quarta-feira, março 10, 2010

Janela Indiscreta (II)

Continuando...

Por vezes a densidade quase insuportável do dia a dia, resvala nesses caminhos e cultos de personalidades em que procuramos encontrar um naco de carinho e atenção; como se de uma montra de uma loja de roupa apetecível se tratasse. Continuo com a convicção que as respostas para a vida e suas curvas e ondas espumosas a esbaterem, se encontram na carne e na alma do contacto do dia a dia. das pessoas com que nos cruzamos, dos cheiros e aromas que interiorizamos, nos sonhos que queremos corporizar e assumir. Mesmo o sofrimento indesejável que surge; nos permite crescer rumo ao horizonte que brilha, mesmo que com uma luz por vezes imperceptível e ténue que nos parece ainda em versão meio acesa, meio apagada. 

Como em tudo na vida, na densidade real, o "segredo" passa por não nos deixarmos dominar pelas situações, quer no "corpo a corpo" do dia a dia, quer no "frente a frente" com uma tela fria de computador. Afinal, não devemos nos prender numa caixa de Pandora tecnológica...my opinion...

Janela Indiscreta (I)

O mundo, cada vez mais, se resume a um fluxo de teias interactivas que ligam de forma rápida e exponencial toda a humanidade de uma forma quase impensável há 10 anos atrás. O boom da internet; aliado aos ajustes tecnológicos que permitem que comuniquemos em tempo real em som e imagem, veio trazer também - paradoxalmente - o perigo do isolamento social. Na vida rápida e violenta que levamos no prête a porter do dia a dia, utilizamos a janela do nosso portátil para assumirmos por vezes outra(s) personagem(s) que não a nossa, corporizamos em fotos e perfis em redes sociais e afins o que não temos tempo para procurar - encontrar - no dia a dia. 

Na minha opinião, por vezes essa necessidade de ligação a "algo" torna-se numa doença, numa fobia em que perfis sucedem-se a perfis; em que identidades se cruzam com clones e nuances escamadas caso a caso. Vejo "isso" nas teias sociais activas a que pertenço e utilizo com regularidade. A necessidade exponencial de libertarmos a adrenalina e frustrações do dia a dia numa tela onde estão alguns amigos e muitos desconhecidos: O gajo casado mas insatisfeito que se esconde no anonimato, o predador sexual que tem os seus mecanismos de felino aguçados à espera da presa; o fulano ou a fulana que tem os processos rotinados para "dar umas fodas". Existe de tudo um pouco. Até aqueles que não sabem o que procuram.

Os espaços de interactividade em tempo real que nos permitem transmitir a uma teia maioritária de desconhecidos o nosso espírito, as nossas frustrações e anseios: Alguns reais, outros nem por isso. Procuro utilizar o Facebook, Hi5, Twitter e Blogger como estruturas de trabalho que me permitem chegar a um número alargado de pessoas; destilando sem máscaras e artifícios também um pouco do que sou como pessoa, minha identidade pessoal e colectiva; afinal marca e cunho que todos nós damos ao mundo.

Todos nós já passámos fases em que os refúgios e santuários públicos ou privados; com desabafos a amigos de coração ou a alegres desconhecidos, funcionaram como catalisadores de alma e de feridas em carne viva. Não podemos (não devemos) entrar é no jogo do Avatar; criarmos supra sumos de identidades e caminhos virtuais que nos levem a becos sem saída, que nos afastem do mundo real.

Continua...(já a seguir...)


Cookies...

Casa Vieira

Noite desaguada num Favaios em casa de amigos bem especiais; seguindo a romaria para o já pouso habitual de encontro quase em tom de tertúlia, na Casa Vieira. Costeletas aromatizadas com cogumelos e cenouras em molho divinal. Batatas aloiradas em tons redondos e finos, com arroz branco. No final, o toque celestial de um bolo de bolacha caseiro. Conversa destilada até a hora permitida pelo recolher obrigatório, fruto de mais um dia de trabalho.

terça-feira, março 09, 2010

Aquele Abraço

Lembrei-me da minha malta que labuta lá pró meu sul de origem, no Algarve que às vezes me parece longínquo, tal como se medisse a distância do Porto a Faro, como da China ao Brasil. Zéeei, Cuba, Luis, Jorge, Denny e Cª. Aqui fica "Aquele Abraço".

