sábado, junho 09, 2007

EU GERAÇÃO DE 74 TE ACUSO (injustamente)


Hoje o mundo gira de outra forma menos lirista. Envolvido num (a)braço ditado pelas leis da globalização fria e do mercantilismo selvagem. A religião de culto é o materialismo fundamentalista, criado pelos talibans católicos e ateus. A marca do teu telemóvel é importante no teu conceito de vida. Cresceste ao som da música fria feita por computadores impessoais e frios. Vestes os jeans da moda e a mini- saia do momento. Não te envolves, não te comprometes, não arriscas tudo e no entanto fazes tudo para ganhar o emprego certo e socialmente aceitável. Acto de submissão continuo, renegas os teus amigos diferentes. Amigos? Tens amigos ou icones da moda e da estética perfeita? será que tens mesmo amigos? Esfolaste os joelhos a jogar futebol? Andaste á estalada com o teu melhor amigo(a) por algo banal mas profundo? Certamente que não. Isso seria crime lesa estética perfeita. Misturar o sangue e os odores, acto que é penalizado com o desterro existencial na lógica na qual cresceste. Mas pergunto-te no alto dos teus sub- 21 anos; tens amigos? O teu silêncio tórrido diz me instintivamente que não. Já há muito na tua imaturidade matura, aceitaste as regras do jogo e sabes que tens que jogar sempre para ganhar. Combater pela certa e pela frieza que os tempos ditam. Assumidamente a minha geração é a do desenrasca. Somos os malditos que acreditavam e continuam a sonhar. Golpeados pelos tempos modernos de forma mortal. No entanto ainda não interiorizamos que tu é que estás certo na tua lógica de vivência neste mundo insuspeitamente de pedra fria sem calor vulcânico, sem odores de pecado positivo. Sim. Acuso-te injustamente pelo meu desajuste aos novos tempo que correm onde o vinho novo me sabe na boca a vinagre puro e a puro veneno amargo e fétido. Talvez nunca comprendas as minhas palavras mas gosto da tua geração, gosto da tua forma de estar cool e desinibida. Mas sabes só não comprendo porque não utilizas a inteligência que possuis para procurar o teu caminho individual - pessoal e intransmissível, teu BI genético - unido naquela realização colectiva doce que a amizade transmite. Desculpa. Paro por agora; um velho amigo liga-me e para os meus irmãos de sangue e fortuna desafortunada há sempre uma gota universal do meu tempo diluido. Para ti? Um abraço de irmãos desavindos - mas sempre irmãos - separados pela trama universal do momento presente que corre parado.

1 comentário:

Anónimo disse...

bem o menino continua k aquele toke k toca fundo c a sua escrita bjs tania couto real