Simetrias

Yara

Um dia se nasceres irás te chamar Yara, como a rainha das águas no outro lado do mundo pequeno e curto. Terás no sonho do meu desejo olhos verdes e flamejantes recortados em sobrancelhas salientes e olhar de fogo com cabelo em fios de oiro acastanhados e loiros; como convém a uma pequena deusa. Se nasceres meu amor, brincarás na terra molhada do campo e na areia seca pelas ondas de mar que não chegam. Serás amada até a exaustão, pois um fruto de amor é quente, grandioso e brilha que nem mil sóis. Sim...serás um sol doirado e  verde...já te vejo em meus sonhos continuados: Pequena, indefesa mas forte; frágil mas em crescimento. 

Trazem-te abraçada em sonhos de jardins conhecidos e rostos que trago no coração com saudade dolorosa da palavra saudade; mas doce no sentimento do que já me deram. Se um dia nasceres serás Yara, como a nobreza plebeia de um nome invulgar. Trarás em ti minha filha o selo da luta e da força, percorrerás este mundo de loucos com uma pistola de flores na mão e dispararás o fruto doce do amor que te constitui. Serás Tu...não serás Eu...não serás a tua Mãe...mas levarás em ti a marca do que nós somos. Uma pequena costelinha apenas...afinal serás a minha pequena grande marca no mundo. No dia em que partir morrerei sorrindo porque viverei em ti para sempre, na imortalidade pequena do momento grandioso em que abriste os olhos.

Talvez sejas apenas um sonho que nunca vingará, que nunca passará de um desejo de amor perdido ou ganho em pedras duras mas quentes e sentidas que descarrilam em cima da minha cabeça. Talvez o sonho que me traz a ti não seja mais do que um sonho repetido até à exaustão do que não irá nunca ser.

Mas mesmo que não vivas, que não nasças, serás um sonho lindo na minha cabeça...se por um acaso do destino inevitável  vingares na semente do amor, irei-te ler as palavras de sonho que hoje escrevi na ilusão pensada e sonhada em ti...

xxx-Humor...

A Lei do Terror

A África perfumada do futebol rei nas ruas pobres de comida em qualquer ponto do continente; sempre me seduziu enormemente. As diabruras de putos de cara suja e pés descalços com bolas improvisadas em campos sem condições, são o filão para muitos clubes da Europa do futebol rico e estilizado. Custa-me perceber o terrorismo, mesmo aquele encaputado em qualquer teoria de libertação de povos oprimidos. Mais me custou a engolir o metralhar impiedoso do autocarro que transportava a selecção do Togo em Angola para a CAN 2010 (3 mortos confirmados). 

O acto cobarde foi assumido na sua autoria pela Frente de Libertação do Enclave de Cabinda. O farto e gordo governo (corrupto...corruptível...) Angolano reagiu tardiamente e com palavras de circunstância. Blatter, presidente da também gorda e fausta Fifa deu os lamentos de conveniência. 

Ficam "apenas" no ar duas questões soltas:

1)  Como se "dá" a organização de uma competição deste calibre sem garantir condições mínimas de segurança para os seus intervenientes?!

2) Quando é que a Fifa deixa de pensar somente no aspecto financeiro dos happenings desportivos e "acorda" do sonho lirísta de agradar a "Gregos e Troinanos"?!

Festival (de cús...)

O Túnel

Sendo Benfiquista (e Farense...) confesso, sigo com naturalidade e olhar mental aguçado a polémica dos incidentes ocorridos no último derby Benfica vs Porto. As movimentações na sombra estão ai, como sempre, e representam o que mais detesto no futebol/sociedade cá do burgo: O Jogo Sujo. Jogo Sujo do Benfica ao pressionar até ao tutano para a aplicação de um castigo exemplar a certos jogadores chave do dragão. Jogo sujo no habitual Game (de túnel) que Pinto da Costa e seus apaniguados conseguem desenvolver nos últimos 25 anos. 

