Confesso-vos, que eu - algarvio convicto - tenho a maior das dificuldades mentais de aceitar o verão desajustado que povoa nesta altura a minha Invicta de adopção. Entre ondas de calor galopante, ventos frios e noites em que é necessário puxar o lençol para tapar as partes "pudibundas"; lembro-me com ansiedade da contagem decrescente rumo às minhas vacaciones no meu Algarve de acolhimento umbilical.
Na retina, surgem as imagens que se multiplicam: A velha enrugada do costume a vender no areal branco bolas de berlim gordurosas e açucaradas, o café fumegante bebido em qualquer esplanada perto da praia; ou a imagem sensual/cómica dos corpos femininos reluzentes ao sol, mostrando ora as curvas sensuais, ora a celulite maldita acumulada durante mais um ano.
Já me imagino a pegar na toalha, esticar-me ao sol como camarão a fritar com margarina derretida na crosta e a ler qualquer livro de ocasião. O vento suave do final de tarde a indicar-me caminho para um mergulho tranquilo; antes de (mais) uma noite com amigos destilada e umas cervejas geladas em qualquer ponto de encontro à beira mar.
Brasil? Palma de Maiorca? Côte D'Azur? Ok...respeito...mas Algarve for me...
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