sexta-feira, abril 25, 2008

Fragância(s) de Abril


O dia 25 desperta-me sempre uma nostalgia de algo quer não vivi directamente. Sou filho do amor de Abril (meus pais casaram 2 dias depois da revolução) e das esperança do desabrochar dos sonhos colectivos. Sou filho dos tempos loucos que a voz rouca da liberdade soltou grito estridente (nem sempre em correctos timbres) e o poder caiu na boca do povo ávido de soltar as grilhetas. Sou enteado dos novos tempos bastardos da desilusão real de um pais frágil à mão de abutres fétidos e de jogos transparentes de corrupção activa. Vivo num pais que amo por o meu sangue se unir à terra universal de meus antepassados. No entanto nesse mesmo pais trata mal seus filhos e sementes dos frutos da revolução. No entanto no meio do desencanto existe sempre a vontade férrea de lutar contra a corrente e talvez um dia ver Abril de esperança adiada transformar-se numa certeza concreta e sólida. Simplesmente talvez…

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