Li na edição on-line de ontem do Jornal de Noticias que o governo Civil de Braga distribuiu 4500 telemóveis gratuitos (e com chamadas a custo zero) a idosos do concelho para combater o isolamento desse estracto da população bracarense. Iniciativa louvável dirão muitos; no entanto o isolamento social tem uma estratificação - ramificação - muito mais profunda na análise e na génese do conteúdo. Doença dos tempos modernos, o isolamento começa no desmembramento precose do núcleo duro da estrutura familiar, desenvolvendo-se - tendencialmente - de forma progressiva também devido ao facto que a sociedade analisar e julgar o idoso como material nocivo e não reciclável.
Não é com telemóveis que se resolve o problema geracional entre pais e filhos, mas sim com educação social e emocional, aumento progressivo das reformas miseráveis que muito auferem e com programas camarários (financiados pelo poder central) de ocupação de tempos livres, cursos em áreas de interesse geral e específico.
Afinal, na minha modesta opinião, acho que o caminho passa pelo human touch e não pela frieza de uma esmola tecnológica, que sendo útil não será prioritária para substituir a doçura do toque, da conversa directa olho no olho e a realização do idoso enquanto elemento (ainda) válido na sua comunidade.
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