|Working & Planning (and with a purpose😉🙃🙂)|
terça-feira, maio 08, 2018
Working & Planning
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quarta-feira, março 28, 2018
(Um testemunho) Da Pré-História Informática á Revolução Copernicana da Web
Ainda me recordo da (quase) pré meninice e dos primeiros contactos com o mítico ZX Spectrum e as filas intermináveis para adquirir as novidades dos jogos gravados em cassetes com um trade logo artesanal da US. Gold.
Anos mais tarde na faculdade o bocejante MS DOS e a aula de introdução à informática a acumular com cartão vermelho para o último ano do curso de Ciências da Comunicação; confusos (difusos) para mim, os conceitos informáticos e um pesadelo na minha cabeça ameaçando a conclusão da licenciatura almejada, juntamente com a cadeira de análise estatística (creio) cozinhada também com mais uma dose de um novo "monstro" denominado "sistemas informáticos".
Os primeiros contactos com jogos de computador na idade adulta e o primeiro boom da internet revolucionária, mas ainda pré histórica na velocidade e diversidade, levaram-me a uma inflexão nas barreiras mentais pré formatadas: A era da simplificação estava a chegar e eu instintivamente embarquei nela como um menino enamorado por uma loja de doces diversa e apelativa.
Fui aprendendo por mim, ora pesquisando ora perguntando aos primeiros crânios da área que conheci: Malta da FEUP, um misto de hackers iniciais e programadores de futuro assegurado.
Passando a minha fase de caloiro (não) virtual, o avanço progressivo das primeiras redes sociais em escala (quem não se lembra por exemplo do popular Hi5, ou o snapchat primitivo MIRC?), a curiosidade aguçou-se e limou arestas na prática que permitiu o desenvolvimento do meu embarque sem retorno no mundo das redes sociais, blogues e escrita criativa aliada também à componente profissional.
Passados vinte e cinco anos desta revolução industrial Copernicana, a nível da(s) forma(s) de vermos, comunicarmos e interagirmos com o mundo (pessoal e profissional), muito mudou e os desafios comunicacionais mantém-se em mutação acelerada.
Trabalhando na área da escrita criativa e produção de conteúdos, gestão de plataformas sociais e assessoria de comunicação; sinto todos os dias que o meu embarcar "no escuro" há 25 anos atrás trouxe-me alegres dores de cabeça, que moldaram para sempre o meu trajecto profissional, a minha vivência pessoal e a minha forma de encarar o mundo.
Passados vinte e cinco anos desta revolução industrial Copernicana, a nível da(s) forma(s) de vermos, comunicarmos e interagirmos com o mundo (pessoal e profissional), muito mudou e os desafios comunicacionais mantém-se em mutação acelerada.
Trabalhando na área da escrita criativa e produção de conteúdos, gestão de plataformas sociais e assessoria de comunicação; sinto todos os dias que o meu embarcar "no escuro" há 25 anos atrás trouxe-me alegres dores de cabeça, que moldaram para sempre o meu trajecto profissional, a minha vivência pessoal e a minha forma de encarar o mundo.
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segunda-feira, março 19, 2018
O meu (melhor) Amigo Pai
Policarpo era moço garboso, sangue na guerla no alto de olhos claros e cabelos loiros. Paulo nasceu com o mesmo espirito rebelde de não submissão; não loiro e muito menos com olhos claros, a mesma essência de comunicar e parlar sem parar (que se revelou útil anos mais tarde...).
Policarpo moldou-se nos tempos difíceis da austeridade da fome e da necessidade, da guerra colonial em que combateu por causas que não eram as suas; dos tempos do PREC, dos recibos verdes e da instabilidade política e emocional de um Portugal a (re)nascer com as dores de parto mal paridas.
Pai herói, melhor amigo de Paulo, prescindiu para dar, apoiar e acarinhar. Nunca se queixou dos sacrifícios, dos anos a fio com o mesmo calhambeque da idade da pedra, das vezes em que ter um filho a estudar fora do burgo pesava mais na bolsa do que qualquer rochedo de toneladas.
A vida seguiu e fluiu, ambos cresceram e amadureceram; lado a lado mesmo por vezes longe no contexto geográfico que dita a distância física mas nunca do sangue quente que varre o coração de quem ama e de quem quer bem, mais e melhor.
Ambos apressados, de olhos abertos sem esconder estados de consciência e de humores (bons e maus), ambos com fome de vida e de progredir, ambos com impaciência paciente de seguir, conhecer, amar e crescer.
Portugal mudou, morreram muitos dos mitos urbanos que nos agigantavam e nos davam a segurança que tudo iria correr bem. Perdemos Cunhal, Mário Soares, Eusébio, Sá Carneiro, Manoel de Oliveira, Zé Pedro e outros (muitos...demais...) tantos Pais da Nação.
Conheci países vários, vi catedrais, percorri ruas históricas, embarquei em aventuras mil, perdi e ganhei empregos, amei, (des)amei, iludi-me e desiludi-me, tudo no ciclo da vida, tudo mudando com o vento das marés que percorre a subjectividade humana.
Nunca mudou o amor e cumplicidade com o meu (melhor) Amigo Pai...até hoje...até sempre...sempre e para sempre...
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quarta-feira, março 14, 2018
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quarta-feira, outubro 05, 2016
Guterres no 5 de Outubro...
No 5 de Outubro da república a prova orgulhosa de mais um Português a impor se pelo mérito e excelência na esfera global...para alguns arautos da desgraca jornalística (jornaleira) cá do burgo de que Guterres não tinha hipóteses de eleição...a vaga de fundo partiu espontaneamente dos pequenos países que o (quase) novo secretário geral da Onu visitou nos últimos anos...ninguém esqueceu o seu papel a colocar o drama do Dafour na esfera mediática...nenhuma Georgieva de última hora mandatada pelo panzer germânico Merkl conseguiu evitar o inevitável...viva Portugal ( sem patriotismos bacocos mas com grito estridente como no golo do Eder...).
domingo, setembro 11, 2016
O meu 11 de Setembro
"Recordo-me como se fosse ontem"...seria o início adequado e politicamente correcto, mas não...não me recordo já de forma tão nítida desse dia negro que ficou marcado pelo cheiro da morte a ecoar em directo nas mainstreams views das tvs mundiais.
Julgo que me levantei a correr após mais uma noite longa. Na altura relações públicas de variadas estruturas, aproveitava a chegada tardia a meu apartamento para, no silêncio da noite, escrever textos para uma publicação digital ( no tempo pre histórico da internet) que possuía também versão mensal em papel.
Tinha combinado ir de manhã a minha Universidade de Formação ( U.Fernando Pessoa) beber um café com os amigos de sempre. Cheguei atrasado como usual na época, no momento exacto em que o segundo avião rasgava o céu azul e penetrava de forma bruta e seca o betao da segunda torre do World Trade Center.
Como milhões, assisti em choque ao acto hediondo que marcou também a minha geração do desenrascanço mor. Nada foi igual depois dessa manhã, nada ficou igual após esses dezasseis minutos que mudaram a face do nosso mundo e nos deram a conhecer o terrorismo em directo e com rostos definidos.
Rapidamente o burburinho habitual do bar da minha universidade foi substituído pelo silêncio pensativo somente interrompido pelo barulho do ferro de mais uma cadeira arrastada para alguém se sentar em silêncio e observar in loco a barbárie da carne queimada, da terra ensanguentada e dos mergulhos dos suicidas conscientes que preferiram a morte livre em voo picado contra o solo do que se submeterem à ditadura das chamas do fogo terrorista.
