Chama-se Aung San Suu Kyi; prémio nobel da paz, encontra-se em prisão domiciliária há cerca de 20 anos na antiga Birmânia. Recusou sair do pais em troco da sua liberdade individual. Nos últimos dias - contra todas as expectativas - um movimento organizado e em crescendo, de monges têm se manifestado pela sua liberdade individual e pela liberdade colectiva de todo um povo oprimido e escravizado. Na sua simplicidade, Suu Kyi saiu num dia de chuva da sua casa e a chuva molhou as suas lágrimas num arauto de uma liberdade que irá surgir. Hoje foram vinte mil monges e civis a se manifestar. Amanhã serão muitos mais, até que a liberdade rompa e a tirania caia. Até lá uma homenagem simples a uma mulher de armas - pacifica - na qual a chuva deposita as suas lágrimas que anunciam liberdade.
segunda-feira, setembro 24, 2007
SUCESSO MADE IN ISCAP
A noite de sexta-feira (21 set.) comprovou mais uma vez a força do excelente e grande Iscap. Uma noite que amanheceu cedo (23h) e durou até às 05h da madrugada. No bonito galeria bar, espaço multifuncional e estéticamente inovador, a turba estudantil divertiu-se ao som da música destilada pelas mãos melódicas dos dj´s Rodry e Artur S.
Aqui seguem os agradecimentos especiais :
Joana (Iscap)
Adolfo (Iscap)
Jakes (exm. Dux Iscap)
Artur Stanislau e Rodrigo (dj´s)
Filipe e Eduardo (Galeria Bar)
e todo o restante staff e estudantes made in Iscap.
sexta-feira, setembro 21, 2007
HOJE FIESTA ISCAP!!!
Azias à parte, hoje à noite uma grande fiesta que promete : Iscap invade literalmente o Galeria Bar, na Rua das Flores (perto de São Bento). Não faltes a uma noite organizada aqui pelo je, na qual as bebidas serão a preços académicos : Finos a 1,5 euros e brancas a partir de 3 euros. Don´t Miss! Just Party!
AZIA
Como muitos daqueles que frequentam este espaço bloguístico sabem, uma das muitas actividades que desenvolvo na área especifica da comunicação (forma elegante de dizer "isto ta fucked e temos que acumular jobs para ganharmos a vida...") é a produção e realização de eventos. Focalizando especialmente para uma área que me é particularmente querida : O universo estudantil universitário.
Ao contrário de alguns pseudo relações públicas iluminados pela febre da necessidade, nas alturas boas e nas alturas menos boas, a minha opção foi sempre clara e pragmática : Eventos com estudantes universitários. Este post não trata de azia venenosa para aquele(s) que agora tentam desesperadamente ganhar a sua vida com os estudantes, agarrando-se à última tábua de salvação antes da queda aos abismos profundos. Trata sim de azia profunda a orgãos institucionais como a Câmara Municipal do Porto, Governo Civil da invicta ou a ASAE. Numa premissa básica e quase subliminar, o apelidado estado de direito deveria defender quem trabalha arduamente e paga os seus impostos. Não é isso que sucede actualmente neste pais em estado de transe depressivo-alegre.A recente onda de terror de sangue na noite portuense, foi precedida por uma caça ás bruxas, essencialmente, aos pequenos e indefesos da noite portuense. Aos pequenos empresários que fazem acordos de pagamento de multas camarárias injustas aos seus estabelecimentos. A todos aqueles que tentam sobreviver honestamente a trabalhar com ética e moral em tempos de crise aguda. De facto foi lançada uma cortina de fumo (parafraseando Churchil noutro enquadramento) para tapar a inépcia e medo da autoridade do estado de direito para chegar ao busílis da questão : existem máfias organizadas na noite do Porto.
No entanto é mais fácil confiscar dvds piratas na feira de Custóias ou fechar pequenos bares na Ribeira do Porto; enfim...
quinta-feira, setembro 20, 2007
ESPECIAL REGGAE (I)
O reggae é um gênero musical que tem a sua génese criadora - criativa - na Jamaica. O auge do fenómeno reggae ocorreu na década de 1970, quando este gênero se espalhou-se à escala global. É uma mistura de vários estilos e gêneros musicais: música folclórica da Jamaica, ritmos africanos, ska e calipso. Apresenta um ritmo dançante e suave, porém com uma batida bem característica. A guitarra, o contrabaixo e a bateria são os instrumentos musicais mais utilizados.
