Nos ultimos tempos de vacas perigosamente (ainda) magras o governo tem apregoado a sapiência do novo corão do trabalho, sendo prontamente contrariado na sua argumentação teorética e nada prática, pelo fundamentalismo dos sindicatos cá do burgo. Pergunto eu (estou numa de perguntas nada retóricas); se uns e outros (governantes e sindicalistas) vivem à custa do herário publico, não seria mais prático diminuir a carga mental de disparates de cada lado, e chegar a uma versão biblica de qualidade aceitável para os 99 % cento da lusitânia que trabalha na corda bamba diária do deserto florescente que é Portugal actual?
sábado, junho 30, 2007
O PINTO E OS GATOS
Jorge Nuno Pinto da Costa entrou a toda a mecha - judicial - contra o bom e suculento humor dos Gatos Fedorentos. Entre a galeria de notáveis que irá testemunhar a favor do bom(...) nome do presidente azul e branco, encontram-se nomes respeitáveis da sociedade portuguesa como Reinaldo Teles, Fernando Póvoas ou o célebre Júlio (motorista de P.C). A razão de tal mediático processo é simples : Os Gatos, alegadamente, cometeram a suprema heresia de colocar em causa o bom nome de Pinto da Costa. Pergunta (nada) inocente : Expliquem aqui ao je como se coloca o bom nome de alguém em causa quando : ponto 1 - ele (já) não existe. Ponto two - estamos a falar de um programa de humor/caricatura cénica. Traduzindo por miudos, a caracteristica do bom humor é mesmo a hiperbolização do real e das personagems desse mesmo real vivenciado. Um pouco de humor menos ácido faria bem ao figado de Jorge Nuno, e dar-lhe-ia pelo menos mais uma década de vida na companhia da sua nova e doce companheira brasileira.
quinta-feira, junho 28, 2007
VERGONHOSO
A direcção do aeroporto da Portela agiu de forma rápida, pronta e absolutamente lamentável do ponto de vista ético e humano ao proibir - pela acção de dois gorilas - a colocação de cartazes com a fotografia da missing child Maddie. Os tios da menina - desaparecida no Algarve à cerca de um mês - foram forçados a retirar os ditos cartazes, afixados na zona de partidas e chegadas do badalado aeroporto, sendo vitimas de uma estrutura burocrática, pachorenta e sem lógica aparente. É por estas e por outras que somos vistos na Europa com a visão de estigmatizados e coitadinhos.
terça-feira, junho 26, 2007
NASCER NOS DIAS CANSADOS
Sendo algarvio de gema e sal, sempre me habituei a ouvir uma expressão carinhosamente prejurativa, relativamente a todos aqueles que enfim...gostam apenas da refeição principescamente servida na mesa. Chamamos na minha Twylight Zone a este género do reino animal bípede apenas e tão simplesmente aqueles que nasceram nos dias tristes e cansados. Os dias sem brilho em que tudo era nostalgia lenta e pessimismo burguês envolto em veludo enfadonho. Nesses dias de tempestade calma o tempo pensava parado e os homens esperavam sentados para que a lotaria da vida lhes fosse ofertada, qual manjar suculento dos deuses das profundezas das terras de lama escura e lava fria.
A mim disseram-me que nasci nos dias anteriores a este nefasto acontecimento. Dias de sol ardente e chuva violenta e selvagem. Os cavalos andavam soltos pelas pastagens e os relâmpagos deitavam pelos olhos lágrimas flamejantes de fogo. Cozinham-se os tempos, refugam-se as vontades. Quem é selvagem morre nervoso. Quem nasceu cansado tem a morte suculenta dos cobardes que renegam os desafios da vida. Descansem em paz nas profundezas da terra fria, onde os dias nasceram já resequidos como a vontade de muitos homens que caminham sentados.
segunda-feira, junho 25, 2007
E ÁCIDA...
Pinto da Costa diz que confia na justiça dos homens e na providência (tutelar) divina. Conselho aqui do je : Como os homens julgam com medo e com pressões não se preocupe com a justiça que (não) será feita. Quanto à providência divina, tenha cuidado que por vezes dos céus chovem gotas de granito aguçado...
PICANTE...
DELICIOSA...
quarta-feira, junho 20, 2007
NOVA MODA
Pelo que é do conhecimento do dominio público geral, existe agora também na blogosfera uma verdadeira caça ás bruxas para quem manifeste opiniões contrárias a muitos iluminados politicos cá do burgo. Vasculha-se, mexe-se e remexe-se até se encontrar uma ponta solta que represente uma pseudo ofensa a um politico cá do burgo. Que caramba, já é ofensa dizer que um politico é corrupto, sujo e sem credibilidade?! Que fuck de pais em que já não se pode falar a verdade da mentira...
