domingo, setembro 12, 2010

Fizemo-nos Homens...

Final de semana dividido entre jantares e copos escorridos em conversas variadas e sem "ordem de trabalhos" definida. Na sexta tudo foi destilado pela zona da Arca de Água com jantar de final de curso bem regado nas asas do verde vinho de baco e conversa até horas proibitivas em bancos de jardim gastos mas parecendo ganhar nova vida pelo fluir das palavras num grupo de 10.

Sábado marcado por um funeral madrugador, e uma tarde passada em Leça na companhia de 2 pessoas que me deram muito no meu trajecto enquanto homem e ser humano. Depois de (tentar) apoiar e minimizar uma perda já esperada mas sempre traumática; jantar na baixa para o aniversário do "Ice", e reunir afectos e cumplicidades com cerca de 30 vozes que não ouvia há algum tempo.

Viragem para a rua do Breyner e esplanada sugestiva com palmeira gigante e empregados fora de tempo e má memória no anotar de pedidos. Velhas histórias de velhas guerras e velhas lutas na ribeira do Porto,  nos anos da irreverência (pessoal e profissional) que nos deram a escola e sensibilidade para hoje sermos talvez menos dramáticos nas dificuldades e sabermos ultrapassar as pedras de caminho.

Sempre bom revêr o Marocas, Alda, Cláudia, Miguel Meskita, Nelson Araújo (o aniversariante); Pedro  e outros tantos que me acompanharam - acompanham - na vida e suas histórias. Nós vivemos o que mais ninguém viveu, lutámos, ganhámos e perdemos: Tornámo-nos Homens. Ponto.

quinta-feira, setembro 09, 2010

Nada...Tudo...

Diz a lenda que quando Balian entregou Jerusalém aos muçulmanos comandados por Saladino, perguntou a este o que a mitica cidade representava para ele. Fechando os punhos negros do deserto, Saladino respondeu convictamente: "Nada...Tudo".

A história é validada por lendas filosóficas, heróis improváveis e mitos ora de medo, ora de energia regeneradora. Tudo "isto" para ilustrar o cenário da vida de todos nós: Temos a puta da mania de não ter nunca "nada", quando muitos vezes o "tudo" está distância de um pensamento positivo, de uma força interior ou mesmo de um acto banal de carinho avassalador na simplicidade constitutiva dos momentos que marcam e (de)marcam.

Afinal somos todos tão somente humanos inacabados na multiplicidade das teias dos jogos de afectos que estabelecemos, nos sonhos adiados, nas batalhas conquistadas ou nas prisões de medos tão antigos como nós mesmos.

Respirar fundo, mergulhar na imensidão consciente de que somos um só inserido num todo, prova-nos factualmente que "a vida merece ser vivida, a morte merece ser esquecida". Frase final, plágio dos grandes lutadores de rua do rock tuga Xutos e Pontapés...

quarta-feira, setembro 08, 2010

Apostoleanu (e as apóstolas...)

Rapidinha

A semana tem vertido rápida. Ritmos alucinantes com resultados positivos e em crescendo. As frases saem sentidas mas curtas, fruto (talvez) de um corpo resequido e neurónios fritos na brandura forte do fogo do dia a dia profissional.

Alinho os pontos mais relevantes para a manhã do amanhã; viro na esquina do pensamento e corporizo no papel gasto e sujo de manchas de café seco, as linhas pelas quais me procurarei guiar. Como em todos os planos "perfeitos" o tiro sairá pela culatra, e o improviso competitivo ditará as suas leis.

À Tangente...


As autoridades iranianas suspenderam a execução por apedrejamento da mulher condenada por adultério, após várias reacções e manifestações a nível mundial.
"O veredicto sobre os casos extraconjugais parou e está a ser reanalisado", declarou o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros, Ramin Mehmanparast, à televisão estatal iraniana Press TV.

A declaração surge um dia depois do presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, ter considerado a sentença de Sakineh Mohammadi Ashtiani um acto bárbaro, e após uma onda de críticas a nível mundial.  

Sakineh Mohammadi Ashtiani foi condenada por adultério em 2006 e foi também acusada de envolvimento no assassinato do marido, o que lhe poderá valer uma pena de prisão de 15 anos, segundo um advogado citado pela Agência Reuters. 

segunda-feira, setembro 06, 2010

Lágrimas d'Chuva



Primeiros ameaços de chuva a sério pela Invicta. Nostalgia no ar pesado e  nas nuvens passageiras que dançam no céu de final de tarde numa esplanada na baixa. Alguma nostalgia se apega aos despegamentos da memória sensitiva.


