segunda-feira, março 31, 2008

GRITOS MUDOS


Neste momento as ampulhetas do tempo tem me dado a benesse do usufruto de mais tiempo caseiro; como tal como solteirão que se preze armado em Homero das limpezas tenho sido um verdadeiro fado do lar a escrever a minha Ilíada caseira e rebuscada. Entre arrumações várias eis que chego à parte de abrir as vinhetas de memórias já idas por debaixo da cama e em caixas sem fim. Encontro de tudo um pouco : Cartazes de campanhas associativas já idas, flyers de eventos produzidos; a creditação da edição da Queima das Fitas versão 2000. No meio da imensidão de papéis e invólucros surgem emblemas da capa do traje académico perdidos mas (re)encontrados e guardados com muito carinho. Vasculho e encontro preservativos fora de prazo (campanhas associativas já idas e as célebres ofertas da marca “ZIG ZAG” ; desaconselho a marca – longo suspiro -). Tempo de tomar opções. Reparto o mal : 50 por cento para o lixo definitivo e 50 para novo arquivo mais aromatizado e com menos pó. Acendo um cigarro banal e penso nos tempos já idos. A memória descritiva – visual, sensitiva e aromática – está in my mind. O resto são papéis sem nexo.

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