Escrevo estas linhas minutos após a selecção de nuestros hermanos ter ganho (justamente) o mundial 2010 in South Africa. Os meus "favoritos" da laranja mecânica sumarenta, perdem a sua 3ª final e voltam para o país das túlipas com as mãos a abanar mas com a sensação de dever (quase) cumprido.
Lembro-me das diferenças cada vez mais acentuadas entre Portugal e Espanha. Recordo que em 92, aproveitando as Olimpiadas em Barcelona, as entidades competentes do país vizinho encetaram esforços para dotar Espanha não somente de infra-estruturas desportivas modernas e funcionais mas essencialmente de programas de "crescimento desportivo" com lógica, forma corporizada e conteúdo consistente.
18 anos depois, assumem-se como potência mundial na nuance desportiva global e não somente no futebol mas também no motociclismo, basquetebol, automobilismo e tantas outras variantes de desportos individuais e colectivos.
Falando em colectivismo...vejo na tv a festa em Espanha, com cor e optimismo nos rostos apesar de um desemprego galopante e um decrescimento económico acentuado. A esperança...sempre a esperança...do nosso canto à beira mar esburacado não vale apena falar hoje. Seria um discurso (quase) fatalista de amargo fado...
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