Não me recordo como se fosse ontem, no pormenor no rigor factual, mas até hoje nunca me esqueci da sensação de terror, vazio, revolta e impotência que senti...para mim onze de setembro escreve- se com a alma pesada e o coração em tons de fogo forte e ferro e betao retorcido (derretido). Também na esperança tola e talvez exçessivamente lirista de que o voo de todos os jumpers, que preferiram morrer pela queda livre e não envolvidos nas chamas criminosas, representasse o início do fim do medo colectivo e o primeiro passo na vitória contra o terrorismo travestido de religião.
sábado, setembro 03, 2016
Portugal em Chamas: "Os Comos e Porquês"
Mais um verão em que as chamas lavraram e consumiram vorazmente boa parte da área verde de Portugal. Um ano igual (pior) a tantos outros em que bombeiros e populares arriscam a vida contra a incúria do poder politico (já lá vamos..) e dos incendiários a soldo de interesses especulativos e os tão somente pirómanos com problemas existenciais/psiquicos.
Há boa maneira (informativa) cá do burgo, desdobram-se os debates dos "comos e porquês" (perfeitamente identificados pela enésima vez...), bem como o espectáculo grotesco das horas massacrantes (dramáticas) de live stream televisivo ao vasculhar no meio do enredo das chamas, as vidas destroçadas e por vezes perdidas de milhares em Portugal continental e ilhas (já lá vamos...).
Vamos por partes: A má operacionalização (quase inexistente) de "como" se devem preservar os tecidos florestais, o não avanço de legislação dura e punitiva para os incendiários (visto não ser possível nos preceitos cristãos ocidentais fazer uma queimada de pirómanos num caldeirão em lume brando), bem como ditames de lei que não permitem a expropriação de terras que constituam potencial perigo pela sua não limpeza e esquecimento de herdeiros, partilhas e novelas da vida; não permitem o avanço na prevenção prática da mata tuga.
Relativamente à tragédia de fogos que se abateu sobre a Madeira outras nuances se revelam: A construção selvagem e ilegal, os favores a empreiteiros e empresários e a má sustentabilidade (derivada da construção sem ordenamento) dos famosos "socalcos madeirenses", revelam a incúria criminosa que deveria ser fortemente penalizada por lei.
Outras medidas simples mas eficazes - como colocar presos em número massivo a limpar a floresta, transformar a maior parte de trabalho comunitário (fruto de delitos menores) em acções pedagógicas práticas nas quais a floresta e sua preservação fossem foco nuclear - seriam boas medidas e inicio de um novo paradigma ecológico, politico e penal.
Para o ano, infelizmente, estaremos aqui a debater o já debatido (esbatido), sem avanços e tendo como pano de fundo as dores e dramas dos rostos afectados e o mesmo cheiro abafado e irrespirável que as chamas proporcionam...afinal tão somente Portugal na sua faceta mais sombria...
Há boa maneira (informativa) cá do burgo, desdobram-se os debates dos "comos e porquês" (perfeitamente identificados pela enésima vez...), bem como o espectáculo grotesco das horas massacrantes (dramáticas) de live stream televisivo ao vasculhar no meio do enredo das chamas, as vidas destroçadas e por vezes perdidas de milhares em Portugal continental e ilhas (já lá vamos...).
Vamos por partes: A má operacionalização (quase inexistente) de "como" se devem preservar os tecidos florestais, o não avanço de legislação dura e punitiva para os incendiários (visto não ser possível nos preceitos cristãos ocidentais fazer uma queimada de pirómanos num caldeirão em lume brando), bem como ditames de lei que não permitem a expropriação de terras que constituam potencial perigo pela sua não limpeza e esquecimento de herdeiros, partilhas e novelas da vida; não permitem o avanço na prevenção prática da mata tuga.
Relativamente à tragédia de fogos que se abateu sobre a Madeira outras nuances se revelam: A construção selvagem e ilegal, os favores a empreiteiros e empresários e a má sustentabilidade (derivada da construção sem ordenamento) dos famosos "socalcos madeirenses", revelam a incúria criminosa que deveria ser fortemente penalizada por lei.
Outras medidas simples mas eficazes - como colocar presos em número massivo a limpar a floresta, transformar a maior parte de trabalho comunitário (fruto de delitos menores) em acções pedagógicas práticas nas quais a floresta e sua preservação fossem foco nuclear - seriam boas medidas e inicio de um novo paradigma ecológico, politico e penal.
Para o ano, infelizmente, estaremos aqui a debater o já debatido (esbatido), sem avanços e tendo como pano de fundo as dores e dramas dos rostos afectados e o mesmo cheiro abafado e irrespirável que as chamas proporcionam...afinal tão somente Portugal na sua faceta mais sombria...
terça-feira, agosto 30, 2016
O (não) Medalheiro Olimpico Português
Na plena ressaca ditada pelo fecho das Olimpiadas made in Rio 2016, eis que surgem as habituais criticas massivas após mais uma edição que se traduziu tão somente em uma medalha de bronze da excelente judoca Telma Monteiro.
Entre quem defenda que a passagem olímpica foi um fiasco absoluto, e quem, de unhas e dentes, afirme que a conquista de diplomas olímpicos e finais disputadas constituiu um êxito assinalável, fica o amargo de boca habitual que convém legitimar (ou não).
Num pais que não aposta na educação física na escola e nem estabelece o desporto no seu global como prioridade formativa, educacional e potencialmente competitiva (no sentido de subida de patamar para a alta competição); como podemos querer ser possível termos um medalheiro recheado a dourado?
Num pais que vive e respira futebol e que visualiza o restante desporto como parente pobre em que é necessário bater de quatro em quatro anos, para carpir mágoas onde não existem apostas e estruturas; como podemos no colectivo exigir resultados superiores aos obtidos?
Num pais que atravessou um ano desportivo dourado (futebol de onze, escalões de formação, variante de praia, hóquei em patins, etc etc..), criou se a ideia de que estes seriam os jogos olímpicos do nosso contentamento, como se existisse um investimento de base que formatasse campeões ao ritmo americano, chinês ou russo...
Somos o que comemos, somos o que (não) educamos, somos as viagens que fazemos e as pessoas que conhecemos. Somos o pais que nos legaram, o que tardamos em construir (investir).
Essencialmente possuímos na lusitânia pessoas que (de)marcam a diferença pela excelência que possuem, mas sem treino, planificação e investimento ficaremos sempre á porta do olimpo esperando a primeira oportunidade para criarmos ondas de pseudo intelectualismo para criticar, sem compreender que os campeões de uma pátria não se constituem tão somente pelo imenso talento e qualidade intrínseca mas também pelas condições apresentadas...o futuro começou sempre na escola...sempre...
segunda-feira, julho 18, 2016
De Nice a Istambul: Os Dilemas da Velha Europa
Quando se fala no terrorismo fundamentalista dos tempos modernos, inevitável "saltarmos" para a barbárie do ISIS. Quando reportamos a falta de democraticidade da doutinária Europa, ocorre-nos o exemplo subliminar da Turquia como retalho(s) de uma manta rota e com padrões (sinais) muito antagónicos.
Vamos por partes...em Nice um lobo solitário (ou não) comprovou que os limites do espírito maquiavélico inventivo não conhece fronteira. O desespero da perda de território físico do ISIS e dificuldade de comunicação e logística com as células Europeias é compensada pela expansão nos mídias sociais e consequente radicalização de, ora elementos já de si "educados on ISIS way", ora sugados na capa da desculpa da desgraça da lama mundana das drogas, rejeição social e afins.