As letras das músicas de reggae falam de questões sociais, principalmente dos jamaicanos, além de destacar assuntos religiosos e problemas típicos de países pobres, com conjecturas desfavoráveis e alta voltagem e desigualdade entre classes e estratificações sociais.
O reggae recebeu, nas suas origens, uma forte influência do movimento rastafari, que defende a idéia de que os afrodescendentes devem ascender e superar sua situação através do envolvimento profundo a nível político e espiritual.
Na década de 1950, começam surgir os grandes nomes do reggae como, por exemplo, Delroy Wilson, Bob Andy, Burning Espear e Johnny Osbourne, e as bandas The Wailers, Ethiopians, Desmond Dekker e Skatalites. Nesta época, grande parte das rádios da Jamaica, de propriedade de brancos, se recusavam a tocar reggae. Somente a partir da década de 1970, o reggae toma corpo com cantores que ganham o mundo da música. Jimmy Cliff e Bob Marley tornam o reggae um estilo musical de sucesso no mundo todo. Em 1971, a música I Can See Clear Now de Johnny Nash, assume o topo nos hits de várias rádios na Inglaterra e nos States.
A década de 1970 foi então a época dos grandes sucessos do reggae. Várias músicas marcaram época e alcançaram o topo na lista de sucesso das rádios: I Shot the Sheriff (versão de Eric Clapton ), Peter Tosh com Legalize It e No Woman , No Cry de Bob Marley.
Vários cantores e bandas passam a incorporar o estilo reggae a partir da década de 1980. Eric Clapton, Rolling Stones e Paul Simon fazem músicas, utilizando a batida e a sonoridade dançante e suave. Atualmente, vários cantores e bandas fazem sucesso nesse gênero musical : Ziggy Marley, Beres Hammond, Pulse, UB 40 e Big Mountain.
O reggae recebeu, nas suas origens, uma forte influência do movimento rastafari, que defende a idéia de que os afrodescendentes devem ascender e superar sua situação através do envolvimento profundo a nível político e espiritual.
Na década de 1950, começam surgir os grandes nomes do reggae como, por exemplo, Delroy Wilson, Bob Andy, Burning Espear e Johnny Osbourne, e as bandas The Wailers, Ethiopians, Desmond Dekker e Skatalites. Nesta época, grande parte das rádios da Jamaica, de propriedade de brancos, se recusavam a tocar reggae. Somente a partir da década de 1970, o reggae toma corpo com cantores que ganham o mundo da música. Jimmy Cliff e Bob Marley tornam o reggae um estilo musical de sucesso no mundo todo. Em 1971, a música I Can See Clear Now de Johnny Nash, assume o topo nos hits de várias rádios na Inglaterra e nos States.
A década de 1970 foi então a época dos grandes sucessos do reggae. Várias músicas marcaram época e alcançaram o topo na lista de sucesso das rádios: I Shot the Sheriff (versão de Eric Clapton ), Peter Tosh com Legalize It e No Woman , No Cry de Bob Marley.
Vários cantores e bandas passam a incorporar o estilo reggae a partir da década de 1980. Eric Clapton, Rolling Stones e Paul Simon fazem músicas, utilizando a batida e a sonoridade dançante e suave. Atualmente, vários cantores e bandas fazem sucesso nesse gênero musical : Ziggy Marley, Beres Hammond, Pulse, UB 40 e Big Mountain.
CHOQUES GERACIONAIS
Li na edição on-line de ontem do Jornal de Noticias que o governo Civil de Braga distribuiu 4500 telemóveis gratuitos (e com chamadas a custo zero) a idosos do concelho para combater o isolamento desse estracto da população bracarense. Iniciativa louvável dirão muitos; no entanto o isolamento social tem uma estratificação - ramificação - muito mais profunda na análise e na génese do conteúdo. Doença dos tempos modernos, o isolamento começa no desmembramento precose do núcleo duro da estrutura familiar, desenvolvendo-se - tendencialmente - de forma progressiva também devido ao facto que a sociedade analisar e julgar o idoso como material nocivo e não reciclável.
