Existem promessas que se quebram. Tinha que escrever. Tinha mesmo que destilar palavras qual extensão fisica do meu ser. O meu coração hoje também mora na antiga Birmânia, onde um movimento civico sem precedentes está nas ruas a lutar pela liberdade. Monges, estudantes, intelectuais e toda uma população sedenta do aroma da liberdade. Há sangue espalhado nas ruas da antiga Birmânia; sangue preto; negro de luto nas pedras das calçadas esburacadas. Hoje, definitivamente, somos todos filhos de um deus MAIOR que aspira liberdade, na ânsia da almejada libertação, qual bandeira desfraldada ao vento. Sinto-me vermelho de indignação, mas preto carregado de negro fugidio, pela imposição dogmática de uma qualquer junta militar da ásia MENOR, que espalha morte, dor e indignação.
Considero-me um pragmático lirista; liberdade é pão da boca de um sistema que começa no nosso ser individual. A liberdade começa na amálgama do nosso interior profundo onde combatemos os nossos fantasmas de lobos passados, presentes e futuros. Aqui é a minha vertente subjectivista a falar. Na parte analitica, pragmática e sintética, apenas afirmo que metade do mundo (o lado positivo da "força") quer que os ventos da liberdade soprem fortes e constantes. A outra metade - podre e fétida - deseja que a besta negra triunfe, incandescente na sua estupidez de animal derrotado à priori.
Um dia espero morrer a lutar e a sorrir ao monstro. O povo Birmanês deu-me a última lição que poderia aspirar no alto dos meus curtos 32 anos : A liberdade chora-se e conquista-se ao preço alto de litro de sangue derramado ao quilómetro quadrado de terra redonda...
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