Viajo ao som do silêncio único que percorre a minha mente. Recalibro o rumo e por momentos  esqueço-me,  ausento-me. Parto-me em dois para voltar a ser um ser por inteiro num final de tarde em que o verão parece querer partir com o colorido garrido e positivo, dando o triunfo ao cinzento do preto general inverno.

No Chile 33 mineiros - heróis - lutam pela vida abaixo do limite do sonho: No limiar da profundidade do pesadelo cavernoso. Acho - penso - que na Somália deve ter morrido um milhar de crianças colectivas, no meio da fome sem sabor e dos exércitos das fileiras feudais de um qualquer senhor da guerra.

Em Portugal - gravito - milhares choram de barriga cheia; milhões de caneca vazia e estomâgo aziago. Na minha esplanada de final de dia, isolo-me no meu mundo paralelo, sem perder a noção do (i)real da estrada da vida. Penso, sonho, fujo e arrepio caminhos positivos das (nas) memórias de todos nós.

Acordo...pego na minha positividade habitual e, entre as dores de parto, rasgo o horizonte avistando o amanhã como âncora de partida para mais uma batalha a travar. Ganhando ou perdendo, a "tusa" está no combate árduo...

sábado, setembro 04, 2010

Finger(tips)

4-4 (ou "não gozem com a malta")

Escrevo estas linhas na tessaca do day after do vergonhoso empate de Portugal com a modesta selecção do Chipre. Má exibição, divórcio do público relativamente à equipa das quinas e um ambiente insustentável no seio da estrutura federativa, são alguns dos pontos a meditar e analisar profundamente.

Com Madail e Queiroz "não vamos lá". Com uma má estrutura de futebol de formação e com as equipas do campeonato tuga a irem buscar estrangeiros por atacado; também não me parece que o futuro tenha algo de belo e cintilante.

Trocando por miúdos:

1) Novo presidente da FPF (fala-se em Vitor Baia ou Fernando Seara...mais uma estupidificante guerra "Norte vs Sul"...).

2) Novo seleccionador nacional (Queiroz chegou ao fim da linha...).

3) Reformatação dos modelos competitivos e de gestão técnica dos escalões de formação nacionais.

4) Debate profundo entre os agentes desportivos do futebol em Portugal.

Mas "isto" é apenas um simples adepto de bancada a falar...

quarta-feira, setembro 01, 2010

Poema Colectivo

um beijo
no centro
do coração
e que a voz
se erga
pulando a cerca da noite
em balidos de veludo
despertando sobre a areia
no aroma da aurora

um beijo
um beijo ao lado do coração
para depois o agarrar
na noite perdida e achada
sem nunca a voz derrubar

da boca nasce então um grito
nas mãos
cravos vermelhos
no coração
amor novo
nascido na madrugada
que aqui não chegou

Poema Completo Aqui

A Frase

"Sou treinador, não o Harry Potter."

José Mourinho 

O Mundo de Obama

Fui um daqueles cidadãos anónimos que, como um pouco por todo o mundo, exultei de forma energética com a eleição de Obama para o assento maior do poder global da politica internacional. Com a consequente eleição do afro americano nos States, o fogo crescente da esperança pareceu contagiar o mundo de luz e positividade reforçada no desespero de uma crise aguda e sem precedentes.

É este "mundo de Obama" mais justo? Mais equilibrado? Com menos tensões geo politicas? A resposta surge com um Não contudente. O terrorismo continua em alta espiral de matança. A economia tarda a estabilizar. Milhões de seres humanos continuam a viver no limiar da pobreza (com menos de 1 euro per capita por dia).

Todos nós precisamos de mitos, de super heróis, de referências holisticas que nos façam (continuar) sonhar e nas horas dos maiores medos e receios, nos instiguem a seguir na frente de combate pura e dura. Para mim Obama continua a representar uma voz de esperança e de ruptura com um passado recente; no entanto cabe-nos a todos nós separar os mitos da realidade do terreno do dia a dia. Sem parar nunca de sonhar.

Land(e)scape

Justiça Poética

Os acontecimentos laborais que tem rodeado o último mês temporal da minha vida (anterior às minhas férias) fazem-me pensar nos principios e lógicas de vida que, no eu individual, todos nós possuimos. De certa forma falo da denominada "estaleca", termo de calão popular utilizado - praticado - um pouco por todos nós.

Tento pautar a minha vida laboral (e pessoal) por principios de não agressão e, essencialmente, preocupar-me mais com o que posso render e fazer profissionalmente do que destilar fel de invejas a terceiros; por vezes figuras invejosas e com maldade pérfida dentro de si; neste competitivo mundo cão laboral. 

Recordo as palavras da minha mãe ao me dizer - no meio de processos de dificuldades várias - que tudo a seu tempo é recolocado na escala das verdades e mais valias que por vezes alguns tendem a nos querer roubar e consequentemente prejudicar

Tudo "isto" a propósito de um período laboral fértil em encaixes positivos e reconhecimentos de algumas das competências que julgo, sem falsas modéstias, possuir.