Na Turquia um coup d état estranhamente falhado e com laivos de conspiração do ditador democraticamente eleito Erdogan, remete-nos para as falhas desta Europa fechada em si mesma e em figurões centrais que, ao tomarem o poder pela massificação dos votos, se perpetuam controlando todos os corredores de onde podem sugar autoritarismo e controlo absoluto.
De Nice a Istambul (passando por Ancara), a história dos últimos dias ditam-nos que nem o terrorismo irá desaparecer como por magia nem os dilemas da auto democracia absolutista se irão encolher. Dos States surge o perigo real da eleição de Trump, com a aliança a uma perigosa new england em que o Boris do nosso descontentamento surge como ministro da desgovernação estrangeira.
Tempos difíceis na Europa que se (re)tarda em (re)encontrar.
quarta-feira, julho 13, 2016
Allez Les Portugais (um pleonasmo a Santos e Companhia)
Começo este texto por contextualizar historicamente que nós tugas lusitanos resistimos a três invasões francesas...Não se esqueçam deste semi parágrafo na leitura do restante texto...a gerência agradece...
Colocando-vos "à vontadinha", estas palavras são o enésimo elogio hiperbólico à saga portuguesa em Franca em modus operandi do futebol e sua contextualizacao de um povo à beira mar plantado e com sementes polvilhadas nos quatros cantos do globo.
Nunca pensei que 32 dias após o início da saga na Gália chauvinista ( e também na democrática obviamente...)voltaríamos com a pena vitoriosa da careca de Quaresma tatuada no orgulho de todos nós. Nem nos sonhos mais perfeitos, naquelas noites em que os nossos adamastores são vencidos, pensaria que um grupo de patriotas furaria as linhas do "inimigo" e vingaria a honra de gerações de emigrantes que deram com as suas mãos a argamassa para reconstruir a França Gaulista ( não é gralha...) e levemente europeia.
A esta altura, muitos (alguns) de vós questionam a imparcialidade das palavras e soam em vossas mentes os alarmes subliminares que este é um texto tendencioso e talvez não politicamente correcto...essencialmente são pulsões quebradas tentando canalizar a emoção que tolda a razão e que nos remetem para o orgulho salutar de ser Português e ter comoção vaidosa de ser representado pela portugalidade duma selecção comandada por um herói silencioso, homem de fé, personalidade forte de humano bom e trabalhador ( avé santos!!!) com rumo definido, com capacidade de ser oráculo na anunciação da vitória antecipada em que nós todos não acreditávamos.
Orgulho desmedido de ser representado por madeirenses e algarvios (como eu), por cabo-verdianos e guineenses, por luso franceses e bulos criados na musgueira. Orgulho em ser cigano nos pés de Quaresma, penafidelense gladiador em José Fontes, africano em Nani, Danilo e outros tantos e capitão humanista coxeando no espírito de Ronaldo apenas mortal e vulnerável.Ser anti herói e underdog no espírito da luva branca no pontapé canhão de Ederzito...
Estou cansado, exausto na correria do dia a dia e do destroço humano que a nossa selecção me obrigou a ser na noite de Domingo. Bebi, fumei, stressei, acendi velas, rezei aos deuses do nosso fado tantas vezes maldito, mas essencialmente chorei sem vergonha da vergonha que milhares de emigrantes viveram e vivem no seu purgatório resignado do dia a dia em terras adoptadas por eles na busca dum futuro que foge no seu (nosso) pais.
Foi tempo de revolta e fúria, de correr e cantar o hino com mão no peito, de soltar os gritos amordaçados, de tomarmos a bastilha do nosso contentamento resistindo a insultos, vitórias antecipadas e autocarros de vitória precocemente revelados. Amo a França democrática mas abomino o Gaulismo autista da superioridade pretensa assente na contextualizacao da história já ida e por vezes distorcida (reforço...resistimos a três invasões francesas...).
Amo Paris multicolor, os croissants, os cafés de esquina e o destilar de cores modernas e cheiros pintados no antigo, mas odeio o que esta Europa fechada (de fachada)e seus tecnocratas fizeram ao quintal público da Europa outrora universalis...amo Paris no sonho que representa...talvez um dia ame a França...e os franceses que saibam reconhecer que um jogo de futebol não representa apenas um jogo de vaidades estéticas em que se joga bonito, mas também e essencialmente uma bola redonda que desfila a crença de um povo e a sua identidade diluída na universalidade de quem, como nós, deu mundos ao mundo a partir de barcos de madeira alimentados na fé e esperança que além mar havia terra por desbravar...
Insisto...resistimos a três invasões francesas...talvez por isso os gauleses gaulistas ou não (uma percentagem...maior ou menor...) sintam tanto na pele uma derrota alicerçada na fé de pedreiros, na crença de negros, brancos, ciganos e mulatos. Talvez não gostem das palavras da mãe Dolores a defender o filho Ronaldo dum Payet qualquer. Talvez não saibam reconhecer mérito e honra num seleccionador que na hora (honra) da Glória fale em Deus e em Grego grato é sincero.
Talvez eu seja acusado de ser redutor ao ousar dizer que Paris é um país à parte de França, como já mencionei que Londres é uma ilha antagónica de Inglaterra. Talvez eu ainda não tenha mencionado que sendo um orgulhoso Português, sou um ainda mais orgulhoso cidadão do mundo, reconhecendo que tantos defeitos temos, tantos erros históricos cometemos...mas isso fica para outro texto...aqui apenas pinceladas finais de um feito orgásmico de um povo de tugas, africanos, timorenses, brasileiros e todos aqueles que se queiram reunir na luta dos pequenos não tão pequenos contra os grandes afinal não tão grandes.
Acho que já vos disse...resistimos a três invasões francesas...a quarta fomos nós que a fizemos com êxito...tomamos a bastilha de assalto em Saint Dennis; com carácter e honra e com a pincelada épica de ver o melhor do mundo tombado a chorar com uma borboleta (traça) no rosto ensanguentado de lágrimas. Não fomos nojentos, fomos tão somente nós próprios: Um povo que luta e se ajusta, que se desenrasca, que flui optimismo moldado no fado do destino que teimamos em combater.
Somos simplesmente Portugueses, no alto das nossas imperfeições, moldados nas águas dos tempos. Caimos e voltamos a tentar, lutando contra os chernes do nosso descontentamento, contra os discursos socráticos, ou os Portas e Albuquerques de qualquer multinacional sem rosto e tão somente feita de números.
O texto vai extremamente longo e algo pastoso...não sei se já vos disse: Resistimos a três invasões francesas..."fomos simples que nem as pombas e silenciosos como as serpentes"...ganhámos desta vez...tornaremos a perder vezes sem conta...afinal e tão somente a sina e fado da alegria triste de ser Português...contra os canhões marchar marchar...mas sempre prevalecer...sem sermos nojentos apenas nós próprios...
Somos simplesmente Portugueses, no alto das nossas imperfeições, moldados nas águas dos tempos. Caimos e voltamos a tentar, lutando contra os chernes do nosso descontentamento, contra os discursos socráticos, ou os Portas e Albuquerques de qualquer multinacional sem rosto e tão somente feita de números.
