Lembro-me do ontem há 20 anos, como se fosse o hoje do presente. O sabor da primeira vez em que a carne se cruzou com a carne e (re)descobriu-me novos caminhos. Recordo-me que era dia 18 dum mês qualquer perdido no verão Algarvio, e o cenário teve areia e mar como fundo.
Sorrio ao relembrar a minha atrapalhação e nervosismo de puto a querer dar o passo definitivo rumo à vida adulta. Foi bom e especial mas sem fogo de artificio ou estrelas cadentes reluzentes que sonhava na minha cabeça de adolescente. Foi melhor na segunda e terceira vez...Como em tudo na vida a prática é o melhor dos caminhos sensitivos, rumo à (im)perfeição sempre inacabada.
Durante semanas aquele sorriso estupidificante nos lábios e o olhar de pretensa "superioridade moral" perante os meus amigos. Longe estava de saber que afinal a vida é feita de muitos rituais de passagem, inerentes a idades e - essencialmente - a estágios permanentes de maturação psicológica....
Nunca esqueci aquele dia e ano em que o meu primeiro ritual de passagem ocorreu...e quem esquece?!