Vivemos em tempos dificeis de velocidade galopante. Tudo é rapido e vivenciado ao ritmo insano que uma sociedade materialista e super competitiva dita. Somos escravos dos ditames da moda estética sem conteúdo; vivemos não somente emoções mas conceitos enraizados de forma subliminar mas bastante directa e presente. A marca do telemóvel, das calças, do automóvel...
Ontem foi para mim um daqueles dias complicados, agitados e - desde logo - condenado a um oásis de pensamentos normais. Assumi na penumbra desse dia passado os meus medos - sem exorcismos - e o corpo da alma de membro desta sociedade fria em que vale tudo. Irritei-me de fúria (esqueci-me de chorar), invejei (esqueci-me de lutar para conquistar), acomodei-me (esqueci-me de dar o passo em frente); odiei (quase que me esqueci de amar). No entanto no sono reparador e entre o dormitório agitado dos sonhos descoloridos da noite, lembrei-me de uma frase de uma mulher de 80 anos : "semeia para colher". Subitamente acordei calmo, bebi um chá revigorante de sentimento e acho que agora começo finalmente - aos 32 anos - a perceber o porquê das coisas...
OS SENTIMENTOS NÃO SE EXPLICAM...AGITAM-SE...
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