Recordo-me de nos termos conhecido há já 14 anos numa qualquer noche de copos animada incorporada no nosso ano de caloiro. Eu a nascer para a produção de eventos - forma de fazer uns trocos para as despesas mensais - os Blind a nascerem para a musica. Lembro-me dos copos no Canecão na velha ribeira portuense, da voiture avant-gard do baixista (ex) Marco : Um citroen super pálido e a cair de podre mas a transbordar de histórias vivas. Recordo-me da irreverência louca do baterista Pedro, da simpatia afável dos irmãos Vasco e Nucho e da pose cool - mas nada elitista - do vocalista Miguel. Inicios que se cruzaram e que ainda hoje recordo com a nostalgia doce do vivenciado, sentido e partilhado. A amizade mantém-se e os caminhos são designios misteriosos de deus-pan, que nos remetem para cruzamentos como os bastidores da Queima 2000 - je como assessor de imprensa, os Blind como estrelas de cartaz; ou o aniversário há cerca de 3 anos no Meia Cave, antecedido por uma entrevista cúmplice e deliciosa entre amigos intemporais, fruto dos acasos dos designios universais.
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