Evoca-se também hoje a efeméride de uma personagem ímpar que revolucionou as mentalidades do FC Porto e  da própria génese dinâmica da Invicta: José Maria Pedroto de seu nome. Num país pequeno de mentalidades fechadas e gente tacanha na maldade, Pedroto foi um visionário à frente do seu tempo. 

A minha homenagem também nestas linhas.

Densidade(s)

Semana francamente longa, desgastante e com laivos de alguma (muita...) frustração irritada e ácida à mistura. Final de semana já a vista para retemperar baterias para as batalhas que se avizinham e limar no descanso as arestas mentais que permitem respirar fundo antes do "grande mergulho" (expressão do Lord of The Rings 3 que fixei...). 

E o que é o "grande mergulho"? Apenas a força, ânimo e fé que nos movem nesta locomotiva louca - por vezes sem travões - que é a vida rápida e desgastante dos dias actuais. Doem-me os ossos, mas a alma...

Letra G

Começa-me a foder completamente a moina toda a questão de fundo acerca do casamento gay e suas derivantes legais, morais, valorativas e religiosas.

Ponto 1) Estamos numa sociedade (aparentemente) livre.

Ponto 2) Existem questões bem mais graves aqui prós tugas 
(desemprego, fome e afins...digo eu...).

Ponto 3) Se como no ponto 1 eu menciono (sociedade livre capice?!); quem "come quem"; quem "fode quem"

ou quem casa com "quem", somente é da responsabilidade dos intervenientes 
(estilo spot do tempo de antena...get the picture?!).

Ponto 4) Por amor de deus senhores moralistas...senhores políticos...senhores da igreja dogmática e todos os demais movimentos...Sociedade livre?! Ok?!

Ponto 5) Somos mesmo um país de "maricas" (nas mentalidades); livre escolha, livre opção...portanto...liberdade de escolha não deveria ser tornada em uma questão de fundo, quando deveria ser algo de natural....

Ponto Final: Pelo avançar da hora talvez a minha escrita não tenha sido fluida o suficiente...Sim a Favor dos Casamentos Gay...Não contra a questão central de fundo que se formou em torno de algo que deveria ser standard e normalizado...Não contra os radicalismos de ambos os lados...Sim a favor dos heteros dos bis dos tris dos homo dos gays dos...Sociedade Livre Capicen Again?!

Na Hora (do click...)

Lapsos de Memória

Tenho uma admiração do caraças pela minha doce e frágil avó Barbara. No alto dos seus doutos 90 anos consegue ter uma fluidez de memória que nos deixa a todos encaralhados pela rapidez com que destila nomes, efemérides; funerais, baptizados, casamentos ou divórcios. 

A minha avó "Tajana" é daquelas mulheres duras com fundo doce que se fizeram nos tempos difíceis em que para dar de comer aos filhos, tinha-se que curvar a espinha aos senhores feudais que dominavam o alentejo profundo. Toda a vida trabalhou no duro no campo; nos "intervalos" teve tempo para criar em pleno 2 netos (O Flávio e a Elisa) e dar imenso amor a outros 4 (Nuno, Marco, Pedro e eu mesmo). Nada falha na sua destilação de memória; entre uma lágrima sincera ou um esgar de sentimento mal disfarçado de comoção, deleita-me sempre com a candura sempre daqueles que mesmo vivendo uma vida, querem continuar a lutar por mais um dia de luz dos vivos. Sem lapsos de memória...Estas linhas hoje são para ti avó...do coração...

Chapéus há Muitos...

(des)inspiração II

Seguindo a lógica da primeira parte deste texto (des)inspirado; prossigo (para os que ainda tem pachorra para continuar a ler...) a panóplia do que é uma segunda-feira típica em Portugal. Após a sucessão de pessimismos diários, chegamos ao nosso ninho-casa. Ai o pessimismo dá origem à corporização dos nossos sonhos frustrados e da nossa alma ressequida de medos acumulados. 

Concentramos as nossas forças não no positivismo da superação de obstáculos, para pura e simplesmente adormecermos na paralisia dos nossos fears mais profundos. Queimamos a comida, derramamos o café,gememos um "Caralho-Foda-se" bem alto e continuamos ofendidos com o mundo e  com Deus. Esquecemos, pura e simplesmente, é de que somente podemos remover as pedras obscuras se assumirmos um passo em frente e na lógica incerta e sedutora da dúvida tomarmos o sabor doce da conquista de um novo patamar...