Crónica d'Adepto

Com o "andar da carruagem", cada vez mais me parece que o "meu" Benfica vai chegar ao final da corrida com o titulo de campeão no bolso. Apesar do assédio ao almejado ceptro, dado por parte do Sporting Bracarense (que o "outro" está enfim...), parece-me da mais elementar justiça dos deuses do Olimpo futebolístico que a equipa que melhor futebol pratica, com o maior número de vitórias, pontos e golos; seja aquela a dar uma alegria imensa à turba de 6 milhões cá do burgo. A minha sanidade de adepto irracional agradece...

Bunda...

Filhos do Pó

O mundo continua na sua escala gravitante entre o justo e o injusto. Tendencialmente o globo é uma vasta selva de extremos em que o intermédio e o ponto calibrado de equilíbrio não existe nas proporções devidas e expectáveis. Faço uma leitura rápida no google news, derivo para a wikipédia.org e pesquiso sobre o tema "Fome". 

Não vou entrar no caminho de metáforas filosóficas acerca da fome moral que grassa um pouco por todo o mundo. Falo da Fome, na sua frieza lapidar de quem quer pão para comer e não o tem. Falo das crianças na Palestina de estomâgo vazio e esburacado por anos de conflitos trucidantes. Falo da fome na Etiópia, no Sudão e na Eritreia. Penso - falo, escrevo - também da fome que já existe em Portugal e nos restantes países ditos desenvolvidos e industrializados. 

Mudo de esfera de pesquisa e vou para as páginas dos tablóides de referência; lentamente derivo para as web pages dos jornais desportivos e sites de banalidades. Envergonhado, reconheço a impotência para mudar o estado das coisas. Que serve escrever sobre a Fome quando nada posso fazer para mudar o estado das coisas. Merda de defeito o meu: O de querer sempre conseguir mudar as coisas para melhor...desligo o computador fodido...acendo um cigarro e olho o horizonte.

Ao Telefone Com...

Por vezes as obrigações profissionais "obrigam-nos" a falar com personalidades várias não somente na área do jornalismo per si, mas também nas nuances derivantes de toda a "tribo" de membros do grande grupo da área da comunicação derivante, de montante a jusante, de relações públicas, marketing  e afins. 

Hoje foi dia de ligar à excelente Jornalista Judite de Sousa. Conversa rápida mas agradável, e a certeza num curto telefonema de que o profissionalismo reconhecido à reportada, reflecte-se na atitude e postura demonstrada. Traduzindo em miúdos: Os grandes profissionais revelam-se também nos pequenos actos mundanos e na sua atitude perante a vida e perante as pessoas. 

Loja dos Chineses

Ontem à noite, jantar no chinês com companhia agradável de amigos. O pouso escolhido foi para os lados da Ribeira, recordando-me das noites vivenciadas na outrora pérola da Invicta no que toca à animação nocturna de bares, botecos e restaurantes.

 Sopa de ácido picante para devorar as entranhas, seguido de um magnifico crepe com picante. Escorrendo na noite, carne de vaca com amêndoas e uma massa divinal com aroma de ostras. Recordei, comi e hoje pago a factura do estômago não ter agora 20 aninhos...terá sido do vinho Gazela?!

segunda-feira, março 08, 2010

Curvas & Contra-Curvas...

M

Dia calendarizado para o culto (merecido) ás mulheres com "M" grande. Apenas aqui a lembrança simples mas sentida, derramada num pensamento forte e sincero para as Mulheres com "M" Extra-Large que fazem parte do meu percurso de vida. Obviamente, corporizo aqui esse pensamento colectivista e plural na figura doce e forte da minha Mãe: Virginia Maria Marques Correia...ADORO-TE...

