terça-feira, maio 15, 2007

EXCERTOS DE MEMÓRIA


Lembrei-me primeiro dia passado no Porto, entre um cigarro nervoso e pensamentos outonais, desaguados pela densidade de um verão quente mas nostálgico. A velocidade terpidante dos eighteen falava mais alto, afastando fantasmas, e mergulhando na inconsciência leviana das dúvidas e medos por recalcar. Passaram já muitos verões quentes; muitos outonos lúgubres e outros tantos invernos frios e chuvosos na mente incoerente da minha memória individual e colectiva. Mas confesso-vos que a sensação única da descoberta de um admirável mundo novo mantêm-se sempre presente quando no meio da escuridão e trevas surge sempre uma luz salvadora ou um grito mudo cortado no silêncio da noite e escrito somente para mim em tons próprios que definem o nosso lado lunar e oculto. Transcendente, pleno, misterioso; dai talvez advém o orgulho pleno de não ser mais um Paulo, mas tão somente Farense. Uma questão narcicista de identidade diferenciada? Talvez...

1 comentário:

Anónimo disse...

talvez essa luz salvadora tu encontres numa mente pura e presente ,quem sabe??!!
beijo
ass:doida/felg.