(des)inspiração I

Por norma as segundas-feiras são daqueles dia fornicados por natureza em que a dose de inspiração não está em alta. Tudo começa no café, logo pela manhã, no qual rostos cinzentos com dentes amarelos, desdizem de sua sorte; (re)contam as desgraças atrozes das suas vidas e colocam-nos sob a pressão de que tudo vai mal neste país, e por consequência em nós mesmos. 

A seguir corremos para o trabalho e cruzamo-nos com condutores a lançarem calão de taberna ao vento, pensando na foda que não deram, na vida que não ansiaram ou na mulher que simplesmente toleram e já não desejam. Passamos depois para o local de trabalho onde a onda de pessimismo se mantém: Camuflada e turva por vezes; outras vezes amiúde mais declarada e voraz. No final do dia levamos com mais uma dose fodida de má sina e triste fado. desta vez a empregada que nos vende o pão assanhada contra o boss que quer devorar tudo menos a massa transformada do vil trigo...

Post-Pub

A Frase

"Assim que nascemos, choramos por nos vermos neste imenso palco de loucos."

Willliam Shakespeare

Zen in Green

Destilação de Memória

Final de tarde tépida e amena. Pausa breve no frio invernoso que tem varrido a Invicta Cidade. Preparo mais uma semana de trabalho trepidante em que a aceleração promete ser como sempre: Continua, desgastante e em profunda velocidade de cruzeiro. O café a disparar, juntando-se às doses cavalgantes de cigarros devorados. Forma estupidificante de canalizar a calma na fúria do dia a dia. Todos temos escapes...Bons, Maus, Assim-Assim...

Domingo (de futebol)

Com o ano renovado chega o regresso do futebol planetário e, como consequente factor, o return do soccer major na versão Europeia. Como, apesar de na cauda, fazermos parte desta Europa velha, decrépita e em plena crise de entidade valorativa e económica; sigam aqui os resultados da jornada made in europe.

Poesia: Tudo e Nada

Pablo Neruda dizia que toda a poesia é erótica. Sinceramente concordo com a frase reportada de forma convicta e assumida. Mas o que é poesia? Apenas as palavras derramadas em odes de dor, amor, alegria/tristeza e demais factores sensitivos frutados na fragância das palavras? 

Acho que a poesia é o ópio do erotismo da alma: A forma de corporizarmos pelo adorno estético algumas verdades verticais, alguns desejos subliminares não assumidos, bem como relatarmos "algo" na fronteira entre o real e o irreal. 

Erotismo onde? Erotismo no swing das palavras, na curvatura esguia dos quadris sensuais das palavras criteriosamente escolhidas. Erotismo no gemido de dentro que soa como um orgasmo estridente quando o resultado é o ansiado e o ramalhete de rosas escritas é esgrimido de forma subjectiva, estóica e sublime. Erotismo no gemido gradual que os sons silabam de forma harmoniosa. Pelo menos é o que dizem os poetas...todos nós...o que vem de dentro é sempre poesia...

Loira-Voadora...

Blue Kiss

Comecei o ano com um beijo de felicitações da excelente cantora (e ser humano) Wanda Stuart. A mulher do blue hair; (com)provou  mais uma vez em pleno palco do Aliados Winter Club, que além de ser detentora de uma voz lânguida, poderosa e sensual, é uma daquelas anti-vedetas que, a mim, me dá gosto conhecer e conviver na minha lógica profissional. É que Vips daqueles pobrezinhos, sem conteúdo e com cagança peidante já conheci muitos nos últimos mêses...

Red Bull

Confesso-vos a minha total estupefacção para a guerra do eixo Porto-Lisboa que a transferência da Red Bull Air Race provocou, com a saída da Invicta rumo à capital do nosso depauperado império tuga. As vozes de revolta de "iluminados" como a de José Pacheco Pereira a defender a honra ferida do Porto, e as odes de triunfo de alguns burrinhos da capital, provocaram-me uma diarreia mental que me remeteu para estas linhas de critica e opinião. Movimentos de contestação que se estenderam pela Cyberlândia internauta com grupos pró e contra em plataformas sociais como o hi5 ou facebook.