Trocadilhos



Agito o teclado sem ideias claras acerca do que vou derramar textualmente. Acendo mais um cigarro; desta vez calmo e sem a sofreguidão de outros tempos. Sem inspiração, retalho palavras em frases curtas, ocupando espaço na tela para escalonar o texto equivalente a um post "diplomaticamente correcto". Rapidamente desisto do "politicamente correcto" (apercebo-me que atrás coloquei "diplomaticamente" mas não apago...) e parto para outros caminhos de densidade de alma e conteúdo.


Imagino na minha mente as memórias recentes, coso-as firmemente e procuro centrar-me no plano de trabalho da semana que está prestes a ser parida, sem dó nem piedade, somente com o gemido das manhãs que nascem fortes e estridentes, qual som de nós bebés a vir ao mundo com a fúria incontida e revolta plena de quem apenas quer seguir passo firme na vida.

Continuo sem conteúdo - sumo - para o post, sem carne para meter junto à ossada base de qualquer texto. Caio novamente nas frases curtas e trocadilhos sem muito nexo. Anicho-me na cama com o portátil no colo, afagado por 2 mãos que percorrem o teclado à espera que a inspiração surja forte e rodeada de magia. Penso em muitos fragmentos de tempo e espaço corporizados em rostos, cheiros e gestos. 

Rodopio e momentaneamente perco a batalha; amanhã novo dia e nova semana. As monotonias habituais e as supresas pelas quais ansiamos para cortar o tridente das rotinas das batalhas mundanas. Continuo a acreditar no AMOR, na firmeza das convicções e no tesão existencial que nos leva a todos, mais cedo ou mais tarde, a escolher caminhos sem o medo furioso que nos impede amiúde de agarrarmos a vida pelos cornos. Muitas vezes não existimos, apenas vegetamos na amálgama funda que constituem os nossos passos perdidos. Acaricio as almofadas e volto-me suavemente na cama. O amanhã espera-me já em sonhos. 

domingo, março 07, 2010

Alice (2º Tim Burton)

Moscatel (de Setubal)

Noite de Sábado passada no conforto e quente do lar ouvindo a chuva cair na companhia sempre desejada de amigos. Um bom Moscatel de Setúbal, intercalado por café aromático e cigarro(s) calmo(s), foi o mote para um serão bem passado na cumplicidade de conversas várias e sem conclusões de fundo. Afinal, acho que as conversas entre amigos não são para tirar conclusões Aristotélicas mas sim criar pontos de discussão  "sobre tudo e sobre nada"...

sábado, março 06, 2010

Gota(s)

Chove a potes no Porto. 

Por entre vento frio e chuva matreira, é possível vislumbrar as obras apressadas a desmoronar, as estradas a abrirem cicatrizes rasgadas no cimento e as pinturas "amanhadas" à pressa aquando das últimas eleições municipais. Em Monsanto o verde da zona molha-se de forma farta com as gotas abundantes emanadas pelos céus cinzentos e trovejantes. 

As palmeiras, perdidas no enquadramento arbóreo, agitam-se em par solidário, escorrendo lentamente num bailado estranho mas sensual. Passa pela minha mente uma noite simétrica e siamesa que me marcou para sempre...

Olhão no Porto

As boas e nobres gentes de Olhão (terra de meu pai), devem estar com um fel de frustração na boca após 81 minutos a ganharem ao todo poderoso FCP na própria Invicta. 

Tudo parece correr de mal a pior a este Porto sem sal de Jesualdo Ferreira. Entre um futebol descontinuado, faltas de rotinas de grande equipa e quebras nos padrões normativos exibicionais; esta equipa parece mesmo talhada para uma temporada frustrante em que a Liga parece cada vez mais se pintar de vermelho...resta saber se com tons Lisboetas ou do verde (vermelho) Minho...

X-Spot

A Criança (que deve existir em nós)

Confesso-vos que nunca percebi muita essa "cena" da divisão entre o mundo dos adultos e o equivalente das crianças. Nascemos e crescemos mental e fisicamente. Até a esta variante da história não existe muita dúvida na observação factual do que acontece desde o tempo em que a sensual Eva seduziu o incauto Adão e a cobra (cá para mim a cobra queria mesmo era "picar" o Adão...) enganou os 2 e, feito bufo (queriam que escrevesse "bufa"?!) delator, meteu tudo nos ouvidos celestiais de Deus. Seguimos para o estágio seguinte:A mulher desenvolve primeiro que o homem  a nível psicológico e físico.