FUCK IT BERARDO!!!
O célebre milionário tuga Joe Berardo tem andado nas luzes da ribalta dos media nos últimos dias pela sua propalada OPA sobre o capital de acções do "meu" Benfica. No entanto após sucessivas explicações de vários amigos economistas e de ler e reler informação dita técnica, continuo sem perceber porque alguém que quer capitalizar e adquirir capital (passe a óbvia e deliberada redundância) de uma empresa, ofende verbalmente na imprensa um dos seus simbolos, e capitais activos. Falo obviamente das ofensas dirigidas a Rui Costa. Profissional exemplar e pessoa que tive o privilégio de ter conhecido (humilde e sem tiques de vedeta) nos meus primeiros passos como aprendiz de jornalista. O fuck it proferido por Joe Berardo pode ser redireccionado para todos os milionários parôlos cá do burgo, que gostando de ostentar a sua riqueza material, escudam a sua real ignorância com a ofensa fácil e arrogância desmedida . De estranhar o silêncio da direcção do SL.Benfica, perdendo um timing importante para defender um simbolo real do benfiquismo. Um dos last mohicans (juntamente com os já "extintos" Jorge Costa e Vitor Baia) de algum verdadeiro amor á camisola. Para o Rui apenas o obrigado por horas felizes de magia nos relvados e por um choro convulsivo de criança quando marcou um golo ao seu/nosso Benfica. Para Berardo, ave parda de sapiência banal, apenas : Fuck it Berardo!!!
terça-feira, junho 19, 2007
segunda-feira, junho 18, 2007
EMPRESÁRIOS (sem sentido empresarial)
Tive um excelente professor - e amigo - que na minha iniciação na produção de eventos e de relações públicas me ensinou a tratar todos por igual, mas a diferenciar "aquele" grupo especial dos mobilizadores de turbas para os eventos e partys. Aquele gajo e aquela "gaja" (sou um cavalheiro dai as aspas na "gaja"), que mobilizam e que aglutinam à sua volta dezenas, centenas ou milhares de pessoas para eventos vários. Outra golden rule, é o pagamento atempado (mediante o acordado) de verbas referentes a esse trabalho de mobilização/angariação de clientes. Toda esta pequena e banal introdução para dar um forte abraço de solidariedade a um grupo de amigos que neste momento produz um dos melhores ( em termos qualitativos/quantitativos) eventos mensais da noite portuense e que nesse mesmo evento foi nitidamente prejudicado por gente sem sentido de futuro. Empresários sem escrúpulos e com a mira do lucro fácil existem muitos. Acabam em si mesmos no fogo da sua ignorância, devorados pela sua ganância. Pessoas como vocês existem poucas : Chamam-se lideres de opinião...
ACADEMIA REABRE
O mitico bar dos estudantes do Porto reabre portas (agora pintadas a vermelho). Após alguns meses de interregno, entre altos e baixos, reabre um espaço que bem faz falta à turba estudantil do Porto. Nos meus sete anos como Relações Públicas e Gerente, nunca a frase "amem-me ou odeiem-me, mas falem de mim", se pode adequar tanto a um espaço como ao mitico Academia. Gostem ou não gostem, é um a referência de muitas gerações de capa e batina. O futuro? À vontade dos homens pertence.
P.S Private/Public Joke : E já agora Toninho aka António Ribeiro, deixa lá de fazer denúncias à (pobre) policia por fantasmas que não existem. É que sabes, existem mesmo pessoas que só querem trabalhar e construir. Capice?!