País de mentecaptozinhos medíocres: Ora se temos perto de 600 mil desempregados, se continuamos a perder poder de compra relativamente aos restantes companheiros de infortúnio da União Europeia; se as nossas empresas não tem competitividade no exterior e se cada vez vivermos pior; por que carga de água fornicante é que perdemos tempo em guerras de papel?!

Lisboa apresentou melhores contrapartidas financeiras e ganhou a corrida. Ponto final.

A Frase

"O País está mal, mas o PSD não está melhor"

Luis Filipe Menezes 

Tubaralho...

The Way(s)

As filosofias que tendemos a assumir como nossos cavalos de batalha de vida, por vezes (muitas vezes) saem-nos pela culatra da pistola de roleta russa que constitui a vida no seu pleno. Nada é irreversível, nada é certo. No entanto, cabe-nos a nós tentarmos mudar o estado letárgico das coisas, o derrotismo por vezes latente e persistente; bem como "sacudir a poeira" da memória do que já foi, o medo do que é, e a ansiedade do que será.

96

PESHAWAR - A polícia paquistanesa informou neste sábado, 2, que a explosão de um carro-bomba matou pelo menos 96 pessoas em um jogo de vôlei numa cidade localizada no Noroeste do Paquistão, perto de áreas abaladas por atritos tribais.

O policial Habib Khan afirmou que o atentado ocorreu em Lakki Marwat. Segundo a Polícia, 90 corpos foram identificados e seis permanecem desconhecidos e ainda há 36 pessoas recebendo cuidados de centros médicos próximos.

O suicida dirigiu o carro-bomba, com 250 quilos de explosivos, direto à entrada do estádio onde as pessoas haviam se reunido para assistir o jogo e detonou a carga.

O chefe da polícia local, Ayub Khan, afirmou que o ataque pode ter sido uma retaliação pela tentativa dos moradores locais de expulsarem rebeldes com a criação de uma milícia própria. Ele disse que algumas casas próximas desabaram e que outras pessoas podem estar presas sob os escombros. Outro policial, Habib Khan, disse que 300 pessoas assistiam o jogo quando aconteceu o atentado. 

Cit in Estadao

No Mr President

Segui com ensonado (des)interesse a mensagem de Ano Novo do Presidente aqui da Tugolândia, Cavaco Silva. Nada de novo no conteúdo de um fluir de frases em que, mais uma vez, ficou patente que o senhor presidente não encaixa bem na "cornadura" o facto de não ser King no jogo politico, tendo que se vergar perante as regras (boas e más) da democracia legislativa. Agora, mencionar que além da crise económica, existe uma crise de valores morais e de valores nos tugas...bem...além de uma mensagem subliminar que remete para a polémica "casamento gay", parece-me de tremendo mau gosto falar em tempo de "vacas magras" em crise de valores. Deveria saber Cavaco, que muitos milhões ainda se levantam ás 7 da manhã para ganhar um ordenado de merda para colocar o pão na boca de seus filhos.

Se "isto" é crise de valores...a crise é outra...

Boots...

New Year (1st day)

Dia que amanheceu tarde e que escorreu calmo. Arrumações típicas de rituais de inicio de ano em que folhas, papéis e tralha velha, se dirigem paulatinamente rumo ao trash. Café suave no início de noite com amigos e regresso para o ninho para relaxar. Ano de novos desafios e velhas batalhas. "Algo" entre o conceito tridimensional de passado-presente-futuro está a chave para seguirmos com forças e energias renovadas rumo ao desvirginar de 2010.

Top Speed...

Afeganistão

Final de ano trágico com o endurecimento da violência no dilacerado Afeganistão. Mais uma leva de mortos sem rosto, mas com o selo de um conflito que parece talhado para atravessar gerações. Nos limites da fronteira do terror, Iraque com a violência mais "amolecida" (estratégia voltada para o novo bastião Afegão) e Irão na fronteira de uma guerra civil certamente manchada a vermelho vivo.

