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sábado, maio 14, 2011

Short-Note

Semana de tensões várias, em que o desgaste físico e psicológico andou sempre à flor da pele. Sexta-Feira, noite de jantar no fel da amizade cúmplice, degustada em caipirinhas para os lados da foz, com o mar revolto como pano de fundo.

A balança a apontar menos 6 kg, e o "peso"  do tabaco viciante a se manter no caminho árduo da redução sofrida mas necessária. O meu pensamento foge para os amigos de sempre, para a família mais chegada e para a Malu.

Já ouvi pela voz da minha mãe que a minha Tia "Sabel" pintou mais um quadro para mim. Sorrio e penso que afinal a tela do  mundo não é pintada assim em tons tão escuros e melancólicos...

quarta-feira, maio 04, 2011

A Corrida Mais Louca

Dia longo, destilado na correria louca de quem joga para ganhar. Frase que, aparentemente, poderá dar azo a alguma  imagem estética de arrogância de quem escreve estas mal traçadas linhas; mas que reflecte essencialmente a minha fé, capacidade e motivação: Peças nucleares de minha forma de viver.

Herdei, julgo eu, este "gosto mundano" de ver atrás das tempestades o sol do optimismo, de meus pais. Fui sempre habituado a que "A Corrida Mais Louca" é sempre jogada para ganhar, independentemente das dificuldades, barreiras e acidentes de percurso. 

Um pouco de loucura saudável neste mundo cinzento é apenas uma forma de pincelar com cores de esperança a vida, e combater a negatividade latente à natureza humana. 

Tem sido uma semana, longa, desgastante mas positiva nos meios para chegar aos fins almejados. Amanhã, continua a corrida...sim...a corrida da vida...

domingo, maio 01, 2011

1º de Maio

Domingo assinalado pela data ternurenta do dia da Mãe e a versão mundial do labour day. Telefonema da praxe para a melhor mãe do mundo (a minha..claro está...), e furando a paz relaxante do dia também dedicado aos trabalhadores; avanço na planificação de mais algumas avenças de comunicação concretizadas na última semana.

Fumo o 2º cigarro do dia (estou numa batalha férrea para a redução drástica), e aponto baterias para rascunhos escritos à mão numa folha amarelada já esbatida pela erosão de qualquer gaveta de meu quarto. Entre o fumo que corre solto na minha varanda, contemplo o sol a bailar com as gotas da chuva e penso simplesmente nas mães trabalhadoras que labutam neste mundo cão para poderem "algo" mais a seus filhos.

Recordo-me que minha mãe fazia 4 km a pé, à chuva ou ao sol, para me levar de madrugada à casa de minha avó de criação. Lembro-me do café com leite que minha avó Irene (mãe 2 vezes...diz-se na gíria) me servia quente e fumegante com fatias de pão afogado em manteiga aloirada.

Dia de saudade da minha mãe a 600 km de distância...Dia de saudade...

terça-feira, abril 26, 2011

A Merda (do costume)

A legitimidade que a idade dita permite-nos pequenos devaneios libertadores, nos quais a língua se solta sem mordaça e com o fel ácido da critica directa sem máscaras nem artifícios.

Abençoado Abril (25 para os esquecidos...)  que nos permite destilar português de taberna maldizendo políticos e seus derivados com adjectivos regados no calão popular.

Este país está a merda do costume...remamos sem saber para onde. Que caralho...pelo menos podemos vociferar em tons azedos. Ninguém leva a mal se no café da esquina exclamarmos "os filhos da puta dos corruptos"; ou o politíco "x" é um "ganda boi". Enfim...exemplos não católicos...

Exagero democrático dirão os púdicos da doce lingua mater tuga. Eu por mim exclamo apenas, que se não fosse o doce escorrer do calão puro e duro made in Portugal, há muito que todos nós tínhamos enlouquecido no lodo fétido que este pantanal - amostra de país - se tornou (e entornou...)...

terça-feira, abril 12, 2011

Crónicas da Minha Terra

Noticias de sentimentos diferentes vindas de Faro. Por um lado a morte de um amigo de sempre de meu pai após luta galopante de 1 mês contra a bête noire do cancro. Por outro, o mel sempre confortante do calor das amizades e laços familiares que nos permitem agarrar a violência do dia a dia desgastante com mais força e convicção.

