Continuo com a minha firme opinião que ,tendencialmente, o futuro da democracia a nível global, apontará pela falência técnica dos fenómenos ideológicos (leia-se partidos) convencionais; sendo que os movimentos participativos de cidadania em redor de figuras concensuais/aglutinadoras (de esquerda ou direita ou...) conhecerão um avanço imparável. Lirismos próprios de jornalista opinativo, dirão muitos...mas no entanto a recente polémica lançada na abertura do XVIII congresso do PCP, reafirma um pouco a textura das minhas palavras e convicções pessoais. A teima enfadonha do PCP em não se abrir ao mundo real, é agora condimentada pela verdade dogmática de que só existe vida na esquerda em redor do PC. Nada mais falso de afirmar. A esquerda tuga é um mosaico no qual os comunistas Portugueses não tem direito de patente nem de exclusividade, sendo que os ataques ferozes lançados a Alegristas e Bloquistas, soam a táctica da terra queimada. Não me identifico com a esquerda dogmática do PC, nem com a Pop Art Politik do Bloco; nem com o esquerdismo centrista e musculado do PS. No entanto reduzir a latitude e longitude de uma área de influência politica (boa ou má) a uma esfera única, parece-me um hino anti-democracia bem pior que as afirmações medíocres de Ferreira Leite.
Afinal os antípodas politicos sempre se tocam...
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