Não é com telemóveis que se resolve o problema geracional entre pais e filhos, mas sim com educação social e emocional, aumento progressivo das reformas miseráveis que muito auferem e com programas camarários (financiados pelo poder central) de ocupação de tempos livres, cursos em áreas de interesse geral e específico.
Afinal, na minha modesta opinião, acho que o caminho passa pelo human touch e não pela frieza de uma esmola tecnológica, que sendo útil não será prioritária para substituir a doçura do toque, da conversa directa olho no olho e a realização do idoso enquanto elemento (ainda) válido na sua comunidade.
ATÉ JÁ JOSÉ
Não foi suficiente ser special one e ter o toque de Midas dos predestinados, para evitar um duelo de titãs com Ibranovich ditando a consequência inevitável de sua saida. José Mourinho sai do Chelsea como o treinador mais vitorioso de sempre do clube, encerrando um ciclo de hegemonia no futebol inglês, onde só falhou na conquista de um ceptro europeu. Hoje a tendenciosa e sencionalista imprensa inglesa desfaz-se em elogios fúnebres e elegias emocionais à saida de José Mourinho. No entanto Mourinho foi simplesmente...Mourinho. Saiu pelo seu pé, despediu-se dos seus key players e deixou a nação-Chelsea em estado de choque. Ou muito me engano ou o pretensioso milionário Russo se irá arrepender amargamente do processo o qual despoletou para apressar a saida de Mourinho.
quarta-feira, setembro 19, 2007
ESPECIAL POP ART (I)
Movimento essencialmente com raizes americanas e britânicas; sua denominação foi empregada pela primeira vez em 1954, pelo crítico inglês Lawrence Alloway, para designar os produtos da cultura popular da civilização ocidental, sobretudo os que eram provenientes dos Estados Unidos. Com raízes no dadaísmo de Marcel Duchamp, o pop art começou a tomar forma no final da década de 1950, quando alguns artistas, após estudar os símbolos e produtos do mundo da propaganda e publicidade nos Estados Unidos, passaram a transformá-los em tema de suas obras. Representavam, assim, os componentes mais ostensivos da cultura popular, de poderosa influência na vida quotidiana na segunda metade do século XX. Era o regresso a uma arte figurativa, em oposição ao expressionismo abstrato que dominava a cena estética desde o final da segunda grande guerra. Sua iconografia era a da televisão, da fotografia, da popular banda desenhada, do cinema e da publicidade no seu estado puro.
Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objectos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, banda desenhada, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objectos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado fora de moda ("kitch"), virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
Principais Artistas:
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados.Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular. Roy Lichtenstein (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.
Com o objetivo da crítica irônica do bombardeamento da sociedade pelos objectos de consumo, ela operava com signos estéticos massificados da publicidade, banda desenhada, ilustrações e designam, usando como materiais principais, tinta acrílica, ilustrações e designs, usando como materiais principais, tinta acrílica, poliéster, látex, produtos com cores intensas, brilhantes e vibrantes, reproduzindo objectos do cotidiano em tamanho consideravelmente grande, transformando o real em hiper-real. Mas ao mesmo tempo que produzia a crítica, a Pop Art se apoiava e necessitava dos objetivos de consumo, nos quais se inspirava e muitas vezes o próprio aumento do consumo, como aconteceu por exemplo, com as Sopas Campbell, de Andy Warhol, um dos principais artistas da Pop Art. Além disso, muito do que era considerado fora de moda ("kitch"), virou moda, e já que tanto o gosto, como a arte tem um determinado valor e significado conforme o contexto histórico em que se realiza, a Pop Art proporcionou a transformação do que era considerado vulgar, em refinado, e aproximou a arte das massas, desmitificando, já que se utilizava de objetos próprios delas, a arte para poucos.