Morreu o "Zé do Café", amigo de infância de meu pai. Como morreu o Zé Correia (Lisboeta radicado no Porto) do "Pata Negra" há alguns (poucos) meses. A vida é feita destas fragilidades que nos trazem de volta para a (i)realidade da vida, da linha ténue que nos separa da monótona imortalidade.

Mais valor dou aos momentos simples entre amigos, aos (re)encontros com a família; bem como à contagem decrescente para cruzar novamente o meu olhar com os olhos verde jade da Mulher açucarada e sedutora (com "M" grande de Malu e de Mulher...) por quem meu coração bate.

Saboreio um cigarro, descalço meus pés vestidos e saboreio o simples orgasmo existencial de estar vivo.

domingo, abril 10, 2011

Diário (de um assessor)

O domingo antecede nas últimas horas, o prelúdio do inicio de mais uma semana de "guerra" laboral com as inerências próprias de uma profissão (assessor) desgastante como tantas outras.

O cliché de que ser assessor (de comunicação) representa uma vida emocionante em que jantares e personalidades denominadas de Vips são prato comum do dia, está errado de forma firme e absoluta. As rotinas de processos comunicacionais base também se fazem sentir, bem como o esforço de trabalho primário (nuclear) inerente a qualquer profissão.

Se por um lado a excitação de delinear estratégias e operacionalizar as mesmas, revelam o gosto e "tusa" profissional do acto simples (mas complexo) de criar e ver o fruto do nosso trabalho no campo prático; também os padrões simples e mais "cinzentos" (repetitivos) fazem-se sentir e são necessários.

Ser assessor de comunicação é também ter a capacidade (humildade) de vivermos na terra e sonharmos com o céu do que a nossa capacidade de trabalho pode dar (frutos) no esforço colectivo.

Muitas vezes rio-me com o espanto de amigos, quando, desligando o telefone, digo que estive a falar com personalidade "x" ou "y". É que para mim os verdadeiros Vips são aqueles que me acompanham na caminhada de vida emocional no mel dos sentimentos.

Ser assessor afinal é tão somente operacionalizarmos na nossa profissão a coerência e humildade que empregamos na nossa vida mundana...

sábado, fevereiro 12, 2011

Nós (por cá)

Já  há algum tempo tinha escrito um post com este titulo simplista e facilmente reconhecível, até pela sublimação relativa a sub formato televisivo cá do burgo.

Hoje volto a utilizar o citado, para escorrer linhas derramadas sobre a pátria mal parada onde a solidão marca pontos e as trancas desconfiadas das portas de todos nós se cerram, não somente no sentido literal da terminologia do léxico, mas nas barreiras mentais que todos nós colocamos na desconfiança prática dos tempos de crise que vivenciamos.

Leio em choque envergonhado a descoberta (macabra) do corpo de uma idosa falecida há 9(!) anos e que em seu apartamento, encontrou a última morada sem que alguém se preocupasse com o seu desaparecimento. Irrealismo destes tempos modernos, desleixo desta autoridade recorrente que castra e pune mas não vela ou protege a vida (ou morte) de seus cidadãos.

Choca-me forte, mas (infelizmente) não me causa laivos de muito espanto...

quarta-feira, fevereiro 09, 2011

Passione

Tudo na vida fermenta na base da paixão e "tusa existencial" para nos envolvermos e arriscarmos no trabalho, na diáspora do dia a dia; ou no jogo d'afectos que nos constitui na valoração pessoal de amizades e amores.

Após o 1º aniversário da Associação Sonho d'afectos, a sensação de um crescimento ritmado e consistente a partir do qual se moldam os alicerces do futuro fundamentado. No seio do "profissionalmente falando", surge a companhia daqueles que amamos e que nos apoiam incondicionalmente no melhor e no pior.

Preservamos a (in)sanidade nos dias competitivos e violentos que correm que nem rios selvagens; ao conseguirmos ter a humildade que tanto somos aprendizes como doutos professores. Apenas a minha opinião...


terça-feira, janeiro 04, 2011

Regresso(s)

Sempre me deu tusa existencial o regresso dos anti-heróis. Imaginem "aquele tipo/a" que contra todas as adversidades da vida, retorna qual guerreiro revigorado bofeteando de forma surda mas estridente, todos aqueles que em seu caminho colocaram armadilhas do destino formatado pela maldade dos homens.