Verifico também com alguma pena a queda de alguns pseudo impérios de papel e das personagens constituintes. Constato tal desiderato com pena e lástima. Tento aprender todos os dias um pouquinho mais, de forma serena, espontânea e natural. Sem atropelar ninguém, que não sou dado a acidentes rodoviários...

Post Scriptum: A partir de amanhã poderão visualizar, a nível de divulgação, alguns destes novos desafios na área da comunicação, bem como algumas nuances e  caminhos na componente de formação profissional e ensino. 

Como sempre...stay tuned...

segunda-feira, agosto 30, 2010

Bad Media/Good Media

Ao preparar o trabalho de final de curso, a ser apresentado amanhã/hoje, no Instituto de Artes e Ciências, revejo continuamente o tema escolhido: "Marketing e Marketings - O papel das redes sociais".

Actualmente com o fluir de plataformas difusoras vastas, todos nós temos direito aos apregoados 15 minutos de fama de que Andy Warhol falava há não muitos anos atrás. Não somos somente o produto dos media globais que nos rodeiam e nos fornecem informação "fria"; mas possuimos as armas para sermos nós mesmos produtores de informação activa e opinião reactiva de intervenção rápida e vasta, difundida à escala universal.

A noticia factual e "parada", deu lugar aos parâmetros da reacção, da criação e veia interventiva. Nem sempre bem, nem sempre estruturada da melhor forma do conteúdo, mas, mesmo assim, uma via incontornável. Um caminho imparável com "prós" e "contras". Afinal, somos tão e somente humanos imperfeitos, mesmo ao clique de uma opinião ou noticia produzida e factualizada (ou não...).

domingo, agosto 29, 2010

Miras & Mirones

Crónicas de Verão (V)

Acabo estas crónicas - fragmentos - de verão já com a nostalgia que dita o novo rumar a norte para mais uns meses de labuta forte. Curioso o destilar de telefonemas de amigos: A Sul já o cheiro das despedidas camufladas e sempre disfarçadas com um até já forte e sentido. A Norte o positivismo do mel da amizade de quem deseja o meu retorno  para jantares e encontros de "coisa nenhuma", onde a conversa surge sempre fluida e sem rumo definido.

Penso, que, apesar de todas as dificuldades deste ano, sou um homem  com sorte. Às vezes não damos conta dos neutrões positivos que constituem a nossa vida. Dos jogos de afectos, das afinidades e caminhos cruzados com pessoas que nos querem e desejam bem.

Por vezes isolamo-nos na esfera dos nossos receios, na capa das nossas defesas; no elixir que (aparentemente) nos protege e nos parece revigorar. Temos de assumir de uma vez por todas que a capa dos nossos medos é o inimigo principal da amálgama que pode constituir a nossa felicidade futura. 

Crónicas de Verão (IV)

A noite Algarvia continua com o pulsar próprio que marcou a  minha cadência de muitos anos. Os grupos juntam-se agora nas esplanadas junto ao centro histórico, ao contrário de tempos já mortos, arrebatando em crescente a lua e rumando para pontos vários em todo o Algarve.

Agora  o tempo - para mim - é constituído tendencialmente pelos reencontros de verão com "manadas" de amigos. A ansiedade de outros tempos, é marcada agora pelo relax de um convivio sem as pressões teen dos sitios da moda e dos pontos de encontro inerentes à ansiedade que a idade ditava.

Nas ruas dos bares, sinto a falta do Morbidus, do Chaplin ou da discoteca Olimpus. Na Rua de Santo António, a emblemática Bijou é substituida por uma qualquer loja fashion e sem muito conteúdo. A história de cada um de nós é efectivada - validada - também pela temporização que dita modas e alterações "ambientais".

Crónicas de Verão (III)

As férias são para mim a altura devida para fazer as pazes com os deuses da literatura universal. Devoro nos areais algarvios autores vários, seguindo a moleza lenta que as férias ditam e ordenam. 

A média de um livro de 150 páginas por dia, parece-me o ritmo escorreito e fluido que me realiza e suaviza os neurónios - queimados - após mais um ano de lutas. Intervalo as metáforas literárias com um mergulho no mar Algarvio e braçadas vigorosas. Relaxo, flutuando no mar limpído e nú. 

sexta-feira, agosto 27, 2010

Crónicas de Verão (II)

Dia de partilha de Afectos em familia. Após manhã na praia (antecedida de noite entre amigos), sardinhada em familia. Copos destilados ao sabor do tinto alentejano, peixe tostado no sabor apetitoso ditado pela temperatura mediterânica, que faz o pescado Algarvio ter o flavour adequado e (quase) imbatível. 