Principais Artistas:
Robert Rauschenberg (1925) Depois das séries de superfícies brancas ou pretas reforçadas com jornal amassado do início da década de 1950, Rauschenberg criou as pinturas "combinadas", com garrafas de Coca-Cola, embalagens de produtos industrializados e pássaros empalhados.Por volta de 1962, adotou a técnica de impressão em silk-screen para aplicar imagens fotográficas a grandes extensões da tela e unificava a composição por meio de grossas pinceladas de tinta. Esses trabalhos tiveram como temas episódios da história americana moderna e da cultura popular. Roy Lichtenstein (1923-1997). Seu interesse pelas histórias em quadrinhos como tema artístico começou provavelmente com uma pintura do camundongo Mickey, que realizou em 1960 para os filhos. Em seus quadros a óleo e tinta acrílica, ampliou as características das histórias em quadrinhos e dos anúncios comerciais, e reproduziu a mão, com fidelidade, os procedimentos gráficos. Empregou, por exemplo, uma técnica pontilhista para simular os pontos reticulados das historietas. Cores brilhantes, planas e limitadas, delineadas por um traço negro, contribuíam para o intenso impacto visual.Com essas obras, o artista pretendia oferecer uma reflexão sobre a linguagem e as formas artísticas. Seus quadros, desvinculados do contexto de uma história, aparecem como imagens frias, intelectuais, símbolos ambíguos do mundo moderno. O resultado é a combinação de arte comercial e abstração.Andy Warhol (1927-1987). Ele foi figura mais conhecida e mais controvertida do pop art, Warhol mostrou sua concepção da produção mecânica da imagem em substituição ao trabalho manual numa série de retratos de ídolos da música popular e do cinema, como Elvis Presley e Marilyn Monroe. Warhol entendia as personalidades públicas como figuras impessoais e vazias, apesar da ascensão social e da celebridade. Da mesma forma, e usando sobretudo a técnica de serigrafia, destacou a impessoalidade do objeto produzido em massa para o consumo, como garrafas de Coca-Cola, as latas de sopa Campbell, automóveis, crucifixos e dinheiro.Produziu filmes e discos de um grupo musical, incentivou o trabalho de outros artistas e uma revista mensal.
BODY COUNT
Registo com agrado a subida gradual do número de visitantes do meu site impessoalmente pessoal. Cybernautas de 36 paises e 30 cidades diferentes - espalhadas por todo o globo - dão-me a satisfação e a supresa sincera de ,cada vez mais, querer fazer mais e melhor neste espaço que tanto é meu como de todos o que o frequentam. Sem demagogias nem falsos lirismos espero continuar a corresponder às vossas expectativas e - factor nuclear para mim - disponibilizar para todos vós uma informação mix, na qual a componente de visão critica pessoal se mistura com informação global analitica do mundo que nos rodeia, abraça e envolve.
MEMÓRIAS DELICIOSAS
Um conselho de amigo : Cliquem em http://abrilprisoesmil.googlepages.com
Uma página simples mas intensa, doce mas amarga, que nos remete para tempos não muitos distantes. Para ler, meditar e digerir lentamente.
NO MR JÚDICE!!!
Assisti com horror às recentes declarações de António Júdice ao Jornal da 2. Petrificado perante o pequeno ecrã, vi Júdice afirmar convictamente no alto do seu elitismo intelectual - a falar para as massas - que o factor justificativo da nova lei penal é , segundo tal personagem, um imperativo moral no qual é preferível "Um criminoso à solta do que um inocente na prisão".
Cá para mim, que sou do povinho, custa-me a aceitar uma afirmação deste calibre que me remete para a mais elementar injustiça primitiva, não condizente com um pais de cultura europeísta e democrata.
ETERNO 10 DO POVO
Lembro-me essencialmente do golo que marcou ao Benfica ao serviço da Fiorentina, chorando convulsivamente qual menino-homem que cometeu pecado doce, com aroma de pecado proibido. Destilou sua magia pelo exigente calcio italiano, voltando à sua catedral da Luz para ainda brilhar de forma intensa, não como uma estrela cadente destilando os últimos passos de dança do tango futebolístico, mas (re)demonstrando a arte do bom futebol frutado com odores de classe própria dos puros sangue intemporais e como tal eternos no seu brilho. Quiçá Rui é filho divino dos deuses sentados no Olimpo do futebol. É do povo sofredor que vive o dia a dia como uma aventura trepidante, num pais onde agora a nova moda - fundamentada pela lei - é soltar criminosos e espalhar o pânico nas ruas já escuras da lusitânia. Valha-nos o perfume de Rui Costa em 90 minutos de puro prazer, num estádio perto do coração dos apreciadores de bom futebol.
segunda-feira, setembro 17, 2007
JUSTIÇA PROCURA-SE
Não bastando (sobre)vivermos num pais no qual a justiça em muitos casos tarda, morre solteira e virgem ou simplesmente se aplica em vários pesos e várias medidas, eis que uma nova versão hardcore do código penal está a permitir na prática a libertação de condenados efectivos, e, em muitos casos, autores materiais e condenados de crimes de sangue. A aberração desta nova variante em que o busilis da questão é o conceito de prisão preventiva, irá desacreditar um sistema que tendencialmente já protege os poderosos, passando também a defender quem derrama o sangue alheio.
