Como qualquer algarvio que se preze tenho um toque de irreverência distante que muitas vezes é confundido com arrogância fria. Aguento a "panela de pressão" até à ultima gota de paciência destilada; no entanto quando a "tampa" salta é mejor sair de perto. Estas linhas banais servem tão somente para ilustrar o carácter volátil da falta de "calo" (estou a exagerar nas ""...) para aguentar a pressão do dia a dia. Explodimos por vezes por pormenores insignificantes. Aguentamos a crise económica, damos o beneficio da dúvida aos nossos (maus) politicos; levamos com a má disposição do patrão e com a incompetência das repartições públicas. No entanto cai "Carmo e Trindade" quando o Ronaldo se lesiona ou com as derrotas sucessivas do nosso clube de sempre. Somos treinadores de bancada na nossa própria vida. Mandamos os bitaites que nos parecem importantes. Invertemos muitas vezes o sistema com jogos mentais em que o acessório se transforma no epicentro da novela da vida. Paro para beber um café no sitio do costume. Lanço os olhos numa capa rosa-choque em que se anuncia a 8ª namorada de Ronaldo, a traição perdoada de Pedro Laçerda e as turras infantis de Angélico e Rita Pereira. Que perda de tempo...já estou centrado no Malta-Portugal de logo. Afinal a vida é fechada em si mesma nos pormenores dos adornos desnecessários.
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