigos, quando, desligando o telefone, digo que estive a falar com personalidade "x" ou "y". É que para mim os verdadeiros Vips são aqueles que me acompanham na caminhada de vida emocional no mel dos sentimentos.

Ser assessor afinal é tão somente operacionalizarmos na nossa profissão a coerência e humildade que empregamos na nossa vida mundana...

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