Lembro-me da minha tia Glória contar a forma como pulou para França, com pés descalços e cheios de sangue de uma nação manchada pela guerra colonial, fome e repressão. A ela, antecederam na cadência os tios "François" e Eduardo; o primo Januário já rebelde e muitos mais membros ilustres do meu clã de origem. Anos depois encontro a analogia que fecha a quadratura do circulo nas palavras do Sr. António e Dona Esperança. Revejo-me um pouco na tomada de assalto que fiz do Algarve de Faro para o Porto nortenho. Afinal tudo se trata do nosso grito interior a sair para fora e corporizar a revolta de um mundo melhor para agarrar. No meu caso não melhor, simplesmente diferente.
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