O SOCO DE SCOLARI
Portugal continua a caminhar de forma irregular na luta - acesa ao rubro - rumo ao Euro-2008. Não bastando a triste caminhada dos tugas, eis que, qual pugilista profissional, Scolari decide efectuar um grito de Ipiranga em versão Mike Tyson, agredindo um jogador Sérvio. Sinceramente no calor da luta por vezes quase tudo se torna irracional e errar "humanus est" mas o que me provocou calafrios foi verificar a postura arrogante de Scolari na conferência de imprensa de (aparente) mea culpa. Retive a frase "Se errei, peço desculpa, mas...".
Em muitas ocasiões defendi Scolari, pelo seu passado, pela sua competência e pelos resultados falarem por si, mas será da mais elementar consciência condenar de forma enérgica não somente o acto em sim - agressão - como no cerne da questão, a falta de humildade na hora de assumir o erro e pedir desculpa a quem de direito.
Começo cada vez mais a ficar fan dos Lobos do Rugby; pelo menos esses são amadores, correm em busca da glória e cantam a Portuguesa com orgulho e convicção. Já repararam que os meninos do futebol cantam o nosso hino em versão playback encravado?!
sexta-feira, setembro 14, 2007
PALAVRAS DO VENTO
quinta-feira, setembro 13, 2007
PALAVRA DO TEMPO
Madrugada de 25 de Abril de 1974, parada da Escola Prática de Cavalaria, em Santarém:
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente.Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
"Há diversas modalidades de Estado: os estados socialistas, os estados corporativos e o estado a que isto chegou! Ora, nesta noite solene, vamos acabar com o estado a que chegámos. De maneira que quem quiser, vem comigo para Lisboa e acabamos com isto. Quem é voluntário sai e forma. Quem não quiser vir não é obrigado e fica aqui."
Todos os 240 homens que ouviram estas palavras, ditas da forma serena mas firme tão característica de Salgueiro Maia, formaram de imediato à sua frente.Depois seguiram para Lisboa e marcharam sobre a ditadura.
Trinta e três anos após a revolução dos cravos voltamos ao "estado a que isto chegou"...
quarta-feira, setembro 12, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
NOVO SITE
Como o demónio da criação está sempre a me atormentar, eis que surge nas brumas da memória latejante a idéia de mais um site :
Cliquem, deixem a vossa opinião e, claro está, encaminhem para os vossos contactos. Brevemente um infoacademia sugestivo (outra tentação do demónio da criatividade) que irá vos informar sobre as noches mais académicas, made in Porto.
MÉRITO DE (procurar) SER FELIZ
Sempre fui habituado pelo meu clã patriarcal (leia-se Pai e Mãe) a enfrentar as dificuldades da vida de frente, sem sucumbir a ventos laterais e traições traseiras de quem, por vezes, menos esperamos. A vida possui a magia branca de nos possibilitar momentos de prazer e realização, como também nos dá a faceta de black magic, que tanto nos perturba e interfere com o nosso real equilibrio. Por vezes as dificuldades imensamente intensas fazem-nos ter vontade de capitular e assinar os autos de rendição.
Ontem à noite estava a falar com uma daquelas pessoas especiais que valem a pena de forma plena pelo que são e pelo brilho que destilam no mundo. E entre palavras cúmplices, acho que chegámos à conclusão que a realização do ser humano não é mais do que transpôr barreiras e pular fronteiras, sem dar a real satisfação a todos aqueles que querem que assinemos uma rendição humilhante sem termos...n'est pas chérrie?