Feliz Ano Novo (com dedicatórias)

Para todos vós, mas ainda mais especialmente para:

Sandra C., Jeh, Policarpo, Virginia, Ilda, Nando, Rodrigo, Esperança, António, Tozé Silva, Luis "Penkudo", Jorge Isidoro, "Cuba", "Zéiii", Hugo, Leonardo, "Ice", Fátima, Mário; Ângela, Joana, Daniel Martins; Zé "Cabeças", Jorge "Feo", Isabel, Belchior, Bárbara, Elisa, Miguel, João, Francisco, Alzira, Zé Marques, Pedro, Patricia; Gorreti, Alain, Marjo, Guilherme, Laura, Glória; Ricardo, Ana, Pipinha.

Badalada(s)

O ano escorre rápido rumo ao final de 2009 e ao inicio de uma folhagem que se espera renovada e com factores globais mais positivos que o ano de combate duro que (quase) finou. Para mim foi mais um ano de aprendizagem, por vezes dolorosa, em que sinto que cresci um pouco mais como homem e como profissional. Acendo mais um cigarro banal, e penso em todos aqueles que me inflamam o coração. Hoje, na hora das badaladas de transição, irei pensar em todos eles num lento pensamento intenso; merecedor daqueles que comigo partilham a caminhada de uma vida colectiva (a vida não é um combate individual...my opinion...) feita de ondas com picos altos e baixos.

Últimas do Ano

No momento em que escrevo estas linhas apressadas, os telemóveis dão-me um raro momento de paz no carrossel que tem constituido os últimos 4 dias de trabalho. Tudo a postos para uma passagem de ano inesquecível no Aliados Winter Club, com mega jantar volante, actuação da excelente Wanda Stuart e destilação de sons de dj´s convidados. Tudo "isto" dá gozo, mas que dá um trabalho do c....

Resoluções

Os reencontros de amigos de longa data dão sempre num padrão cíclico que gravita em:

1) Conversa "no nosso tempo é que era bom".

2) Conversa "venha mais uma garrafa quer nós aguentamos o mesmo liquido de há 10 anos em nosso estômago".

3) "Ais" nostálgicos acerca de Natais passados.

Este ano deliberamos por unanimidade, a construção de um blogue em que todos derramássemos o fel e mel das nossas vidas, bem como fotos e demais asneiras saudosistas. Fiquei encarregue do registo e dos primeiros passos. Vai ser bonito, vai...

"A Malta"

Sábado bem regado por um jantar de reencontro entre amigos de longa data. Bem no centro de Faro, um arroz de lingueirão aromático, adornado no "aprés" por queijo amanteigado, pão caseiro alentejano e azeitonas sensuais no cheiro e sabor. A conversa escorreu nos copos cheios de Loios amadurecido e docemente frutado, gravitando para a destilação da tarte mista de alfarroba e maçã. Jameson forte na conversa escorrida. Café tragado e toca a levantar rumo à noite profunda...

Sexy Christmas...

Private One...

"Hoje Jantar; ponto de encontro às 20h00 no Bola Branca. Aparece ou serás enforcado!!!"

Caro Jorge não havia necessidade da sms tão violenta nesta quadra natalícia embuida na santa paz do senhor. No entanto lá estaremos para uma noite de convívio na companhia do deus Baco.

Até Já

Paulo

"À Portuguesa"

Como tuga que me prezo, faço amanhã o que poderia fazer hoje na calma segura do tempo atempado. Devoro uma sandes de queijo da ilha enquanto o relógio já corre contra mim. Menos de uma hora para apanhar o expresso rumo ao Algarve desejado. Saio da maison que nem um foguete ressacado, fruto da falta de tempo que me consome. Tempo (?!) ainda para passar no correio, em plena baixa portuense, para deitar com carinho envelopes com lembranças simples para gente do coração profundo. É tempo de arrepiar caminho...Para o South marchar, marchar...(e chegar rápido, bem rápido)

Expresso do Oriente

Nas noites que antecedem uma viagem longa, sempre a mesma dificuldade fornicante de adormecer. Verificar se as prendas estão a postos; actualizar as notas rascunhadas de alguns telefonemas profissionais para fazer em viagem, bem como colocar meia dúzia de peças de roupa in the journey bag. Arrumações de memória e verificar mentalmente se nada falhará. Adormeço, mas acordo com a chuva gotejante a engrossar fileiras na minha insónia. Mais um cigarro de fumo num não-sono.

