segunda-feira, maio 03, 2010

Nós (e os outros)

Tendencialmente, a vida moderna faz-nos por vezes esquecer que o mundo é um jogo de relações pessoais que se estabelecem. Nada merece - vale - a pena ser vivenciado sem o acto supremo individual de partilha colectiva. Mesmo o mais arrogante dos convencidos ou o mais humilde dos solitários, necessita de palco colectivo para adornar vitórias, carpir mágoas e derrotas ou exprimir a alma no decomposto pintado da aguarela multicolor do mundo. 

De facto, por vezes, esquecemos no nosso dia a dia trepidante que o acto supremo de um ser humano, mas suas batalhas ganhas e perdidas, é a partilha com o próximo. Tanto faz que seja um amigo fiel, uma amante sensual, companheira de todas as marés e tempestades; ou o rosto de nosso filho ou mesmo os traços de espírito de nossos pais. 

Tudo é simples e por nós complicado. Cheguei aquela "idade nova" dos 35 anos que até uma garrafa de vinho partilhada entre amigos num jantar calmo, me parece a mais suprema realização...afinal a idade não pesa...simplesmente divide o peso do que é importante...

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