O texto vai extremamente longo e algo pastoso...não sei se já vos disse: Resistimos a três invasões francesas..."fomos simples que nem as pombas e silenciosos como as serpentes"...ganhámos desta vez...tornaremos a perder vezes sem conta...afinal e tão somente a sina e fado da alegria triste de ser Português...contra os canhões marchar marchar...mas sempre prevalecer...sem sermos nojentos apenas nós próprios...
terça-feira, junho 28, 2016
O BREXIT Islandês e o Microfone de Ronaldo
Nos últimos dias têm surgido em catadupa um rol de boas notícias para a Europa universalista (?!)e una, entre mosaicos de países travestidos de democracias metamorfizadas em governos de tecnocratas económicos, eis que o doce futebol nos empurra a arrogante e altiva Inglaterra para a sua ilha perdida no matagal europeu pela segunda vez em duas curtas semanas.
Sempre gostei dos Islandeses, um país com Pouco mais de 300 mil habitantes que processa ex governantes por (des)governação massiva, que descontraidamente avança pela surdina tomando de assalto os fiordes europeus do futebol em versão ruiva e barbuda, merecendo a hipérbole do elogio exagerado e as estrofes cantadas da epica saga Vicking moderna.
Dando um toque político e (nada) sério a estas palavras derramadas, não terei saudades dos ingleses na (des)união europeia, da sua política externa fria servida ao modo de seus frugais interesses, dos bifes avermelhados e suados ao sol do meu Algarve de nascimento. Adorarei as bebedeiras ordeiras em Vale do Lobo ou em Albufeira central, sem o toque arrogante da violência britânica. Obviamente e tão somente um sonho, continuaremos a ser invadidos pelos analfabrutos em doses industriais criticando tudo e todos com o seu tom altivo de quem nos abandonou no euro do nosso descontentamento e se aliou a Rússia do czar Putin como parceiro comercial estratégico.
No entanto, entre temas menores como estes, o impacto do mergulho no lago do microfone destinado ao nosso galáctico Ronaldo, quase que perdia o centralismo de notícia bomba...quase, pois tudo o que faz o nosso Cris é notícia mesmo sendo um bom non sense fabricado por pseudo jornalistas em busca da devassa da vida privada de um Português que nos dá imagem e conteúdo num mundo globalizado em que muitas vezes somos uma pequena vírgula sem direito a mediatismos e reconhecimentos universalistas.
Gosto de Ronaldo por tudo o que é sobejamente conhecido e escalpelizado por quase todos, como tal defendo o novo desporto olímpico de arremesso do microfone made in cmtv, votando também a favor de que quem segura o dito cujo tenha direito a banho gelado juntamente com a tecnologia de 292 euros ostentada.
Na quinta feira jogaremos contra Polacos, mas essencialmente Lutaremos rumo à final do Euro para arrumar com Franceses ou Alemães. Temos a obrigação de tentar enfiar pelo rabo acima da chanceler Merkl ou do primeiro ministro Hollande um grande microfone pontiagudo de portugalidade em nome dos underdogs desta Europa outrora Universalis...
sábado, maio 21, 2016
Para Além do Marão
A recente inauguração do ansiado túnel do Marão, projecto com sete anos no papel, foi lançado com pompa e circunstância (in)devida pelo primeiro ministro António Costa.
Obra que permite agilizar viagens, fluir pessoas e encurtar espaços temporais (e não só...) entre o Portugal profundo interior e o polo aglutinador do Norte português (Porto dixit). No entanto ("tudo" tem um "entanto" ou um "mas") o convite (aceite) de Costa a Sócrates para a presença no jogo mediático da inauguração de qualquer obra política, remete-me para a mais elevada falta de bom senso.
Sendo um critico subjectivista atento, causa-me o mais profundo asco, em primeira instância, a presença de José Sócrates (como todos os soundbytes inerentes aos processos judiciais que decorrem) na cerimónia de lançamento da obra que encurtará distâncias físicas e psicológicas entre os confrades (boa gentes) do interior; muitos trabalhando no Norte litoral por contra doutrem ou por sua "cuenta" e risco (preciso cujones hoje em dia para arriscar...e ganhar)
A falta de bom senso, foi reforçada de forma feroz e ruidosa pelo silêncio a que Sócrates se remeteu e para a lógica sebastiânica (versão moderna) do desaparecido-aparecido-escondido. Costa como bom seguidor da cartilha da biblia dos políticos tugas - bons pagadores de favores - entrou nessa lógica hipócrita e despudorada.
Fica a minha critica, protesto e reparo...da esquerda à direita; passando pelo "centrão" profundo e estático, está mais que a vista alcança, nos acordos de ocasião e negociatas. Afinal temos apenas que olhar para além do Marão...
quarta-feira, maio 11, 2016
Num Aeroporto Qualquer...
Todos nós, creio, temos o anseio de reconhecimento pelo que fazemos na nossa vida pessoal e profissional. Variando as nuances no temperamento e personalidade, reconhecimento público ou em privado, a ânsia que nos percorre o espírito resvala para essa necessidade quase, por vezes infantil, do extrapolar positivo dos nossos actos e atitudes perante o mundo de pessoas que nos envolve.
Eu não fujo evidentemente a esta regra pre definida na caverna de anseios de todos nós. Recordo me que fui um pre adolescente falador mas tímido, preso em medos e melindres. Ultrapassei essa fase borbulhenta e dramática para uma adolescência bem vivida, rebelde mas responsável ( fica bem escrevinhar assim...), soltei as amarras, catapultei me na base de sonhos e objectivos por vezes quiméricos.
Cresci para a idade adulta com o sonho de palcos mediáticos e de uma carreira a escala planetária. O Faro de meu nascimento representava uma aldeia pequena em que os gauleses, qual Asterix e Obelix, não se conseguiam libertar do cerco romano. Zarpei para o Porto sem olhar para trás, sem medir consequências ansiando pelo reconhecimento de multidões.
Cursei Comunicação, embriaguei me com os primeiros programas de rádio, com as primeiras palavras escritas, com o primeiro contacto com o mundo da televisão. Cresci, reforcei fomes de desejos antigos, sonhei mais sonhos. Alguns concretizei na dormência embriagada da arrogância juvenil e imberbe de quem toca no olimpo. Outros ficaram (ainda) por realizar e para sonhar novos mares azuis e reluzentes na clareza das águas turvas.
Mobilizei massas com rosto, fui líder de multidões, destilei paixões e ódios de estimação, julguei me por vezes maior que os anseios a atingir. Cai, levantei me, feri me e sangrei. Passei as passas do meu Algarve, mas nunca sozinho.
Envelheci suavemente e entrei na idade do aparente juízo, refundei-me e renasci. Acho que no caminho cresci e amadureci. O tempo passou e passa veloz. Num aeroporto reluzente ( em Roma) entre milhares de vagabundos aéreos rumo a um destino chamado casa, uma voz se levantou "farense" ( nome de guerra das praxes estudantis e primeiro gatinhar profissional) és tu pá?!
Olhares atônitos de quem me conhece, mas a sensação interior de vaidade de mil situações onde este momento improvável se realizou. Afinal os meus momentos de fama a escala planetária ditadas num aeroporto qualquer...todos viajantes públicos e anônimos....
terça-feira, maio 03, 2016
Porque "I am Leicester"
O Leicester ser campeão do soccer da old albion já é um acontecimento à escala planetária do Deus futebol, somente equivalente à potencial ( um dia) descoberta de vida extraterrestre além Globo azul. No entanto o que choca positivamente é como os underdogs de Leicester conseguiram, com uma equipa de tostões (míseros 42 milhões de euros), fornicar fortemente os colossos como man uniteds, arsenais, citys e afins da milionária vida faustosa do desporto rei redondo made in Inglaterra.