Acordo e Recordo...

A Todos...(e para todos...)

Domani

Amanhã dia de viagem longa e reencontros ansiados, rumo ao meu Algarve de coração. Como sempre, desde há 16 anos, deixo um pouco - muito - de mim na Invicta. Dilema do eterno retorno em que gravitamos entre vários pontos cardinais, apelidando a todos de "casa", "refúgio" ou "santuário". Hora prevista de chegada pelas 16 horas com o primeiro abraço ao meu mejor amigo: Meu Pai. A seguir destilar no abraço materno da Dona Virginia; beijar os fofos Francisco e João (amanhã dia de minha mãe de fazer de "Avó por um dia"). A noite foge de Faro para Paderne, com a ida ao futebol para ver o Padernense-Farense com amigos de longa data. Depois o descanso saboroso na minha cama de sempre com aquele odôr mágico que me faz exclamar mentalmente: My Home, at Last!!!

Humor Me...

Natal na India...

Chama-se a "isto" Fome...

Natal (no sapatinho vermelho...)

Ontem, noite de particular gozo orgásmico com a vitória do "meu" Benfica ante os Dragões da "minha" Invicta de adopção. Não sou de cuspir no prato onde como há já 16 anos nem de dar uma de filho adoptivo sem gratidão; mas a ilógica passional do amor avermelhado fala mais alto, e que a vitória de ontem soube a um bom prato de Natal bem recheado...

Post Scriptum: Cada vez mais me rio - sorrio - mais com a clubite aguda sem nexo dos sites institucionais dos 2 maiores clubes Portugueses...sigam os links AQUI e AQUI...

Fala que Sabe...

também na zon angola ficou on

se isabel dos santos podia viver sem a 'zon'?...podia, mas não era a mesma coisa.

eu sei que existem contrapartidas de investimento português em 'angola' em relação a este negócio mas o que ninguém parece poder negar é que estaremos, não talvez mas seguramente, a assistir à mais rápida inversão histórica, no campo económico, de uma relação entre o país colonizador e aquele que era colonizado.

basta verificar os níveis de crescimento dos últimos anos nos dois lados, e os previstos para os próximos, para comprovar esta conclusão.

e inda agora a procissão não saiu do adro!

Cit in António Boronha

Natal in Somália

Benfica-Porto

Este ano ando empolgado com a veia goleadora deste Benfica com veia goleadora, em que a virgindade das frágeis redes, é constantemente desflorada com a exactidão de um Casanova Futebolístico, em que a paixão pelo golo deixa "tudo e todos" apaixonados pelo perfume destilado. No entanto o Porto de Jesualdo é aquela prendinha de Natal que gostaria de levar no sapatinho, rumo ao meu Algarve de Coração...bem trituradinho e esturricado no assador da luz...claro está...

Natal...

Confesso pela enésima vez que não acho nada graça a esta época do ano denonimada de "Natal". Pode parecer um pouco de embirração de minha parte (descendo de uma longa tradição de teimosos-crentes-casmurros...), mas a hipocrisia reinante de sermos bonzinhos, de darmos a esmolinha aos pobres e fazermos os telefonemas que não efectivamos durante o restante ano, parece, aos meus olhos de consciência, algo de azedo com uma máscara bem forte.

Altura de sermos extremamente simpáticos com toda a gente, de vestirmos as nossas melhores roupagens de camuflagem encaputada e de (re)demonstramos ao (i)real social que somos boas pessoas com grande estatura moral e ética. Tudo "isso"repugna-me muito...afinal somos uma mistura de fel e de mel natural...

Wanda Stuart (on the rock´s)