Com o cheiro da fragância de verão a se fazer sentir no ar, o meu clima interior também muda; quiçá vinculo eterno ao meu Algarve ou tão somente os devaneios próprios das viscitudes da luta - corpo a corpo - do dia a dia. E é mesmo disso que se trata. Uma luta corpo a corpo diária, uniformizada no colectivo, fruto de um pais que sobrevive no imediato, bebendo nos seus medos e ansiedades uma vontade estranha e quase masoquista de continuar e proseguir rumo a uma qualquer quimera sebastiânica. Quem me conheçe no cerne do meu eu interior, sabe que sou um eterno optimista na vontade e força de proseguir. Agora é tempo de repensar mas continuar. Lutar -sempre - rumo a um futuro que não conheço, mas no qual a chama não se apaga e o fogo alimenta a procura de um amanhã em que o sol de verão brilhe, deixando para trás um outono de folhas caidas, um inverno de frios húmidos e medos negros.
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