Meu pai, meu tio e eu (pausa entre homens): Vagueamos nas memórias de quem já não está, recordamos com nostalgia tranquila os tempos que já passaram. As baterias em aberto no futuro. A preocupação (não) revelada do estado de saúde de meu tio e a doença maldita que o aflige. Mais um digestivo e o positivismo a imperar após momentos de pensamento solto em que o cinzento ganhou vulto. 

Crónicas de Verão (I)

Quase um orgasmo tântrico ao sentir pela 1ª vez em 3 anos, o sabor sensitivo do areal algarvio. Mescla liquida, unida com o mar do calmo atlântico, em que a Ria Formosa funciona como catalizador de união entre o equilibrio de um ecosistema rico, vasto mas mal tratado pela mão humana.

O habitual homem das bolas de berlim gordurosas e sebentas; com pregões gastos mas bem humorados. As habituais miúdas adolescentes a exibirem as formas do corpo firme trabalhado especialmente para a vaidade narcisista - própria da idade - de um conto de verão.

Perto, algumas figuras de meia idade sem noção de estética corporal, crepitam ao sol com um hedonismo fútil e (des)ajustado. Um breve olhar para o meu umbigo envolvido inestéticamente num "pneu" próprio dos excessos de férias, traz-me de volta à realidade.

Somos como somos, pensamos como pensamos, agimos como agimos. Afinal, frutos dos tempos e das atitudes que tomamos e com as quais somos confrontados. Sem dramas...

Note Book

Voltagem a subir, após férias que "sabem" sempre  a pouco mas que me encheram as medidas no sentido obrigatório das coisas simples e aparentemente banais que me realizam: Idas madrugadoras à praia, passeios à beira mar, caipirinhas saborosas, cinema com pipocas e simples convivio com amigos de longa data e familia.

Conforme prometido a  mim próprio, desliguei-me (mediante o possível) do mundo exterior a este pequeno universo mencionado. Telemóveis em (quase) silêncio, idas esporáticas ao universo web e mesmo o destilar de linhas bloguisticas, confinadas a notas soltas (manuais) em bloco livre de pensamentos demasiadamente elaborados.

Partilho agora 5 crónicas de verão. Rápidas e telegráficas, com as palavras leves que plagiei de mim mesmo e das emoções (pulsões) que me acompanharam por breves momentos em férias. Espero que gostem...

Nu(a) e Cru(a)

quarta-feira, agosto 25, 2010

De Volta

Após 17 dias ao sol plantado, regresso à Invicta ainda sob o signo de um tempo seco e quente. Os primeiros acordes laborais já a soarem: Organização de agenda, aparas finais no curso de formação pedagógica inicial para formadores no I.A.C

Hoje sem tempo para muito mais do que uma "Olá" a todos vós, e a promessa de que a partir de agora, artigos, videos e afins vão começar a fluir ao ritmo habitual. A vida segue com boa energia rumo a novos e aliciantes desafios que espero agarrar com a raça que possuo na minha amálgama imperfeita de ser humano que tenta melhorar um pouco ao ritmo dos dias que passam rápidos...demasiadamente rápidos...

sexta-feira, agosto 06, 2010

Off Line

A todos aqueles que por aqui passam; uma nota de afecto e de obrigado sincero. Até dia 23 estarei  off line em gozo de férias relaxantes e merecidas; e como tal sem a fluidez de artigos, imagens e videos na cadência habitual. 

Continuem a visitar este espaço, deixem os vossos comentários. Aproveitem para viajar nos arquivos de 3 anos de artigos e mais de 3 mil posts publicados. E por favor...façam o favor de (pelo menos tentar) ser felizes...

Beijos e Abraços 

Paulo Correia

quinta-feira, agosto 05, 2010

Felina

Almost

Dois dias de intervalo rápido e decrescente, antecedendo a a partida no sábado de amanhã para o Algarve, local (eternamente) eleito de férias ideais. Alguns pormenores de última hora de natureza laboral visando já alguns aliciantes projectos para final de Agosto; marcam a práxis da minha actualidade.

Os telefonemas do costume "da malta", bem como o nervoso miudinho da minha mãe, insistindo em confirmar, até ao tutano do coração de amor, a hora prevista de partida e potencial chegada. Como em tudo na vida, o eterno jogo das viagens entre 2 pontos de referência.

quarta-feira, agosto 04, 2010

(nova) Onda Vermelha

Com a supertaça já no imediato futebolistico, arrisco-me a vaticinar que se avizinha mais um ano de euforia (pré) encarnada ditada pelas proezas messiânicas de Jesus (Jorge). Porto à procura de uma nova (renovada) identidade e com um treinador em fase de afirmação; bem como um Sporting à procura de fugir do abismo existencial e profundo no qual resvalou no último ano.