O DESEMPREGO DE FIGO(ou como o silêncio é mesmo de ouro)
Lembro-me que a minha primeira grande entrevista foi no longinquo ano de 90 com cheiro de verão quente e aromatizado. Nervoso graúdo ao entrevistar o professor Carlos Queiroz numa maratona (pobre e paciente professor...) de três horas, fruto do primeiro contacto com uma figura superstar. No ano seguinte após o bi-campeonato de sub-20 para os tugas, a tarefa avizinhava-se mais dificil. Entrevistar de uma só vez, os craques Paulo Torres, Emilio Peixe e um Mister Big que já levava o mundo do futebol ao delirio : Luis Figo. Durante os anos seguintes Figo assumiu-se como um lider carismático, um jogador predestinado com espirito de liderança e consequente carga de profissionalismo, indiscutivel, indesmentível e inquestionável (a minha teoria absolutista dos três "Is"). Custou-me portanto "engolir" a sua afirmação aquando da sua - abortada - transferência para as arábias , exclamando que era tão somente um jogador de futebol desempregado. Afirmação normal dirão muitos. Afirmação banal digo eu. Quando estamos numa encruzilhada na lusitânia de desemprego galopante. Quando estamos num pais em que existe gente a passar fome. Quando estamos num pais em que os politicos são na generalidade banais, corruptos ou potencialmente corruptíveis. Quando estamos num pais fatalista feito de fatalidades feridas de morte. Quando nos agarramos aos nossos idolos mitificantes (como Figo), não existe paciência para ouvirmos frases banais de gente inteligente e que singrou - justamente - na vida. É que , caro Luis Figo, temos que nos agarrar aos sonhos que figuras como tu ainda nos possibilitam. Caro amigo, nunca digas o que nao pensas nem sentes. Já conquistaste espaço para tal façanha. Não concordas?!
22 NIGHT
sábado, junho 16, 2007
22 IS THE NIGHT
quarta-feira, junho 13, 2007
CHOVER NO MOLHADO
Lá fora a chuva escorre rápida em gotas envoltas de formigas humanas a passar rapidamente nos sussuros das ruas cinzentas. É verão insipido e com contrastes dualistas que alimentam a expectativa que seja já amanhã que o sol de verão intenso rompa de forma imparável e plena. Um cigarro banal marca o ritmo pachorrento de um texto aplacado na sua fúria. As cinzas são a prova de acusação que falam caladas, sussurando que tudo se transforma e tudo se liga de forma complexamente simplista. O cinismo dos copiosos humanos é que quebra o gelo e derrete o calor dos jogos de afectos e por vezes nos leva a quase desistir, a quase deixar de acreditar. mas no meio do caminho - envolto de dúvidas etéreas - surge sempre um farol de luz - momentaneamente duradoiro no espaço, mas constante e captado no tempo - que nos leva mais uma vez a (re) acreditar na grande teia universal. Confusos? Basta olhar para as cinzas encandescentes de um cinzeiro e fumar sonhos.
segunda-feira, junho 11, 2007
CARTAS SOLTAS DO PORTO (I)
Querida mãe aqui corre tudo bem. A queima já a chegar com toda aquela magia que me percorre, com a ansiedade de ser a primeira de algumas (espero que não muitas!). Já sabes que o filhote é também animal da noite, e anseia pela semana mais longa do ano. Com os tios e o primo está tudo bem. Têm sido uma ajuda importante neste primeiro ano de adaptação. Confesso que a idéia de voltar para Faro e o medo de tentar e falhar já me abandonaram. As saudades - óbvio - são muitas, muitas mesmo! Saudades de te deixares dormir na minha cama à espera que eu chegue de mais uma noitada. Saudades das "rabugises" carinhosas do pai. Saudades dos amigos. Saudades também dos cheiros e odores. Incrivel não é?! foi preciso sair do nosso Algarve para me aperceber que tudo tem cheiros e paladares, e tudo se resume aquele sentimento de alma vazia que sente a falta de algo. Bem estou a adorar a aventura rumo ao desconhecido. um passo de cada vez, como tudo me dizes. Por vezes é dificil, quero tudo rápido de mais! Mas enfim como o pai diz o tempo há de me mudar um pouco nessa ansiedade de estar sempre com sede de algo que não consigo definir. Há já me esquecia! Convidaram-me para fazer parte da Associação de Estudantes e eu, obviamente, aceitei. Um desafio dentro de outro desafio. Bem isto tá a ficar preto de dinheiro. Sabes como é, vida de estudante (Eheheh). se puderes passar no banco e depositar algum dinheiro, agradecia!!! Morro de saudades. Por vezes sinto-me sozinho entre a multidão sabes?! faz-me falta ir na rua e conhecer todos os rostos. Aqui parecem formigas no meio da selva!!!
