Confesso-vos que foi um dia assaz aziago. Triste como o tempo, cinzento como as nuvens que povoam o céu do Porto no entardecer pálido de hoje. A morte do Farense Mané, bem como alguns acontecimentos menos bons dos últimos dias, levam-me a encarar este dia como uma pausa no meu optimismo normal do jour a jour. A proximidade da bête noir do Natal, agudiza o sentimento de balanços sempre em perda negativista, bem como aguça os sentidos para pensamentos excessivamente nostálgicos. Nos caminhos da blogosfera encontrei o blogue de um amigo de adolescência que reside na Polónia (abraço "soviético"). Tudo isso acentuou o sentimento que faz doer a alma naqueles (poucos) dias em que penso que o mundo acordou para me foder implacavelmente e me colocar com os joelhos quebrados, destilando lágrimas de sangue vermelho que parecem não querer parar de verter na imensidão de pensamentos.
Hoje sinto no corpo o peso da derrota da alma. Amanhã é outra batalha, talvez mais positiva e com a raça que me tem caracterizado na pauta (as vezes puta) da vida.
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