Primeiro Post do ano, em tons de divagação e envolto em pensamentos claros mas projectados no meu próprio jogo de palavras e metáforas. Arrebito as mãos no teclado, reacendendo o gosto da escrita após cerca de 2 semanas de pausa auto-forçada, fruto afinal do fluxo de trabalho arrebatador e das mini férias Natalícias vividas.

O ano rasga já ao virar da esquina das batalhas que constituem o sangue quente no corpo prático do prête à porter do dia a dia. Sinto-me um anti herói, um rebelde, um contestatário. Essencialmente apaixonado pelos diamantes que surgem a brilhar no caminho. 

domingo, novembro 28, 2010

Corre Corre

Confesso-vos: Muito entusiasmado com os novos rumos pessoais e profissionais que a minha vida tem tomado. Acendo um cigarro bem calmo e penso que 2010 foi um ano de aprendizagem por vezes dolorosa; mas no cômputo global de pinceladas de boas vibrações e novos caminhos fortes e bem alicerçados rumo ao futuro.

Na última sexta um pequeno apontamento/entrevista com a Jornalista da RTP Ana Viriato (transmissão na quarta feira a partir das 15 horas); possibilitando ao grande público conhecer um pouco mais da Associação Sonho d'afectos; seus profissionais, bem como o destaque do caso da pequena grande Alice: Causa maior de todos nós na associação.

Acordos firmados com diversas figuras públicas para o apadrinhamento de casos da associação; bem como uma mega campanha de Natal com o grupo Ergovisão. Em suma: O corre corre frenético, sem descurar a 4ª edição da já mítica Forever Young no Club Bela Cruz.


quarta-feira, outubro 20, 2010

(a) Live and Kicking

É um facto: Entramos neste mundo a lutar ferozes e a berrar plenos no alto do nosso gemido infantil pós uterino. É (mais) um facto: Saimos da teia da novela da vida mansos e subsmissos com a (in)certeza de alguma missão bem ou mal cumprida na trama (tramada) da novela universal.

Marionetas de um deus maior ou de uma força cósmica. Seres animais na escala de Darwin? Não sabemos, não descortinamos o fumo branco que nos ditará a solução mágica que restringe (ou reforça) a nossa força de lutar ou aguça a positividade que antecede os grandes desafios por conquistar.

É um facto: Acordo de manhã com o sol a esbater nas aberturas ovais das persianas e ouço as gaivotas a esgrimir os primeiros ruídos do dia que amanhece para (também) lutar no auge que rompe do obscuro para o branco de clarão imenso.

Mais um facto: Acordo, penso em todos aqueles que amo. Acendo o primeiro cigarro do dia, relaxo na imensidão de pensamentos. Sorrio ao constatar que o ódio nunca tomou conta de mim. Que a inveja não me varreu a mente ou que a ambição nunca me destravou o juízo.

Saio para o desafio da vida, fecho a porta a sete chaves bem medidas; tropeço na entrada em merda do cão do vizinho. Grito um "oda-se"(com "efe" maiúsculo) e tenho um mau mas inofensivo pensamento. Afinal sou tão humano como o cão do vizinho, como o vizinho que fala como um cão danado e como a multidão que uiva no luar do dia os anseios e medos que nos fustigam a todos.

Sigo vivendo numa altura bem positiva de minha vida. Tão somente: Live and Kicking...

domingo, outubro 17, 2010

Positividade(s)

A semana é derramada após mais uma final de semana retemperador e confortável. Projectos na forja, alimentados pelos estímulos do nosso jogo d'afectos restrito. Telefonemas encorajadores na óptica pessoal e profissional. Escrevo de forma telegráfica no inicio de uma noite (quase) de verão.

A idade vais-nos ensinando a absorver tudo o que a vida nos dá de forma bem natural e positiva. Afinal, tão somente, a segurança de quem somos, para onde caminhamos e aquele grupo restrito de pessoas pelo qual vale a pena lutar sem tréguas.

sexta-feira, outubro 15, 2010

Fés & Anseios

Amanhã o dia amanhece com a incerteza de uma operação delicada envolvendo uma amiga a 300 km de distância. Pensamentos, fés, bruxarias brancas e desejos de melhoras rápidas mudam-se para a capital do império.