Com a tendência normal de quem se inclina para o vermelho, arrisco-me a enbarcar já na Joy Ride do carrossel de entusiasmo fanático, com que os apaniguados do deus vivo Jesus-Encarnado já rebolam e sonham na auto estrada competitiva da nova época do soccer indígena.

Matilde & Alice

A vida é mesmo uma besta danada. "Até ai" acho que concordamos todos, as curvas e contra curvas; as estradas sinuosas, às quais se seguem momentos em que podemos apreciar a paisagem metafórica (ou não) e avistar um pôr do sol magnifico ou a imensidão vasta de um mar azul.

Tudo "isto" para vos falar da Matilde e da Alice. Duas meninas corajosas e lindas com necessidades especiais ditadas pelas viscitudes da vida. Mais uma vez, os meus destinos se unem com os frutos do acaso das runas da sorte e "arrastam-me" para uma assessoria global na qual a O.N.G Sonho d'Afectos representa um ponto de encontro de ajuda às crianças mais carenciadas em variados níveis.

Depois do contacto de um mar maravilhoso de crianças aquando da assessoria do I Festival Eco Kids; em que parcerias com a Acreditar e com o IPO (Porto) me levaram a enfrentar a dura realidade de uma doença maldita na esfera infantil; mais uma vez o destino falou e dá me o privilégio de amadurecer a trabalhar.

Com 3 dias regressivos para as almejadas férias, hoje é dia puxado em Gaia na Sonho d'Afectos, seguido de 3 horas de aulas e consequente teste no I.A.C. Com  stress  e adrenalina forte...eu gosto assim...

terça-feira, agosto 03, 2010

Sport Billy...

Anti Chumbos?!

Causa-me o mais profundo dos incómodos, o facto de estar cada vez mais próxima a época temporal na qual as "criançinhas" cá do burgo tuga, pasme-se, não terão metodologias e provas de avaliação de conhecimentos na escola global.

Mais uma onda de facilitismo que irá desaguar num modelo de ensino relaxado, parado e com consequências nefastas a curto-médio prazo. Teremos uma geração de analfabetos funcionais, em que o mérito e a excelência andarão ao mesmo nível da mediocridade geral institucionalizada.

Concordo que o paradigma de ensino para as novas gerações, é diferente do modelo ao qual fui "obrigado" a aderir enquanto estudante do primário até ao ensino superior. Concordo também que o desenvolvimento tecnológico ao serviço do ensino pode encurtar barreiras e facilitar de forma positiva métodos de aprendizagem.

No entanto, já não concordo que deixem de existir "balizas" de avaliação (independentemente da forma das mesmas); dando azo apenas a uma bandalheira sem limites, a um espirito dogmático na qual os "pré" teens e teens de hoje não saibam adquirir o gosto pelo ultrapassar de desafios e não possuam (desenvolvam) o espirito aberto para os desafios destes tempos fucked de vacas magras.

Até Já

Noite de jantar não planeado, e decidido no instinto do selo que une as amizades da vida rápida mas intensa. Vinho da Ângela, rissóis e salgados vários da Fátima (com a ajuda do Mário); e uma salada mista "à minha maneira" com alface verdejante e viva, soja saudável e cogumelos bem apetecíveis.

A conversa derramou-se do frasco contido, e deu azo às despedidas do "até já habitual" com que brindo a minha tribo antes da partida para 20 dias de férias em pleno reino algarvio. Lá, no Algarve, reencontro a minha clã familiar de base bem como a "outra" tribo de amizades de anos e anos de venturas e desaventuras.

Confesso...estou naquela fase em que o corpo (ainda) obedece mas a "moina mental" começa a pedir um descanso, para reciclagem de pilhas de paciência/resistência. Encaro esta pausa - sempre - como o regresso a mim mesmo, no qual recordo vezes sem conta "quem eu sou", "de onde vim" e as razões pelas quais luto e acredito sempre numa vida melhor, mesmo no meio das máscaras e não pessoas que, muitas vezes, temos que enfrentar no nosso dia a dia...

domingo, agosto 01, 2010

No Horizonte

Cresce a ansiedade conforme o dia 8 de Agosto se aproxima do horizonte, devidamente marcado como o primeiro dia de vacaciones de verão. Regresso ao meu Algarve de sempre, aos cheiros e cores que sempre me acompanham na memória de sentimentos, complementada pelo grafismo subliminar de imagens e cenários que "mexem" comigo.