Nada a opôr, pois lembro.me que no recreio da velhinha escola de São Luís em Faro, as meninas já providas de maminhas, gracejavam com as pilinhas pequeninas dos rapazotes incautos e exibicionistas, tendo conversas mais adultas e não promovendo concursos de peidos ou matando escaravelhos e queimando moscas (após operação meticulosa de retirar as asas às visadas...). Avançamos então para outra fase: A fronteira entre o mundo infantil e o complemento homónimo dos adultos. Bem...dei o meu primeiro beijo lingual e húmido aos 15 anos. Tive a minha primeira vez no limiar dos 16 e a primeira namorada a sério aos 17. Passei a fronteira?

Aos 18 marchei para a faculdade no Porto; conquistei uma falsa independência (alicerçada ainda na carteira dos meus pais...). Isso fez de mim adulto com passaporte para a vida adulta?

Sinceramente não sei (nem quero) responder a estas questões demasiadamente Freudianas e profundas(as pessoas passam metade da vida a responder e a colocar questões...). Sei apenas que quando vejo areia de uma praia tiro instintivamente os sapatos e colo os pés nus no areal molhado, que quando vejo putos na rua a jogar futebol arranjo  uma forma infantil de - nada subtilmente - conseguir dar uns pontapés na doce redonda. Sei que ainda muito tenho para aprender, e que ainda hoje com 35 anos me sinto um menino pequeno ao ouvir as histórias da minha avó "Tajana" ou a ouvir a censura gentil de meu pai e mãe.

Afinal acho que o segredo de uma vida bem vivida é mesmo sermos crianças no intimo de atitudes simples no mundo pré-lavado dos adultos cinzentos. "Aquele" mundo em que nos comemos vivos todos os dias, em que se assassinam taxistas para gamar  euros. Em que à nossa porta há gente a passar fome e olhamos para o lado na nossa altivez de maturidade adulta "não é nada connosco"

Esse - este - mundo às vezes cheira mal...muito mal...


sexta-feira, março 05, 2010

Mrs DJ (Mónica Seidl)

Do Baú...


Conto-vos sinteticamente (não tão sinteticamente assim...) uma pequena história que se passou comigo há cerca de meia dúzia de anos na Ribeira do Porto. Aqui o autor destas linhas locomovidas a cigarro e café, era relações públicas de 3 dos mais mediáticos bares dançantes académicos da Invicta (tom pomposo para denominar 3 tascos grandes, fenómeno de popularidade e alto impacto na camada académica do Porto). 

Numa  noite longa de festa louca, deparo-me com a visita sempre cinzenta de 2 agentes da bófia municipal cá do burgo. Entre os pedidos de licenças, as ironias fartas de ameaças e uma postura rude e arrogante; travou-se um daqueles diálogos de surdos-mudos extremado até ao tutano. Um dos elementos policiais, notoriamente "ganzado" (escrevo agora "alegadamente" para não ter problemas difamatórios, mas a questão não se coloca pois não menciono que os policias se chamavam Júlio e Paulo...); acusou-me de ser arrogante e prepotente (não o que estava ganzado, mas o gordo, sim para aqueles que conhecem a história...o Júlio) e de não respeitar a autoridade musculada (lógica salazarista e pidesca...) de quem não ouve e fala de cartilha viciada.

n.d.a Naturalmente a história acabou em multa punitiva por quem detém um falso poder, e numa troca de olhares glaciares entre as 2 partes envolvidas. Nada de estranho numa Ribeira que decaiu também pela má policia e autoridade ora musculada, ora obediente a servir interesses vários. 

Factual e Real.


Sombras & Pecados

Tripas à Moda do Porto (I)

Arrepio caminho rapidamente para comprar o pão do final de dia. Vento a esbater na chuva graúda que cai insistentemente, anunciando que a melhor opção de relax após um dia de trabalho é mesmo quadro paredes ao alto, aquecimento ligado e um bom digestivo após a refeição. No caminho um homem de barba mal amanhada revira o contentor do lixo. Gorro preto esburacado, com rosto seco e altivo. 