BIN LADEN 6 ANOS DEPOIS
Passados seis anos depois do trágico nine/eleven, o mundo continua a ser aquela ruela escura onde os policias não passam, as crianças evitam olhar e os adultos guardam medos secretos acerca de fantasmas reais. Bin Laden reapareceu num video onde reafirma as mesmas anti-causas e as mesmas ameaças declaradas. Tudo mudou com o 11 de Setembro, mas no mundo nada mudou depois do 11 de Setembro. A ruela continua a ser escura e com muitos medos por desvendar, mas tendencialmente presentes, qual monstro de cinzas palpáveis, sempre a renascer como uma phénix revigorada que se alimenta do medo global e da inépcia de alguns imperadores sem trono.
segunda-feira, setembro 10, 2007
HOMENAGEM MERECIDA
Pareçe incrivel como, num pais que maltrata os seus atletas no geral, podemos ter a qualidade e perseverança para alcançar resultados de monta e brilharetes mesclados de raça e fúria Tuga. Aqui fica uma pequena homenagem aos comandados de Tomaz Morais, que, independentemente dos scores, orgulham todos aqueles que se identificam com a raça e atitude repleta de emoção que permite ultrapassar barreiras por vezes dificeis de escalar, qual montanhas selvagens por desvirginar.
NOITE COPOS E CONFUSÃO
Recordo-me que em sete anos de trabalho activo na noite, várias foram as confusões que afinal povoam algumas histórias que, com um foro forte de verdade, se transformaram em lendas urbanas, quer pelo seu lado marcante como pela sua faceta surealista. Na minha memória ficaram o nome de dois policias banais, que através de uma perseguição sistemática e provocante, fizeram do meu último ano ligado directamente à noite, um inferno de Dante, versão pós-moderna.
Tudo isto me veio à mente pelo grande aparato mediático da mega-operação lançada pela ASAE (Autoridade de Segurança Alimentar e Económica), visando fiscalizar e encerrar espaços ilegais na noite portuense. No entanto convém relembrar, entre as euforias da operação conduzida, que muitos dos espaços visados não estão legalizados, não por falta de vontade dos empresários mas sim pela teia burocratizante do Governo Civil do Porto, Câmara Municipal e Governo Central, que nada fazem e nada produzem visando diminuir timings de espera de licenciamentos requeridos.
Talvez fosse tudo mais simples se este Estado de Direito não fosse tão somente uma ode trágica, na qual a estética e camuflagem dilacera o que deveria contar : A qualidade de vida do cidadão em todas as suas ramificações.
sexta-feira, setembro 07, 2007
O MISTÉRIO DE MADDIE
Os novos desenvolvimentos do super mediático caso - à escala global - do desaparecimento da pequena Maddie, apontam para a mãe da criança ter sido constituida arguida no complexo processo que está a decorrer. Espero sinceramente me equivocar mas "cheira-me" a esturro igual ao caso Joana. E se assim for estamos perante mais um caso que nos fará perder (ainda mais) a esperança na espécie humana. Resta o ténue consolo que a justiça prevaleça e que no meio da confusão fétida a verdade se eleve. Doa a quem doer; custe a quem custar.
quinta-feira, setembro 06, 2007
OS MORTOS TAMBÉM FALAM
Existem ecos que o tempo e a não existência fisica apagam da memória do imaginário colectivo e das vozes interiores que nos assolam a todos. Os mortos falam através de mensagems surdas mas audíveis, directas mas subliminares, fugazes mas persistentes. Os mortos de Tianamen não calam na sua revolta. Salvador Allende ainda sopra ventos de resistência no Chile. Florbela Espanca destila os seus poemas inquietantes de forma inspiradamente melancólica. De Cuba ao Sudão os mortos anónimos das valas comuns dos ditadores suspiram por paz e justiça. Por aqui os vivos desesperam em tempos dificeis, procurando tendencialmente nos mortos do passado uma resposta negada pelo grande segredo universal.
A foto representa Caronte o barqueiro de Hades. Navegar, navegar, sempre navegar...
NOSTALGICAMENTE FELIZ
Com as férias já no campo do passado, onde moram os finados e os momentos de prazer de sol reconfortante e calor humano forte, é altura de cair na realidade da luta corpo a corpo do dia a dia e assumir que a vida não é nem um mar de rosas com fragância doce nem um campo cinzento de depressão constante. Tão simplesmente a vida é o reflexo das imperfeições do ser individual que cada um de nós constitui até ao dia que, através do último folego suspirado, constatemos que o que realmente interessou foram as recordações nostalgicamente felizes de momentos fragmentados de felicidade pulvilhada com quem connosco privou, amou, sorriu, chorou e sofreu.
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