"Os resultados das fases 1 e 2 dos testes têm sido extremamente promissores", mencionou à BBC Brasil a cientista Britta Wahren, responsável pelo projecto arrojado e inovador. Os testes iniciados há sete anos mostraram que 97 por cento dos 40 voluntários desenvolveram resposta imunológica contra o vírus HIV. A vacina está agora a ser testada em 60 voluntários na Tanzânia. Esta vacina é uma das 200 desenvolvidas ao longo dos últimos 20 anos, por vários países. A investigadora adianta que a vacina “foi desenvolvida de forma a proteger as pessoas contra as variantes mais comuns do vírus em circulação na África e no Ocidente como um todo".Outra das particularidades é que é “complementada por um segundo tipo de vacina, que aumenta a resposta imunológica do paciente”, explicou Wahren.Ou seja, primeiro, o paciente recebe várias doses de uma vacina elaborada a partir de genes de diversas variantes do vírus HIV em circulação no mundo. Em seguida, é aplicada uma segunda vacina, destinada a ampliar a resposta imunológica. No próximo ano, o estudo sueco entrará na chamada Fase 2-B, com os testes clínicos em larga escala. Dois anos depois, a etapa final, a Fase 3, que vai determinar o grau de protecção da vacina.As Nações Unidas apontam para mais de 20 milhões de mortes provocadas pela SIDA. Actualmente, 40 milhões de pessoas são portadoras do vírus HIV no mundo, 70 por cento das quais no continente africano.
Esperemos que seja desta que a besta negra do novo milénio seja erradicada...
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