sexta-feira, agosto 27, 2010

Crónicas de Verão (I)

Quase um orgasmo tântrico ao sentir pela 1ª vez em 3 anos, o sabor sensitivo do areal algarvio. Mescla liquida, unida com o mar do calmo atlântico, em que a Ria Formosa funciona como catalizador de união entre o equilibrio de um ecosistema rico, vasto mas mal tratado pela mão humana.

O habitual homem das bolas de berlim gordurosas e sebentas; com pregões gastos mas bem humorados. As habituais miúdas adolescentes a exibirem as formas do corpo firme trabalhado especialmente para a vaidade narcisista - própria da idade - de um conto de verão.

Perto, algumas figuras de meia idade sem noção de estética corporal, crepitam ao sol com um hedonismo fútil e (des)ajustado. Um breve olhar para o meu umbigo envolvido inestéticamente num "pneu" próprio dos excessos de férias, traz-me de volta à realidade.

Somos como somos, pensamos como pensamos, agimos como agimos. Afinal, frutos dos tempos e das atitudes que tomamos e com as quais somos confrontados. Sem dramas...

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