Há cerca de uma década ficou célebre a frase do então candidato à câmara de Lisboa, Macário Correia que , segundo a sua douta opinião, beijar uma mulher fumadora seria o mesmo - a nivel de sensações libinosas - do que lamber um cinzeiro. Confesso-vos que na altura (como hoje) fiquei literalmente chocado com o alcance de tal expressão, na sua forma rude e fria de afirmação directa. Actualmente existem fortes tendências e correntes organizadas para limitar de forma castradora o fumador, tratando-o como um toxicodependente desnorteado e com pulsões e distúrbios graves de foro fisico e psicológico. Apesar de ser - infelizmente - fumador, reconheço de forma óbvia a necessidade do meu fumo não incomodar ou ajudar a matar todos aqueles que não tem o meu vicio "malévolo". Tudo a favor da proibição de fumar em locais de natureza pública como escolas, repartições públicas ou unidades hospitalares. Tudo contra a descriminação que proibe o fumador de "exercer" o seu vicio em cafés, bares ou restaurantes. Forma radical e persecutória de limitar, banir e reprimir de forma agressiva actos e comportamentos. Recuso-me a ser equiparado a um toxicodependente na sua génese e na sua estrutura "alterada"que, para sustentar o seu vicio, amiúde rouba mente ou engana.
Quanto á célebre frase de Macário Correia, só um pequeno reparo : Prefiro "lamber um cinzeiro" do que comer uma maçã pura e sem sabor...
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