Acho – tenho a certeza – que nunca escrevi nada de significativo sobre o mais velho realizador em actividade no cinema mundial. Não sou particular fan da sua obra; acho monótonos quase todos os seus filmes e não encontro razões válidas (para mim) para seguir com a avidez, de quem adora cinema, a sua vasta obra. No entanto existem coisas que me enchem a medida em Manoel de Oliveira. A sua fluidez de discurso fresco aos 100 anos; a forma desasombrada como idealiza sempre o “next steep”, esquecendo a idade e a proximidade do fim aparente. O seu exemplo como homem que ama o cinema e a vida, confundindo salutarmente os 2 elos, faz-nos sentir envergonhados com os nossos queixumes e lamúrias do jour a jour. Não sou fan, mas sou…
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