Mais próximo (geograficamente) de mim uma amiga (escorpiana) atravessa uma altura complicada após uma tragédia (também) ainda recente, complementada por mais uma barreira ainda resolvível. Na medida do possível tento apoiar, incentivar e acarinhar da melhor forma devida que a amizade merece. 

Por vezes pensamos em demasia nas facturas que iremos um dia cobrar, na permuta de uma amizade que queremos sempre correspondida nos nossos parâmetros.

Continuo a achar que o acto de afectividade madura em nós mesmos passa por darmos tranquilamente, esperando que num tropeção (nosso) uma mão nos seja também estendida. A vida é dar e receber. Por vezes damos às cegas, e recebemos também dádivas dos pontos mais inesperados.

Às vezes fodemo-nos, outras vezes jubilamos no apogeu que a amizade e o amor nos amarram. Sou feliz, mesmo na hora em que o mundo quebra e a nossa mente vacila. Sou feliz na hora em que me reencontro comigo mesmo...

terça-feira, setembro 28, 2010

Nas Asas (de um sonho)

Acordas. Sais da cama mais uma vez a lutar contra o relógio. Frases curtas na tua mente. Vestes a primeira roupa - escolhida na véspera-  que te aparece em frente do espelho mental. Bebes, já na imensidão das ruelas do dia a dia, um café acastanhado com os condimentos do positivo que escorre de ti.

Nada te desarma, nada te detém. Sentes no cheiro do amanhecer que estás naquela recta de vida em que nada (absolutamente) te pode correr (relativamente) mal. Mesmo nos tropeções notas a porta da janela da solução de uma saida (entrada) ainda com maior convicção moral e prática. Sentes-te (erradamente) invensível; no entanto em ti escorre aquela adrenalina pura que te faz correr motivado e sorrir por motivos aparentemente banais.

Existem alturas assim...em que nada mas nada pode correr mal...basta cheirar o que vem dentro de ti e romper no desafio de cada dia que te ameaça desafiador...

segunda-feira, setembro 20, 2010

O Amanhecer

Naquelas noites em que é preciso dar mais uma "sapatada" em algumas avenças de comunicação que desenvolvo, perco a noção das horas e derramo trabalho solto até madrugada alta. Dou pelo passar do tempo com o dia a aclarar entre as aberturas das persianas; criando o contraste que divide a noite a desaguar nos primeiros pingos do dia.

Ritual de sempre, um cigarro fumegante com um chá calmo e pensativo; gravitando pensamentos, (re)ordenando emoções. Dou por mim (em mim mesmo) a pensar em muita coisa, em muitas pessoas e lugares escondidos somente na minha memória privada.

Perdemos tanto e ganhamos tanto no caminho da vida...

domingo, setembro 12, 2010

Tripas à Moda do Porto (IX)

O final de semana passou rápido de mais. Tempo de arrepiar caminho para mais uma semana de alta voltagem e de batalhas de aço e de sangue metafórico. Tudo se passa demasiadamente rápido nos dias de hoje. Corremos e Corremos. Muitas vezes perdemo-nos no caminho, para ter que tentar cortar entre atalhos que não nos levam a lado nenhum.

Rapidamente voltar à estrada onde tudo se passa. Olho no Olho...

quinta-feira, setembro 09, 2010

Nada...Tudo...

Diz a lenda que quando Balian entregou Jerusalém aos muçulmanos comandados por Saladino, perguntou a este o que a mitica cidade representava para ele. Fechando os punhos negros do deserto, Saladino respondeu convictamente: "Nada...Tudo".

A história é validada por lendas filosóficas, heróis improváveis e mitos ora de medo, ora de energia regeneradora. Tudo "isto" para ilustrar o cenário da vida de todos nós: Temos a puta da mania de não ter nunca "nada", quando muitos vezes o "tudo" está distância de um pensamento positivo, de uma força interior ou mesmo de um acto banal de carinho avassalador na simplicidade constitutiva dos momentos que marcam e (de)marcam.

Afinal somos todos tão somente humanos inacabados na multiplicidade das teias dos jogos de afectos que estabelecemos, nos sonhos adiados, nas batalhas conquistadas ou nas prisões de medos tão antigos como nós mesmos.