Gosto da palavra underdogs...gosto do conceito do rebaixado e humilhado que ganha força e vence as probabilidades mundanas e pré condicionadas do devir existencialista em que os " grandes são grandes e os pequenos são pequenos".
Adoro apaixonadamente que Ranieri sirva pizzas aos seus jogadores, e que na antecâmara de ser coroado campeão siga num avião para Itália para jantar com a sua Mãe de 96 anos, sonhando no céu solidário com o potencialmente ganho ou o potencialmente perdido.
Underdog é o conceito do improvável e a arrogância humilde que, ao chegar lá, o que interessa é o caminho percorrido. Ao fim ao cabo Ranieri, Vardy e seus copinchas são os nossos "cinderela man", soco após soco, queda após queda a reerguerem-se para a porrada (vitória) final.
Poderia escrever que Leicester (cidade) tem também o campeão mundial de snoker (obtido 12 minutos após a vitória no soccer), e que sendo a décima maior cidade inglesa, aposta forte e sistematicamente no desporto ( também no rugby e cricket), sendo que também possui uma média étnica ( de mistura positiva) de étnias, raças, cores superior a todas as cidades britânicas.
Mas que porra...eu como underdog militante recuso me a escrevinhar que esta épica vitória tenha algo de científico ou analítico...portanto eu sou apaixonadamente Leicester...
Underdogs deste mundo a nossa hora chegou, afinal..."yes we can"!!!
sexta-feira, abril 22, 2016
My Name is Prince (of course)
Começo pela primeira vez um texto com um vídeo. Imagem em vez de letras, som substituindo palavras escritas; acordes dedilhados censurando as frases derramadas no papel cybernetico. Escolhi um vídeo ainda made in avi mode, forma directa de recordar as cassetes vhs em que gravei temas intemporais do pequeno grande gênio do funk-soul-pop-jazz e afins da modernidade antiga da minha meninice pre adolescente.
Prince significa muito para a malta da minha geração ( também e não só); forma de libertação pela música, desejo de uma nova estética profunda modernista interlacada com as raízes funk da rebeldia inovadora.
Prince e Prince e Prince...significa tudo menos repetição ou monotonia; representa na música a escrita (Não) pontuada de forma padrão de Saramago. Confesso a minha desilusão (ilusão) com o chorrilho de palavras não perfeitas esteticamente que me ocorrem para tentar descrever (rescrever?!) a lenda irônica (desculpem...iconica...)dos anos 80.
Morreu Bowie, morreu Prince...o meu coração musical assim não aguenta...explode de overdose dramática...vão se os corpos mas fica a alma intemporal polvilhada em vídeos de vhs, em cassetes piratas regravadas até a exaustão...em vinil riscados e em CDs perdidos no tempo, afinal Prince é modernidade presa na tradição das raizes da origem de tudo...acho que ja o escrevi...paz ao seu corpo...a alma que continue por aqui a gravitar de forma electrizante entre o funk do inferno e a pop cristalina do paraíso...
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quarta-feira, abril 20, 2016
Terrorismo: A Psique (real) do Milénio (ou como tentar falar do atentado na Bélgica a "frio")
Não conheço, na minha caixa de memória recorrente, um Belga que possa designar como alguém que marque a existência universalizada da história do mundo global.
Lembro me do grande Preud´homme que defendeu a baliza do Benfica, e duma música festivaleira (made in eurovisão) cantada por uma Kim "qualquer coisa" (lembrei-me que talvez a Kim seja suíça ...o segundo povo mais aborrecido do mundo...) com o refrão irritante "Je aime la vie".
No entanto, como cidadão do mundo, fiquei enojado com o facto do terrorismo islâmico ter atacado o povo mais pacato e aborrecido do mundo: Os Belgas. Sim...je suis Belga aussi...nas tardes de preguiça no café, nos dias em que escorro ao sol numa qualquer esplanada; nas noites em que sou aborrecido e melancólico ou nos períodos em que me apetece apenas e tão somente ser um Belga anónimo no mundo sem que ninguém repare na minha existência.
Em Bruxelas o mundo de todos nós morreu mais um pouco; salpicado pelo sangue martirizado de gente anónima, de pessoas iguais a nós nos dilemas do dia a dia. Não poderemos evocar para estilização literária e alivio de consciência que o vermelho derramado sangrou da alma da pátria Proust ou Piaff; que a tragédia amarga emergiu no pais de Luther King ou de Jonh Lennon, de Picasso ou Dali e afins.
Dai, e mais a "frio" este texto, desejando que os terroristas fanatizados encontrem no outro lado do limbo existencial 40 virgens desdentadas, católicas devotas e militantes para, até a eternidade flamejante, vivenciarem o verdadeiro pesadelo de fé militante e pudor de febre católica absolutista.
Hoje e sempre serei um Belga e recordarei o dia em que o pais mais aborrecido ao mundo deu 32 razões para que o mundo universal os reintroduza na história mundializada de todos nós...
terça-feira, abril 05, 2016
Porto o Novo (antigo) Sporting?
Como muitos de vós sabem, sou Benfiquista Militante e Farense de Coração ( advindo do nascimento no solarengo Algarve em Faro). Ironicamente, as voltas do destino fizeram-me zarpar nos verdes anos ao Porto para assumir o sonho de tirar um curso de comunicação.
Adorando o Porto e sua geometria única, revendo-me nas gentes, cheiros e odores da Invicta, nunca fui capaz de trair as causas militantes futebolísticas pelo amor ao Dragão Clube. Como muitos assumi a resignação revoltada do poderio portista (não portuense...) do futebol indígena, fruto duma estrutura forte, competente e com um rodízio de saber forte e centralizado na cultura de "one man show" personificado por Jorge Nuno Pinto da Costa.
Como em qualquer estrutura organizacional surgem acomodações da "mobília", pouca propensão à mudança e o sentimento de que os mesmos modos e procedimentos são suficientes para continuar em sendas vitoriosas absolutas não olhando com atenção ao avanço da concorrência (por imitação e por inovação...)
De absolutismo não se rege o mundo nem global nem no especifico futebolístico, como tal o FC Porto foi gradualmente igualado ( e amiúde ultrapassado) pelo avanço vermelho, fruto da centralização do poder num homem só (ironia das ironias...) complementado pelo avanço monstruoso da máquina de marketing made in SLB.
No outro lado da 2ª circular Lisboeta surge também um avanço diferente e sui generis , fruto do espirito bélico de Bruno de Carvalho ("contra tudo e contra todos" até quando?), aliado na subversão de Octávio, no servilismo direccionado de Inácio e no autismo (com qualidade de treino e não de expressão verbal..) do outrora messias red, Jorge Jesus.
O Benfica caminha para poder (tentar) um dia ser o novo Porto. O Sporting caminha mais forte mas sem saber a fortuna do destino derivado aos caminhos galgados serem ainda tenros e...verdes; o Porto percorre a via sacra para, antes de (tentar) renascer mais forte, ser o novo (antigo) Sporting.
Uma opinião claramente tendenciosa, obviamente...
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domingo, março 27, 2016
A finta que Cruyff me fez...
Decorria o ano de 92 e acabava o décimo segundo ano no velhinho Liceu João de Deus em Faro. Ano santo de 3 horas não diárias de aulas ( das 19 às 22h); saídas até horários por vezes não recomendáveis fruto da irreverência da idade, mas conjugadas com os estudos sob controle. Lembro me vagamente que as três cadeiras de eleição foram inglês superior, história e filosofia e que tinha uma namorada chamada Gisela.