Reparo que as mãos, sujas no meio do lixo, estão cuidadas e aprumadas. Estranho contra senso este; tal como estranho é a porra do meu sentido de observação numa situação constrangedora com um semelhante do género humano. Por trás daquelas mãos cuidadas a remexer o lixo está a chave para o "segredo" que não tenho tempo (vontade) para descobrir. 

O telefone toca e é tempo de dar um beijo à Pipinha e à Ana; e aquele abraço ao Vareta. Dois dedos de conversa multiplicados em meia hora e sigo para o quente do lar. Olho para as minhas mãos e para a imundice das minhas unhas após um dia passado em frente do portátil a trabalhar e um maço de Austin (de contrabando) tragado. Afinal o segredo-chave está mesmo nas mãos...

Orgasmo(s)

O Dia Mundial do Orgasmo foi informalmente criado na Inglaterra no dia 31/07 por redes de sex shop.

Cit in Wikipedia

Abstenho-me de comentários...

A Pergunta

Será que com o actual enquadramento mundial de caos económico, desemprego galopante,e alterações climáticas radicais; o bicho homem ainda não se apercebeu que os comportamentos colectivos/individuais tem de mudar de forma bem, mas bem fuerte?!

quinta-feira, março 04, 2010

Photo-Finish

Noite de Encerramento do Aliados Winter Club versão Inverno...

Humildade vs Arrogância

Estou convencido das minhas próprias limitações - e esta convicção é minha força.



(Mahatma Gandhi)

Por vezes, forma recorrente, surgem-nos situações, actos e cenários; que nos levam para na penumbra frouxa dos lençóis de nossos pensamentos, para nos interrogarmos sobre nós mesmos e as relações com os outros. Por vezes temos que passar por doutos anjinhos ingénuos nos tropeções do dia  a dia; em outras ocasiões temos que assumir uma capa dura que resvala quase numa (falsa) arrogância absolutista. 


É difícil encontrar um ponto de equilíbrio no circulo que se nos depara constantemente. A vida é feita dessas quebras e rupturas, dessa procura constante de pontos de recalibração (palavrão sempre reinventado) em que procuramos na nossa coerência não nos trairmos enquanto pessoas na nossa ética e valor moral; mas também sem nos deixarmos espezinhar pelo fel destilado no ciclo simbiótico da vida fornicante. 

Humor Me...

Poesia Erótica


Uma Mulher


Uma mulher caminha nua pelo quarto
é lenta como a luz daquela estrela
é tão secreta uma mulher que ao vê-la
nua no quarto pouco se sabe dela

a cor da pele, dos pêlos, o cabelo
o modo de pisar, algumas marcas
a curva arredondada de suas ancas
a parte onde a carne é mais branca

uma mulher é feita de mistérios
tudo se esconde: os sonhos, as axilas,
a vagina
ela envelhece e esconde uma menina
que permanece onde ela está agora

o homem que descobre uma mulher
será sempre o primeiro a ver a aurora. 

Escrita sedutora de Bruna Lombardi

Bullying

Nas recentes (crescentes) noticias reportadas nos tablóides nos últimos dias, deparo-me com o fenómeno do Bullying. O toque de alerta na lusitânia parece ter sido dado pela morte trágica de um puto de 10 anos em Mirandela. Vitima de maus tratos dos colegas na escola; sem contemplações atirou-se ao rio num acto de desespero cortante. 


Fenómenos desta natureza não são virgens. Já no meu tempo de miúdo imberbe na escola primária, existia a figura dantesca corporizada do "Jaquim Gordo"; animal obeso de grande porte e avançado na idade infantil; que nos tiranizava no recreio e nos gamava as lancheiras com o fruto de sua força musculada e rosto disforme. 

Hoje em dia o fenómeno, parece menos inocente e mais pressionante. Grupos e pequenos gangs de miúdos que roubam, agridem e tiranizam, parecem ser cada vez em maior número. O estado assobia, os país ficam chocados e os conselhos directivos das escolas não actuam. Mais palavras para quê?!