Já penso no mar claro e na areia branca que me irá dar aquela sensação de paz e tranquilidade, que me aplaca e permite recarregar baterias de forma suave e com boas vibes ao redor. A banalidade tranquila de caipirinha, intervalada por cerveja gelada com o riso de amigos e as piadas de sempre, mescladas pelas nossas novas aventuras assimiladas na roda viva da vida sempre em mutação.

Até lá, ultimo as últimas cartas do naipe  laboral, (re)organizando alguns projectos (já) em desenvolvimento e toda a sua dinâmica comunicacional. Preparo também mais uma semana de aulas no Instituto de Artes e Ciências, antevendo a "supresa" já revelada aos colegas e formadores, de que cumprirei a promessa de, nas aulas de "chat" em b-learning, estar comodamente instalado no areal Algarvio...


sexta-feira, julho 30, 2010

Folhas Caidas

Derramo estas linhas com um nervosismo não habitual em mim, calejado em milhares de linhas, em milhões de palavras várias. Os presentimentos (sonhos) estranhos dos últimos dias ganharam corpo infelizmente visivel com laivos de dor alheia, mas que atinge pessoas próximas do meu coração de afectos.

A morte nunca escolhe caminho recto e direito, não escolhe altura própria nem devida. Simplesmente surge com a lentidão irritante de uma folha a cair numa tarde outonal de verão quente. Corrói e salta para o asfalto seco, estilhaçando todos em volta.

Hoje irá se falar na teia mediática da luta inglória mas corajosa de António Feio, que sucumbiu aos 55 anos a um cancro no pâncreas após um ano e meio de combate. Mas hoje também uma menina-mulher vai enterrar seu pai, no anonimato dessa teia do mediático. Uma menina-mulher vai chorar para dentro ou para fora, vai ser amparada pelos muitos que a amam.

Uma menina-mulher vai simplesmente se abraçar à sua mãe guerreira de carne e à sua outra mãe de espirito e amizade sólida que sobrevive a todos os rochedos que a vida derrama na tempestade que não escolhe idades. Faço uma pausa, acendo um chá no corpo quente e fervo no meu ser. Espero um pouco para secar as lágrimas que não derramei hoje à tarde, em troca simples de palavras sempre poucas nestas alturas em que o drama quase nos paralisa.

É uma dor alheia mas que dói, por doer a alguns por quem o meu coração sente. Não conheci o pai da menina-mulher pessoalmente. Apenas um homem, um pai que amava a filha. Neste momento é mesmo o importante da trama do drama: Um pai que amava a filha, uma filha que amava o pai.

O dia desperta lá fora na seiva da vida que se liga à morte. O eterno jogo de ciclos que quebram, começam, recomeçam. Em qualquer sitio do mundo um bebé nasce ou um homem morre. Com a fragilidade  das folhas caidas...

Este texto será certamente lido por muita gente, mas dedico-o essencialmente a Ti e à Tua Mãe...

quinta-feira, julho 29, 2010

Botão d'Rosa

(+)Vergonha

Como já seria de supôr, ficou novamente adiada a leitura do acórdâo final relativamente ao (tristemente) famoso processo Casa Pia. 

Entre enrabanços sucessivos de adiamentos processuais, entre fornicadelas e truques dos advogados de defesa (cerca de 1300 contestações apresentadas...); entre encavadelas de coito (não) interrompido, entre a ligeireza do costume num processo que se arrasta que nem uma puta moribunda no (de)leite de uma cama de ossadas encobertas nos lençóis de cetim dos poderes podres e velhos.

Bem...forma irónica em português de taberna, de vos transmitir a minha indignação sobre o...estado "desta merda toda"...

quarta-feira, julho 28, 2010

Fada(s) dos Dentes

A onda de calor continua em crescendo, despoletando uma dor de dentes forte e intensa, fruto de um dente de siso mal amanhado e com descuido óbvio do detentor que derrama estas linhas. Insónia forçada e teimosamente longa, leva-me a pegar no portátil, emigrar momentaneamente para a varanda, disfarçando na escrita a dor incomodativa.

Lembro-me das histórias de fábula que povoaram a minha versão infantil, onde os contos populares da minha mãe e avós, se misturavam com as "tangas" normais de histórias (re)inventadas pelo clã familiar central mencionado, visando dar ordem e disciplina mental a uma criança irrequitea e ávida de curiosidade do mundo.

Imaginava uma qualquer fada dos dentes, voando raso, recebendo os meus dentes de leite caidos em troca de desejos vários. Com cabelo brilhante e olhos claros, reluzia em associações mentais de criança, fazendo-me voar para cenários desconhecidos e novas aventuras.

Os anos passam e as dores e desafios perfumados por vezes de barreiras densas, são de outro tom. No entanto a capacidade de sonhar e ver nas dificuldades o ponto de partida para novas vitórias continuam a me alimentar a alma - nua - daquelas defesas que nos transformam em animais conformados em que o negro do negativismo impera.