Respirar fundo, mergulhar na imensidão consciente de que somos um só inserido num todo, prova-nos factualmente que "a vida merece ser vivida, a morte merece ser esquecida". Frase final, plágio dos grandes lutadores de rua do rock tuga Xutos e Pontapés...

quarta-feira, setembro 01, 2010

Justiça Poética

Os acontecimentos laborais que tem rodeado o último mês temporal da minha vida (anterior às minhas férias) fazem-me pensar nos principios e lógicas de vida que, no eu individual, todos nós possuimos. De certa forma falo da denominada "estaleca", termo de calão popular utilizado - praticado - um pouco por todos nós.

Tento pautar a minha vida laboral (e pessoal) por principios de não agressão e, essencialmente, preocupar-me mais com o que posso render e fazer profissionalmente do que destilar fel de invejas a terceiros; por vezes figuras invejosas e com maldade pérfida dentro de si; neste competitivo mundo cão laboral. 

Recordo as palavras da minha mãe ao me dizer - no meio de processos de dificuldades várias - que tudo a seu tempo é recolocado na escala das verdades e mais valias que por vezes alguns tendem a nos querer roubar e consequentemente prejudicar

Tudo "isto" a propósito de um período laboral fértil em encaixes positivos e reconhecimentos de algumas das competências que julgo, sem falsas modéstias, possuir.

Verifico também com alguma pena a queda de alguns pseudo impérios de papel e das personagens constituintes. Constato tal desiderato com pena e lástima. Tento aprender todos os dias um pouquinho mais, de forma serena, espontânea e natural. Sem atropelar ninguém, que não sou dado a acidentes rodoviários...

Post Scriptum: A partir de amanhã poderão visualizar, a nível de divulgação, alguns destes novos desafios na área da comunicação, bem como algumas nuances e  caminhos na componente de formação profissional e ensino. 

Como sempre...stay tuned...

sexta-feira, agosto 27, 2010

Note Book

Voltagem a subir, após férias que "sabem" sempre  a pouco mas que me encheram as medidas no sentido obrigatório das coisas simples e aparentemente banais que me realizam: Idas madrugadoras à praia, passeios à beira mar, caipirinhas saborosas, cinema com pipocas e simples convivio com amigos de longa data e familia.

Conforme prometido a  mim próprio, desliguei-me (mediante o possível) do mundo exterior a este pequeno universo mencionado. Telemóveis em (quase) silêncio, idas esporáticas ao universo web e mesmo o destilar de linhas bloguisticas, confinadas a notas soltas (manuais) em bloco livre de pensamentos demasiadamente elaborados.

Partilho agora 5 crónicas de verão. Rápidas e telegráficas, com as palavras leves que plagiei de mim mesmo e das emoções (pulsões) que me acompanharam por breves momentos em férias. Espero que gostem...

quarta-feira, julho 28, 2010

Fada(s) dos Dentes

A onda de calor continua em crescendo, despoletando uma dor de dentes forte e intensa, fruto de um dente de siso mal amanhado e com descuido óbvio do detentor que derrama estas linhas. Insónia forçada e teimosamente longa, leva-me a pegar no portátil, emigrar momentaneamente para a varanda, disfarçando na escrita a dor incomodativa.

Lembro-me das histórias de fábula que povoaram a minha versão infantil, onde os contos populares da minha mãe e avós, se misturavam com as "tangas" normais de histórias (re)inventadas pelo clã familiar central mencionado, visando dar ordem e disciplina mental a uma criança irrequitea e ávida de curiosidade do mundo.

Imaginava uma qualquer fada dos dentes, voando raso, recebendo os meus dentes de leite caidos em troca de desejos vários. Com cabelo brilhante e olhos claros, reluzia em associações mentais de criança, fazendo-me voar para cenários desconhecidos e novas aventuras.

Os anos passam e as dores e desafios perfumados por vezes de barreiras densas, são de outro tom. No entanto a capacidade de sonhar e ver nas dificuldades o ponto de partida para novas vitórias continuam a me alimentar a alma - nua - daquelas defesas que nos transformam em animais conformados em que o negro do negativismo impera.

Por vezes não é fácil combatermo-nos a nós próprios e (re)inventarmos os caminhos a galgar. Nessas alturas penso em todos aqueles que amo e respeito, os que estão perto e os que (aparentemente) estão longe e distantes. Afinal, herdei essa capacidade das minhas Fadas dos Dentes...