Beijos para vocês do sempre vosso : Paulinho
Abril de 94
sábado, junho 09, 2007
EU GERAÇÃO DE 74 TE ACUSO (injustamente)
Hoje o mundo gira de outra forma menos lirista. Envolvido num (a)braço ditado pelas leis da globalização fria e do mercantilismo selvagem. A religião de culto é o materialismo fundamentalista, criado pelos talibans católicos e ateus. A marca do teu telemóvel é importante no teu conceito de vida. Cresceste ao som da música fria feita por computadores impessoais e frios. Vestes os jeans da moda e a mini- saia do momento. Não te envolves, não te comprometes, não arriscas tudo e no entanto fazes tudo para ganhar o emprego certo e socialmente aceitável. Acto de submissão continuo, renegas os teus amigos diferentes. Amigos? Tens amigos ou icones da moda e da estética perfeita? será que tens mesmo amigos? Esfolaste os joelhos a jogar futebol? Andaste á estalada com o teu melhor amigo(a) por algo banal mas profundo? Certamente que não. Isso seria crime lesa estética perfeita. Misturar o sangue e os odores, acto que é penalizado com o desterro existencial na lógica na qual cresceste. Mas pergunto-te no alto dos teus sub- 21 anos; tens amigos? O teu silêncio tórrido diz me instintivamente que não. Já há muito na tua imaturidade matura, aceitaste as regras do jogo e sabes que tens que jogar sempre para ganhar. Combater pela certa e pela frieza que os tempos ditam. Assumidamente a minha geração é a do desenrasca. Somos os malditos que acreditavam e continuam a sonhar. Golpeados pelos tempos modernos de forma mortal. No entanto ainda não interiorizamos que tu é que estás certo na tua lógica de vivência neste mundo insuspeitamente de pedra fria sem calor vulcânico, sem odores de pecado positivo. Sim. Acuso-te injustamente pelo meu desajuste aos novos tempo que correm onde o vinho novo me sabe na boca a vinagre puro e a puro veneno amargo e fétido. Talvez nunca comprendas as minhas palavras mas gosto da tua geração, gosto da tua forma de estar cool e desinibida. Mas sabes só não comprendo porque não utilizas a inteligência que possuis para procurar o teu caminho individual - pessoal e intransmissível, teu BI genético - unido naquela realização colectiva doce que a amizade transmite. Desculpa. Paro por agora; um velho amigo liga-me e para os meus irmãos de sangue e fortuna desafortunada há sempre uma gota universal do meu tempo diluido. Para ti? Um abraço de irmãos desavindos - mas sempre irmãos - separados pela trama universal do momento presente que corre parado.
EU GERAÇÃO DE 74 ME CONFESSO
Lembro-me essencialmente dos joelhos esfolados. Sangue misturado com lama molhada da chuva de inicio de inverno. Futebol dominical entre amigos, perante o olhar petrificado mas complacente das mamãs extremosas, na altura da chegada a casa após a batalha campal amigável. Jogávamos futebol com alma de putos adolescentes que julgavam dominar o mundo dos adultos. Saiamos e tragávamos as primeiras cervejas, chorávamos as primeiras paixões ardentes. Ardiamos de tesão pela vida que estava já ali para ser vivida e sentida, não somente nos nossos caminhos e aspirações individuais, mas também no acto generoso de união colectiva entre amigos intemporais. Éramos a geração de setenta e quatro, moldada ainda nas ilusões e sentimentos de nossos pais. Valores simples, (re)ajustados a um mundo que já queria mudar e deixar-nos confusos na encruzilhada existencial que as mudanças profundas criam e das dúvidas que dai advém. Crescemos juntos. Chorámos de raiva doce quando o Farense perdeu a final da taça em 89 e arrastámos 35 mil a uma só voz no Jamor. Rimos nervosamente quando lutámos contra a prova geral de acesso (PGA) em 90, e fomos suspensos por encarcerar a nossa escola com correntes de liberdade. Gritámos com gestos de vitória quando conquistamos - por mérito próprio - o acesso outrora negado a nossos pais (pela vida madrasta de outros tempos) à universidade e seus sonhos quiméricos. No hiato do tempo fomos pais e mães, fomos combatentes com causas colectivas e não somente próprias. Fomos amantes e amigos, carrascos dóceis com crises de consciência e executados com o pescoço orgulhosamente esticado - rumo ao cadafalso - com a arrogãncia que a razão lirista arrasta.
quarta-feira, junho 06, 2007
REINAR SOBRE MORTOS : ESPECIAL PALESTINA/ISRAEL
Duas realidades, duas culturas, duas formas de viver. Interligadas, abraçadas num genocidio multiplo onde todos são inocentes culpados. Uma luta milenar que ultrapassa largamente o contra recorrente do binómio entre o bem e o mal. Neste especial fotográfico simplesmente meditem sobre a terra manchada de sangue; onde os inimigos se tornam irmãos de causa perdida no solo tombado da morte. Lutar, sofrer, magoar e ser magoado. Nunca viver.
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