Por vezes não é fácil combatermo-nos a nós próprios e (re)inventarmos os caminhos a galgar. Nessas alturas penso em todos aqueles que amo e respeito, os que estão perto e os que (aparentemente) estão longe e distantes. Afinal, herdei essa capacidade das minhas Fadas dos Dentes...

domingo, julho 25, 2010

Onda de Calor...

Canção do Engate

Dia de calor aproveitado para uma caipirinha à beira mar, seguida de areia nos pés e leitura, molengona e saborosa, destilada até ao final da tarde solarenga. Verão quente com os primeiros incêndios (deliberados ou não...) a surgirem nos media à beira mar plantados, onde o mundo parece parar e a minha mente encontra paz interior.

O meu olhar desvia-se (nada) subtilmente do livro de ocasião (fugaz)para se fixar de forma compenetrada num casal de idosos também colocados no areal tórrido e quente. Ela, com cabelo ainda grisalho e com uns olhos azuis magnéticos; incrustados simetricamente numa tez morena e com traços da beleza de outrora. Ele, com ar malandro e descarado, bigode branco e farto; sinais de vida bem vivida e com maneirismos de uma viuvez de longa data, já aceite na tranquilidade das pedras que povoam o caminho da vida.

Não contenho o riso (in)discreto pela troca de palavras amenas no ocaso das idades; em que o "macho" faz  a corte à "femea". Ela timidamente recua satisfeita pela insistência determinada do "bigodes". Ele solta um riso sedutor e recomeça a "canção do engate". Bom chegar ao limiar do sol e da lua e ainda pensar na arte complexa da conquista. Arrumo a tolha e o livro, e discretamente deixo os love birds sozinhos no areal denso e  já quase deserto.

sexta-feira, julho 23, 2010

Verão Azul

Confesso-vos, que eu - algarvio convicto - tenho a maior das dificuldades mentais de aceitar o verão desajustado que povoa nesta altura a minha Invicta de adopção. Entre ondas de calor galopante, ventos frios e noites em que é necessário puxar o lençol para tapar as partes "pudibundas"; lembro-me com ansiedade da contagem decrescente rumo às minhas vacaciones no meu Algarve de acolhimento umbilical.

Na retina, surgem as imagens que se multiplicam: A velha enrugada do costume a vender no areal branco bolas de berlim gordurosas e açucaradas, o café fumegante bebido em qualquer esplanada perto da praia; ou a imagem sensual/cómica dos corpos femininos reluzentes ao sol, mostrando ora as curvas sensuais, ora a celulite maldita acumulada durante mais um ano.

Já me imagino a pegar na toalha, esticar-me ao sol como camarão a fritar com margarina derretida na crosta e a ler qualquer livro de ocasião. O vento suave do final de tarde a indicar-me caminho para  um mergulho tranquilo; antes de (mais) uma noite com amigos destilada e umas cervejas geladas em qualquer ponto de encontro à beira mar.

Brasil? Palma de Maiorca? Côte D'Azur? Ok...respeito...mas Algarve for me...

quarta-feira, julho 21, 2010

Tacão Alto...

Fascismo

Tenho sempre presente na memória subliminar as histórias várias que meu pai, homem de convicções de esquerda como eu, me contava acerca da tirania de Salazar e seus capangas musculados com forma animal na temida PIDE/DGS.

Pequeno parágrafo introdutório para criticar de forma racinal mas quente, as alterações que o PSD de Passos Coelho quer formatar na constituição tuga. De facto, suprimir o ensino gratuito consagrado na constituição aos comuns cidadãos, apagar a consagraçao de serviço free de saúde aos tugas, bem como "mexer" nas lógicas democráticas de associações ( e associação de...) de cidadãos (grupos de defesa de direitos comuns, corporativas e afins) não é mais que um ataque descarado ao conceito de democracia (boa e má) que os ventos de Abril de 74 nos trouxeram.

Para mim, passe a dureza crua das palavras, este ataque encapotado num qualquer conceito de pós modernidade legislativa, somente tem um nome: Fascismo!!!

terça-feira, julho 20, 2010

O Buraco (da BP)

Os recentes happenings no Golfo do México revelam os perigos ecológicos que estão sempre latentes nesta sociedade tendencialmente consumista e devoradora voraz do devir tecnológico sempre em mutação. Os lobbies (fenómeno consagrado por lei nos States por exemplo) dão azo a que estes desastres nefastastos acontecam ciclicamente.