Mas do que me lembro como se fosse ontem (hoje) era de um dream team de sonho comandado por um holandês voador chamado Johan ( cruyff) onde pontificavam os Koemans, Baqueros, Zubizaretas e afins integrantes desta vida de quem fala futebolês. Quando esse Barça de outra galáxia defrontou uma surpreendente Sampdoria (de Pagliuca, Vialli, Mancini e Lombardo) não podia faltar na bancada televisiva a este jogo de sonho.
Baldei-me as aulas e assumi lugar no café do costume para torcer pelo 3 melhor clube da galáxia (atrás apenas do meu Farense da terra natal e do Benfica que também me bateu no coração desde cedo).
Surpresa das surpresas quando o irreverente Luciano ( meu professor de história) entrou no café com metade da minha turma de Liceu. Tremi e hesitei...suei frio, respirei fundo e saudei timidamente o meu mentor das histórias universais e cá do burgo. Calmamente no alto de sua barba preta e com a sua voz profunda e cavernosa apenas vociferou de forma hermética e quase coloquial: "Miúdo hoje estas perdoado, afinal joga o Barcelona!".
Foi esta a minha homenagem a alguém que me entranhou mais o gosto do futebol total...vaya con dios Johan...
segunda-feira, março 21, 2016
Donald, Lula e Dilma..."Trampa Gate"?!
Resolvi escolher os três personagens odiosos da semana (my opinion): Donald Trump, Lula da Silva e Dilma Roussef.
No meio do louco globo esférico mundial, o continente Americano (Norte e Sul) continua a nos brindar com personagens dignas de critica feroz pelos seus actos e palavras derramadas. Se para os lados dos nossos irmãos, a obscenidade não tem decoro e está a matar o Brasil democrático (o que resta dele); para os lados dos States o perigo crescente de uma "islamização radical"no cargo dum potencial "presidente -taliban" como Donald Trump, começa a atingir contornos demasiadamente enquadrados na estatística do matematicamente possível.
No Brasil choca-me essencialmente a doutrina PT que se centra nos seguimentos (procedimentos) doutrinários da máquina de propaganda comunista ortodoxa ou do fascismo puro e duro de outros tempos. Não entendo a defesa do indefensável (eu homem de esquerda confesso meu pasmo supreendido) nem das artimanhas para manter Lula fora da choldra merecida.
In States a peixeirada do tempo de antena permitido pelos milhões de Trump (neto de emigrantes...), numa táctica " Bruno de Carvalho" (contra tudo e todos); absorve as alas mais radicais de um pais já de si devorado por assimetrias gritantes. Se Trump chegar à sua "cadeira de sonho" poderemos esperar por uma radicalização discursiva e prática no conceptual Americano no Mundo.
De cenário em cenário o mundo continuará a girar, independentemente dos desfechos mais ou menos imprevisíveis...mas que nada será igual...
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sexta-feira, março 18, 2016
Back to Back
Os dedos escorrem nervosamente para o teclado, parecendo hesitar na ferrugem cómoda da ausência da escrita articulada e disciplinada na obrigatoriedade de explanar pensamentos em palavras ordenadas e com alguma coerência para quem escreve e para quem lê.
Depois de um dia longo de trabalho, mesclado numa chuva miudinha mas firme e firmado pacto com uma gripe pingada, eis que a mecânica procura surgir e relembrar-se do formalismo de escrever ao som dos assuntos da actualidade, estados de espirito e componente opinativa acerca do que rodeia o mundo rápido que passa por entre os nossos dedos.
Penso criar uma critica feroz ao Lula e à sua partner In crime Dilma, vacilo ao visionar o sorteio da champions que colocou o panzer alemão Bayern no caminho do Benfica (duelos de vermelhos); centro-me por breves instantes contemplativos no desaparecimento de Nicolau Bryener. Hesito, recomeço, enfureço-me...
A ferrugem escorre e dilui-se mas a ordenação de assunto na sopa de letras das palavras, teima em não engatilhar de forma coerente...Escrita "back to back"...a noite trará novas palavras e assuntos...cheiros e aromas diferenciados que separarão o que a mente decidir...
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sábado, setembro 07, 2013
Sopro de Carinho Apresenta...
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segunda-feira, outubro 22, 2012
Na Escuridão
Luz apagada. Corpo aceso, iluminado pelo desejo de escrever meias linhas ensonadas antes do sono quebrar a resistência da alma e pestanejar até ao amanhã próximo.
Ouço ZZ Ward no estimulante "Put The Gun Down". Relembro que todos nós passamos por momentos de escuridão; alturas em que as sombras do negativismo e das nuvens carregadas de chuva negra e imperam na ordem imperial que diz ao corpo que ordene ao cérebro que tudo é impossível e nada esta ao alcance dos sonhos que traçamos.
A música para e sinto os dedos agitados a deslizarem no teclado. Mais um cigarro seco e um chá gelado. Na ponta dos dedos nasce a luz que me ilumina rumo ao novo dia que irá explodir e acabar tarde.
Batalhas a travar, guerras para ganhar, caminhos por galgar e rotas por (re)definir. Dúvidas no sucesso, mas a certeza firme que a fagulha que acende a luz está ao meu alcance, ao virar duma qualquer esquina imaginária onde uma placa chamada destino me diz que somos todos pontos de luz no meio da escuridão que por vezes nos cerca.
terça-feira, outubro 16, 2012
Innocence (or not...)
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"TV Politik"
Ligo a TV após mais um dia de luta laboral. Entre um cigarro lento e um copo de água fresca cristalizo o olhar no zapping habitual que me divide entre os leads visuais de entrada dos noticiários dos canais cá do burgo.
No dia da reunião de finados que nos fornica ainda mais a vida (leia-se orçamento de estado 2013), o governo laranja entrou - sem pedir licença - pela TV de todos nós.
Na RTP o "amigo Alvaro" justifica-se visivelmente incomodado, na SIC Aguiar Branco com os tiques e maneirismos habituais jogando à defesa (ficou-me na retina memorial a expressão "Não temos prazer mórbido..."). Na TVI uma qualquer representante da Troika PSD-PP (confesso que não fixei o nome) vociferava sem convicção a crucificação anunciada de todos nós.
Uma verdadeira operação de "TV Politik"...Mais não digo (hoje).
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sexta-feira, outubro 12, 2012
Aparelho de Estado
Estendo-me no sofá, e afago um copo de whisky, desvio o olhar para o painel cibernético e desfilo nos meus olhos as principais noticias da semana fatigante.
"Mais do Mesmo". As mesmas caras cinzentas, os mesmos conceitos ideológicos ultrapassados e a falta de pudor duma classe política a latejar ao cheiro de sumo podre e sem esperança para os mexilhões andantes cá do sitio.
Descobri hoje que sendo mexilhão sou rico aos olhos deste políticos fétidos que nos (des)governam e aos outros que fazem uma falsa oposição mesclada de culpa formada na forja dos acontecimentos...tenho 2 tv´s, um portátil, TV Cabo e internet wireless e um apartamento para me dar "comichão" (em obras e pagamentos...) nos próximos 40 anos. Trabalho (como quase todos nós) para pagar contas e manter a cabeça levantada; mas no actual estado da douta nação começa a ser um luxo poder pagar facturas e ter dinheiro para comer e viver para lutar mais um dia.
Azedumes (desabafos) à parte, revejo a panóplia de acontecimentos que forjaram os falsos diplomas universitários de Miguel Relvas e José Sócrates. A facilidade de "ser doutor" e o conceito importante que os complexados políticos dão a tal facto.
