quarta-feira, março 12, 2008

PARA MEDITAR




Transcrevo com a devida vénia da edição do JN de hoje um artigo escrito pelo jornalista Ricardo Paz Barroso :


"Com mais ou menos veemência, os representantes dos três operadores de televisão em sinal aberto confirmaram ontem, na Assembleia da República, que a entrada de um quinto canal no panorama audiovisual luso vai obrigar todos a reformular, para pior, os respectivos modelos de funcionamento, por causa da divisão do bolo publicitário. Se Pinto Balsemão e Manuel Polanco, presidente da SIC e administrador-delegado da Media Capital (TVI), já tinham manifestado o seu desagrado, Guilherme Costa, presidente da RTP, ainda não tinha falado do assunto "O novo canal vai dificultar o funcionamento da RTP", disse, em resposta a Fernando Rosas, do Bloco de Esquerda, no âmbito de uma audição da Comissão de Ética, Sociedade e Cultura.Quanto ao plano de saneamento financeiro da RTP, Guilherme Costa admitiu que "este terá de ser revisto, pois, se deixarmos de ter receitas de publicidade, não sei como será feito". A questão das receitas publicitárias dominou boa parte da tarde. Balsemão diz que "a RTP faz concorrência desleal ao captar receitas na ordem dos 50 milhões de euros". Até se mostrou disposto a pagar uma taxa ao serviço público, caso a RTP deixe de ter publicidade. Lembrou também que "um novo canal aumenta o espaço publicitário em 40%". Já Polanco disse que "o mercado publicitário é pequeno e está estagnado". Alertou que, assim, a produção nacional "vai ser menor e de pior qualidade". Esta audição parlamentar foi motivada pela intenção do governo em autorizar um quinto canal em aberto, a criar em 2009, alojado na Televisão Digital Terrestre. Entre os vários interessados conta-se a Controlinveste (detentora do JN, TSF) e a Cofina (Correio da Manhã), que também vão ser ouvidas na comissão."


Desculpem lá a pergunta patética : Mas não estamos num pais de livre concorrência, factor nuclear que permite a "nós" - consumidor final colectivo/individual - ter mais poder de opção de escolha de forma democrática e globalizante?!

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