A BP, como todos as grandes lógicas estruturais corporated, passa por cima das regras com o aval de governos (neste caso o Americano) e comete atrocidades como a agora ocorrida e sem solução (aparente) à vista. Lá, como Cá, tapa-se o sol com uma peneira e com remendos para "inglês ver". Lá como Cá...engana-se com o aval dos poderes institucionalizados. Lá, como Cá...o mundo gira no sentido da rotação dos poderosos...

Flower-Summer

De Madrugada

Rasgo os pensamentos no meio de um chá morno e de um cigarro que teima em acender. Cansado, arrasto-me até à varanda após uma noite fodidamente laboral que ditou tempo extra, acrescentado ao dia normal de trabalho. Contemplo a lua, descalço os meus pré-conceitos, sabendo que não irei conseguir estruturar um texto lógico e fluido.

Calmamente, aceito as regras do jogo e vagueio nómada em frases quebradas e sem nexo conclusivo do "como" um texto deve ser derramado: Com fluidez, principio, meio e fim. A idéia de, a esta hora tardia, colocar uma moral no texto ao meu jeito e modo arrepia-me, quase tanto como o cansaço que sinto.

Formato o ar estranhamente denso parecendo anunciar algo (ainda) não tangível. Arrasto os ossos até ao leito de descanso para dormitar algumas (poucas) horas e acordar com a auto motivação que molda os desafios por (re)conquistar. A vida é mesmo esta puta tramada e aliciante: O aço a moldar-se ao sabor da espada diária...ou será ao contrário?!

segunda-feira, julho 19, 2010

México

Quando me recordo do México vem-me sempre à memória uma noite de copos em Vigo há uns anos atrás na companhia de amigos e com o "embarcar" (não emborcar...) de passageiros conforme a noite se destilava em cenários vários.

Conheci ai uma simpática Mexicana, jornalista de uma TV Espanhola, que me falou do seu país com a alma saudosista do fado tuga mas com a raiz em tons mais coloridos e positivos. Recordo-me das rodadas de tequilha, com "coronitas" à mistura, e da conversa que fluiu até de madrugada clara e envolvente.

Hoje ao visionar pela "enésima" vez a violência que varre todo o pais, lembrei-me dessa noche buena e de que afinal o terror dos cartéis de droga mexicanos e seus lords são filme não ficcional e sem final à vista. Triste mas real e factual.

domingo, julho 18, 2010

Toca-se...

E Se...?

No plano da vitória anunciada, Cavaco Silva perfilha-se como o triunfador sem brilho das próximas presidenciais na tugolândia. Mas e se... Cavaco optar pela não recandidatura a Belém e deixar caminho aberto para uma nova vaga(s) de direita, bem como para os barões da esquerda e independentes (?!) soaristas se degladiarem por um lugar ao sol do ceptro de presidente?

O FC Porto, do tenrinho Vilas Boas, acaba de ganhar ao Ajax por 1-0. Encomendam-se já as faixas da glória perdida para os lados do Dragão; comentando-se juras de vingança desportiva (extra túneis de preferência) como resposta às recentes vitórias das águias (outroras depenadas) do messiânico Jesus. Mas e se...Vilas Boas não chegar  ao Natal e abrir a ferida hedonista a Pinto da Costa de que "nem tudo o que Mourinho toca é ouro"?

O PSD de Passos Coelho arrepia caminho e ultrapassa Sócrates e seu PS nas sondagens encomendadas, dando corporização cientifica à crise Sócratica do "orgulhosamente só" (cavaco dixit há alguns anos aprés...). O mesmo Coelho (Passos) afasta o cenário de um bloco central solidário para fazer face à crise. Portas (Paulo) espreita qual caçador furtivo à espera de melhor timing de assalto ao poder partilhado. Mas...e se Sócrates bater com a porta e encerrar o seu ciclo antes do tempo previsto?

E Se...?




Escritas (no sofá)

Derramo um moscatel sublime deitado no sofá aberto de palavras soltas. Estendido, adquiro a posição certa para o clique mental, que permite o disparo de pólvora molhada; mola impulsionadora para mais palavras e ideias sem rumo definido.

O acto de escrita, para mim, representa um processo criativo de rebeldia. Forma de corporizar num contexto fisico o que penso do mundo, das pessoas e das vivências inerentes. Não gosto de compartimentos estanque nem das denominadas regras formais da escrita cinzenta e pré-formatada de estética e conteúdo.

Vomito palavras e sua pontuação com a a cadência que a minha mente ordena e assume os desejos de, através do verbo, partilhar a minha posição no mundo. Faço uma pausa para acender um cigarro, enroscando-me no sofá como um bebé no colo materno. 

Afinal solto apenas a criança sincera que existe em todos nós...sem barreiras nem dogmas...verto nas teclas e observo fugazmente o copo meio vazio, meio cheio. Lá fora o sol brilha e o mundo gira...tal como a vida...