Um canudo afinal para poderem justificar promoções e manobrarem no labirinto da real politik de interesses económicos e promoções pessoais de egos exacerbados enquanto o povo depenado assiste nos bastidores ao desfile das feiras das vaidades dos nossos governantes e oposição anexa.
Estranho pais este onde a manha e a mentira é recompensada.
Descobri que sou rico...talvez um dia tenha que penhorar as tv´s, deixar de pagar a tv cabo, vender o Sony Vaio e zarpar do meu apartamento (vou ter saudades das minhas couves...) mas até lá sonho com o dia que talvez a minha geração enrascada deixe de estar à nora e possa sair deste buraco fétido de crise...nessa altura Sócrates irá no seu terceiro curso em Paris e Relvas rumará a nova licenciatura (quem sabe doutoramento)...um dia...talvez...simplesmente talvez...será assim...
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quarta-feira, outubro 10, 2012
"The Thrill of The Killer"
Noite de vento, aberta por laivos de nevoeiro húmido e viscoso. Chuva gotejante em forma de lágrimas molhadas intermitentes mas intensas.
Fica-me na retina memorial um excerto do tema de David Guetta "She Wolf". A música, frutada e melódica, um lobo que caça, um tiro no escuro e o passado congelado no tempo. A sede do caçador na hora de caçar a presa; a voz profunda nos acordes "disco" de Guetta.
Afinal somos todos caçadores e presas. Ora nos sentindo imortais num dado enquadramento positivo, ora encurralados nos limbos cinzentos que nos surgem afundados nos nossos mais profundos medos e receios.
Sinceramente, atravesso aquelas fases positivas em que o sangue e suor vertido dão origem a "coisas boas".
Nada conseguimos sozinhos. Nada somos sozinhos. Mesmo ao caçar...caçamos em conjunto...
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terça-feira, outubro 02, 2012
Os Últimos Troikanos
Caro Pedro
Até hoje ainda não interiorizei a tua carta facebokiana em que te despes do papel esventrado de primeiro ministro da desgraça colectiva de todos nós e te assumes como pai e amigo (da nação?!) para sobreviveres politicamente e te justificares perante o pecado capital cometido na forma tentada...talvez somente adiada nas ruas em que a direita e esquerda sem "sexo partidário fanatizado" falou.
Sou do tempo em que alguns políticos tinham cara única com nome em réplica duplicada e férrea (Mário Soares, Álvaro Cunhal, Sá Carneiro...etc...).
Sou do tempo em que chamávamos ao Cunhal "Mula Branca" e ao Soares "Bochechas"; mitificando de forma irónica as nossas criticas ao estado em que este pais sempre viveu (tal como o teatro...): Eternamente em crise errática.
Não gosto de te tratar por Pedro, não gosto da intimidade do conceito inerente...Não gosto do Cavaco (sem Silva); vejo agora que o Sócrates também nunca foi José...gosto dos políticos imperfeitos "à antiga": Dois Nomes e Uma Direcção (boa ou má mas firme mesmo no descarrilar do comboio).
Sabemos todos que não é somente por ti e pelo Portas (outro dos políticos somente com um nome...) que estamos no lamaçal fétido da crise globalizante que começa de fora para dentro. Intuímos apenas que continuaste com a destruição incendiada pelos cabeças de fósforo anteriores: Santana, Durão e Sócrates. Agravada pelo cancro visceral do mundo a auto mutilar se na crise profunda e afundada.
Mas caro e estimado amigo (estou a ser irónico confesso...) Pedro não achas que é tempo de procurares outro rumo e caminho?! Não será altura devida para dispensares o Relvas, deixares cair o Álvaro e fazer ver ao Gaspar que o seu mundo próprio (muito próprio...) não tem enquadramento na práxis mundana Tuga?
Não sou daqueles que te quer ver cair (já ao Portas não me importava nada...); foste eleito pelo povo e a democracia que meus pais ajudaram a criar e me ensinaram a amar deve prevalecer; mesmo que não sejas da minha cor partidária, do meu clube de futebol e não tenhas os mesmos gostos musicais ou uses o mesmo perfume rasca do que eu; ainda te respeito um pouco porque foste eleito pelo voto directo de milhões de "Marias Joaquinas" e "Zés Maneis" (tudo gente digna com 2 nomes...).
Arriscas-te apenas caro Pedro, a ver a Europa da Rua Colectiva rebelar-se e seres tão somente um "bom aluno" sozinho e abandonado (até pelos teus). Afinal tu e o Portas, uma versão Moicana dos últimos troikanos...
Do teu compatriota que te deseja a melhores felicidades, mas que acredita tanto em ti e no teu governo como no José (Seguro?!)...
Paulo Correia
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segunda-feira, setembro 24, 2012
Homens da Luta
Mais uma semana que amanhece. Mais um final de semana servido rápido, com entradas mas sem cerimónias, acompanhando as primeiras gotas de chuva fria, fina e gotejante.
Recordo na memória imediata (sempre presente) os "homens da luta"; amálgama constitutiva do micro cosmos pessoal e profissional que se ramifica em todos nós de "dentro para fora". Na luta impiedosa do dia a dia troikano em que o fantasma do fracasso anunciado está sempre eminente.
No rosto das peixeiras do bolhão - seu suor perfumado a mar forte - vejo diariamente a fome e avidez da luta ensombrada que nos curva e quase nos submete no espectro da derrota. No entanto aquelas mulheres tem algo de especial que lhes permite sobreviver e recolher nas fraquezas a voz rouca que permite continuar a faina diária e a labuta, afinal falar forte nos ecos dum qualquer pregão ocasional.
As cores da baixa portuense transportam-me para batalhões de pessoas, circulando e andando - cambaleando - com destino pré definido. Todos com funções formatadas e fora do seu livre arbítrio: Lojistas sem futuro e olhos raiados de pessimismo, floristas encaracoladas nos sonhos dos bons clientes de outrora; prostitutas fora de tempo em preço de saldos entre outras metáforas de figuras reais de carne e osso.
Em quase todos os rostos vejo igualdade na desilusão e medo do que se avizinha. No entanto, no alegado fado fatalista tão lusitano, leio também a revolta que já não se cala e a vontade de ir além...mais além...
Recordo na memória imediata (sempre presente) os "homens da luta"; amálgama constitutiva do micro cosmos pessoal e profissional que se ramifica em todos nós de "dentro para fora". Na luta impiedosa do dia a dia troikano em que o fantasma do fracasso anunciado está sempre eminente.
No rosto das peixeiras do bolhão - seu suor perfumado a mar forte - vejo diariamente a fome e avidez da luta ensombrada que nos curva e quase nos submete no espectro da derrota. No entanto aquelas mulheres tem algo de especial que lhes permite sobreviver e recolher nas fraquezas a voz rouca que permite continuar a faina diária e a labuta, afinal falar forte nos ecos dum qualquer pregão ocasional.
As cores da baixa portuense transportam-me para batalhões de pessoas, circulando e andando - cambaleando - com destino pré definido. Todos com funções formatadas e fora do seu livre arbítrio: Lojistas sem futuro e olhos raiados de pessimismo, floristas encaracoladas nos sonhos dos bons clientes de outrora; prostitutas fora de tempo em preço de saldos entre outras metáforas de figuras reais de carne e osso.
Em quase todos os rostos vejo igualdade na desilusão e medo do que se avizinha. No entanto, no alegado fado fatalista tão lusitano, leio também a revolta que já não se cala e a vontade de ir além...mais além...
terça-feira, setembro 18, 2012
Aeroporto
O dia amanhece cedo.Antes das 7 da matina banho rápido, seguido de café fumegante para apanhar as primeiras acções do dia que se adivinha movimentado.
Passagem rápida na baixa antes do rumo ao aeroporto de almas (a circular...) que serve avidamente a Invicta. Poisos e destinos, multidões de humanos em sombras e luzes, cruzando-se como átomos rumo ao infinito. Rostos familiares revisitados no mel da amizade, abraços e beijos.
Noite que pernoita no coito da comida tragada, no vinho derramado, nas palavras libertadas aos ventos, com olhares cúmplices: Sem ansiedades, na languidez que transforma actos isolados em círculos de amizade não intermitente.
Regresso a casa a horas politicamente correctas, com alma revigorada e corpo cansado, quebrado mas não vencido. O amanhã reflecte-no hoje. Somos afinal todos passageiros duma eterna viagem, presos por um fio, prolongados no sentimento da pedra filosofal de que seremos eternos.
Num qualquer Aeroporto os átomos movimentam-se. A noite? Essa já dorme em mim...
Passagem rápida na baixa antes do rumo ao aeroporto de almas (a circular...) que serve avidamente a Invicta. Poisos e destinos, multidões de humanos em sombras e luzes, cruzando-se como átomos rumo ao infinito. Rostos familiares revisitados no mel da amizade, abraços e beijos.
Noite que pernoita no coito da comida tragada, no vinho derramado, nas palavras libertadas aos ventos, com olhares cúmplices: Sem ansiedades, na languidez que transforma actos isolados em círculos de amizade não intermitente.
Regresso a casa a horas politicamente correctas, com alma revigorada e corpo cansado, quebrado mas não vencido. O amanhã reflecte-no hoje. Somos afinal todos passageiros duma eterna viagem, presos por um fio, prolongados no sentimento da pedra filosofal de que seremos eternos.
Num qualquer Aeroporto os átomos movimentam-se. A noite? Essa já dorme em mim...
domingo, fevereiro 12, 2012
Amanhã (vai ser melhor)
O dia amanhece já ao anoitecer. Noite antecedente de copos bem bebidos, de sonhos mal dormidos. De trepidação, revendo rostos e cheiros sempre presentes na vida (in)constante.
Camarões devorados ao ritmo da cerveja que verte. Sons soltos de queixas estridentes do dia a dia de todos nós. Estamos fodidos: A crise sobe de tom e lança mais alguns para o desespero do cadafalso do desemprego e /ou do trabalho precário.
No meu pensamento corre o alivio (não) culpado de ser daqueles que ainda preservam estabilidade profissional e ordenado a "tempo e horas" no banquete (mal servido) das contas por pagar no diluir do mês.
Arrepiamos caminho para um qualquer tasco de ocasião. Vinho a copo e cerveja (mais cerveja...) fervilhante a destilar do barril sujo e enferrujado, com direito a mais laivos de conversa inacabada, antecedendo já o próximo meeting point.
Penso (como sempre) que o amanhã irá ser melhor. Optimista, mas com aquele medo miúdo que nos prende ao mundo real.
A vida segue dentro de momentos: Par a Par com a esperança. Afinal o amanhã (vai ser melhor) já está a nascer na minha mente.
domingo, janeiro 29, 2012
Ilusão Óptica...
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Cava(quistão)
Como muitos de vós já sabem (intuindo da minha escrita em posts anteriores), não morro de amores por Cavaco Silva. Algarvio de nascença, como eu, esta figura da fauna política tuga dos últimos 25 anos, nunca esteve nos meus eleitos preferidos nem do rol daqueles que, dum quadrante diferente da "minha" esquerda, ,merecem a consideração e fair play que acho justa para aqueles que pensando de forma diferente de moi merecem a admiração e consideração pela forma correcta com que defendem os seus pontos de vista.
"Cavaco o Cinzento", poderia ser a curta frase que define a minha não relação com o conceito de "Cavaquistão", massificado durante as maiorias sociais democratas de tempos já distantes. Arrepia-me a hipocrisia com que Cavaco se arma em arauto moral da nação, assobiando para o lado no que concerne à sua auto responsabilização para o estado "que esta merda" chegou.
A cereja no topo do bolo, surgiu há poucos dias quando - despudoradamente - proferiu palavras infelizes acerca das suas parcas reformas (sim...plural...) e dando sentido (falsamente) humanista ao mencionar que abdicou do seu vencimento enquanto presidente da tugolândia como "esforço de guerra" contra a crise.
"Esqueceu-se" somente de mencionar que o fez para puder acumular 2 reformas na ordem dos 7 mil euros e ajudas de custo presidenciais de 2900 da moeda do descontentamento de todos nós.
Tudo uma questão de honestidade ou falta dela...afirmo eu...
terça-feira, dezembro 13, 2011
"Feathers Fall"
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5 minutos (a menos)
Acordo 5 minutos adiantado. Rapidamente recupero e atraso-me 5 minutos a mais na cama quente que nem fornalha do inferno dos justos. Assino rapidamente a minha sentença do dia: Correr sem recuperar os minutos perdidos.
Por 5 minutos não me cruzo com o carteiro na primeira entrega do dia; pelo mesmo período de atraso "apanho" a primeira fornada apetitosa de pão crepitante no café de sempre. Zarpo, acumulando atrasos, e lanço-me furiosamente na entrada do metro onde cada alma representa o mesmo purgatório de minutos por (re)contar.
Desço-me no sitio do costume. Chove miudinho e a ida rápida à Igreja da Trindade é ritual muito meu e já indispensável. Mais do que nunca um crente em reconstrução constante. Vale o que vale mas sinto (me) assim.
Sinto muito, mas mais minutos acumuláveis no atraso padrão dos "5 minutos". Um café rápido numa tasca de ocasião e o primeiro cigarro do dia fumado rapidamente a ritmo elevado. Chamo o elevador e a eternidade prende-se na espera: Mil pensamentos sem ordem aparente.
Pouso a mochila na secretária e despejo os portáteis - antes o primeiro "bom dia" bem humorado aos colegas de "faina". Mais um dia em que a lógica aponta para tentar vencer, fazer melhor e transcender-me. Mas a porra dos 5 minutos...já não os apanho...
domingo, dezembro 11, 2011
Um Copo de Vinho
Exercicio recorrente: Quando me quero concentrar para escrever um pouco, nada melhor que um bom (meio) copo de vinho para começar a aguçar as ideias e derrama-las ora para o papel, ora para a tela cibernética do portátil.
Lembro-me do cheiro a medronho doce carregado, da acidez do bagaço corrente e das doses de vinho tinto de garrafão que observava no tasco da "ti rita" quando puto o meu pai me ia levar à escola ou a minha mãe me carregava à minha avo de criação. Por entre o vidro fino, observava os rostos e sentia os cheiros da cidade - rostos - a tomar vida.
Nunca percebi o real sentido do ritual até que, passados muitos anos, quando era relações públicas de vários estabelecimentos nocturnos na ribeira portuense, me deparei com clientes como as stripers...sim stripers...que após a hora de expediente deambulavam ora para relaxar após uma noite de trabalho, ora para "caçar" um cliente (mais...intimo) para repor a (má) facturação da jornada de trabalho.
Aos poucos entrei nas vidas (muitas vezes dramas) destas mulheres. Sempre com o tema recorrente das drogas e álcool como escapatória para mais um dia de crua realidade, ora como factor de desinibição para mais uma table dance, para mais um strip sugestivo.
Intui então a carga emocional e física "Dum Copo de Vinho"...
terça-feira, dezembro 06, 2011
domingo, dezembro 04, 2011
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